domingo, 31 de julho de 2011

Diversas sensibilidades

Ouvi vários conselhos durante a gravidez, mas os melhores foram:

:-) Você vai ser a melhor mãe que o seu filho pode ter;
:-) Você vai descobrir que é mais forte do que imagina.

Esse último, inclusive, me emocionou demais. Eu que era a pessoa mais cagona do mundo, descobri que sou mesmo mais forte do que imaginava. Hoje posso dizer que não tenho medo de nada, exceto de uma coisa: de morrer. Acho que antes eu nem pensava nisso, mas agora penso que não posso morrer de jeito nenhum pois tenho o meu filho para criar, educar, apresentar esse mundo, proteger, abraçar e encher de carinhos.

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Dia desses recebi um conselho que sem dúvida foi o melhor dos últimos tempos, que é para eu ficar atenta aos meus instintos de mãe...e eu estou.

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Quando temos um filho precisamos estar preparados para o inesperado. Nada mais é possível programar. Você vive em função dele.

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"Filho" virou minha palavra favorita, adoro pronunciá-la e faço com gosto, com orgulho, cheia de bossa.

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Ainda é difícil acreditar que Benjamin saiu de mim, faz parte de mim, que pertence a mim. Quando ele sorri então...fica ainda mais inacreditável.

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A semana que passou foi punk, bem difícil. Por incrível que pareça tudo passou no momento que atravessei a porta da pediatra. E mais uma descoberta: se eu estou bem, Meu Ben também está. Se ele está bem, eu também estou. Isso é real.

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Ah!!! Fazer compras também ajudou!

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Cada quilo que meu Ben ganha, eu perco um. Eita menino guloso!

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Meu Ben adora banho e eu adoro dar banho nele.

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Cada dia que passa estou mais apaixonada...

terça-feira, 26 de julho de 2011

...

...temos que enxergar as coisas com um olhar diferente, mesmo que seja defícil. A noite tudo parece maior do que realmente é. Talvez a escuridão seja lente de aumento. Não podemos esquecer que logo o sol chega e ilumina tudo. E ao final de cada dia tem um lindo por do sol.

Tolerância zero

Estou um pouco intolerante, admito. Mas não é fácil ser mãe de primeira viagem, ou melhor, não ter uma baba. Embora minha mãe e minha irmã venham direto em casa, não é fácil morar longe delas. Aliás, pensar nisso tem me deixado louca, que mulher em perfeitas condições mentais vai morar perto da sogra e não da sua mãe? É não sei. Vantagem, acreditem, não tem nenhuma. Descobri que acordar no meio da noite para dar de mamar ou ficar a noite toda acordada não é o que me irrita. Até pq não tem como você ficar irritada com o bebê, o carinha não pediu pra nascer. O que me tira do sério são outros fatores. (estou dando de mamar enquanto escrevo aqui, Benjamin soltou um pum que delata o estrago que fez na fralda que acabei de trocar, ele olha pra mim e da um sorrisão, tem como ficar brava? Tem é que agradecer por ele está cagando e não sentido cólica). Além de tudo tenho sentido uma puta de uma dor nas costas, sem contar a dos braços. Não aguento ouvir pergunta do tipo: "quer que faça; precisa de ajuda"? Já não é óbvio? E estou com uma teoria que é a seguinte: quem quer ajudar não pergunta, faz. Eu sei que é complicado. Estou me sentindo numa prova de fogo. É como se eu tivesse sendo testada pra ver até onde vai o meu limite. Lembra da fralda?! Pois é, o estrago foi tão grande que tive que trocar a roupa inteira do Ben. Só pra constar roupa inteira significa body, calça, macacão. Detalhe: eu tinha trocado tudo isso antes da mamada... Mas nada que um sorrisinho dele não faça esquecer esse detalhe...

domingo, 24 de julho de 2011

Pensamentos soltos

Se o marido não está em casa as pessoas perguntam “você está sozinha?”. A resposta é sempre a mesma: não, estou com o Ben. Desde quando engravidei não fiquei mais sozinha. E acho que vai ser assim. Bom, pelo menos enquanto ele depender de mim, não ficarei mais só. Pensando nisso, outros devaneios preencheram essa tarde. Na verdade já faz alguns dias que ando me dando conta de como a minha vida mudou e o quanto ainda vai mudar. É impactante esse negócio de se tornar mãe. Agora eu sei que vivo para meu filho. Hoje senti saudades de mim. Algumas pessoas não gostam de sentir saudades. Eu gosto. Afinal, sentimos saudades de coisas boas. É nostálgico. Mas nostalgia, algumas vezes, faz bem pra alma. Diversas pessoas já me falaram para aproveitar muito esse período do Ben porque passa rápido. Acho mesmo que devemos aproveitar todos os momentos da vida, principalmente com os nossos filhos – porque após tê-los o tempo realmente passa mais rápido (e olha que o meu está com um pouco mais de um mês). Percebo que senti saudades de mim porque o meu futuro chegou rápido demais. O ano, por exemplo, mal começou e já está terminando...

sábado, 9 de julho de 2011

Os 9 meses mais rápidos da minha vida

Ontem iniciei uma limpeza no guarda roupa. Tirei um monte de peças que já não me servem mais e outras que não usarei. Ao me deparar com os vestidos que usei durante a gestação me bateu uma saudade enorme do meu barrigão. De ontem pra hoje me dei conta de como o tempo passou tão rápido. Foram as 40 semanas e 6 dias mais rápidos da minha vida. Nunca vou me esquecer do dia em que descobrimos a gravidez. Acho que nunca vou esquecer desse período que foi um dos mais especiais. E aconteceu tanta coisa de lá pra cá. Eu passei um pouco mais de três meses passando mal, enjoando, vomitando no carro, no metro, em casa, no supermercado, no trabalho, no elevador, nas vielas de Paris; compramos apartamento; troquei de obstetra; não entendia como as mulheres gostavam de ficar grávidas, não encontrava a graça dessa brincadeira; chegou o Verão, minha estação preferida do ano; a Dilma foi eleita; chegou o Natal; fomos à Paris e passamos o Réveillon por lá; passei férias em Búzios; carnaval em São Paulo; chegou o aniversário do Marido; meu aniversário comemorei no Rio de Janeiro e pra chegar lá pegamos um puta trânsito; chegou o Outono; comemorei meu primeiro dia das mães; fiz não sei quantos ultrassons; três exames de sangue; dois de urina; passamos váaaaaarias horas na sala de espera do melhor obstetra que poderia ter tido; fomos a muitas lojas de móveis para bebê; li diversas coisas sobre gestação; comprei livros; fui seis vezes na 25 de março; montei as lembrancinhas; fiz chá de bebê; tive um chá de fraldas na Globo; fiquei de licença; fiquei enjoada de shopping; de Mc Donald's; de doce; de perfumes então (aff!); um ano e meio sem escova progressiva e ainda vou ficar pelo menos mais meio ano sem; fiz drenagem linfática; hidroginástica; tive bastante sono, dormi muito e agora acho que foi de menos; fiz, aproximadamente, uns 38 mil litros de xixi; consumi, aproximadamente, um milhão e meio de cubos de gelo; fiz dois ensaios fotográficos; fiquei enjoada de morango (que era minha fruta preferida); tive vontade de comer comida japonesa e fomos diversas vezes ao restaurante; acordei uma única vez de madrugada com vontade de tomar suco de maçã (por sorte tinha em casa); comecei terapia; passei horas cagando de medo da anestesia, só pra depois, em um segundo, descobrir que foi uma bobagem sentir medo; usufrui centenas de vezes do atendimento preferencial (banco, metrô, supermercado, Louvre, Arco do Triunfo, banheiros, etc); muitas vezes desejei que fosse parto normal e, principalmente, que acontecesse de forma rápida e de repente; parto normal não foi possível, mas aconteceu num dia inesperado e bem de repente, conforme eu queria; recebi muitos elogios e me senti a grávida mais linda do mundo; então encontrei a graça e compreendi porque as mulheres gostavam de estar grávidas e amei também estar nesse estado. Os vestidos me fazem recordar esse momento que foi o mais inestimável da minha vida. Não vou me desfazer de nenhum deles, mesmo os de tamanho maior. Ficarão guardados, quem sabe, para serem usados num futuro próximo. ;-)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Enfeite de porta maternidade

Eu queria algo bem diferente para colocar na porta do meu quarto na maternidade. Já tinha visto uma ideia de árvore genealógica, quando a Carol, do blog Aventuras de Casada, me indicou o Ateliê Scrap Time que é da Vanessa, uma moça muito simpática com quem me dei bem logo de cara. Não foi nada difícil escolher o tema do quadro, tinha que ter uma girafa - meu animal de zoo preferido e parte do tema do quarto do meu bebê. Fiz o pedido ainda no sétimo mês de gestação, em dois dias de conversa eu e Vanessa acertamos tudo por e-mail. Ela fez um esboço, enviou para aprovação, fizemos um ajuste ali outro aqui e aprovado. A bagunça se deu por conta da minha família, foi complicado explicar para Vanessa a árvore por parte da mãe - Eu. A parte do pai foi curta e simples. A minha deu um certo trabalho e vai dar também quando chegar a hora de explicar para meu filho, afinal é uma família grande e torta, digamos assim...mas é uma família maravilhosa, cheia de gente que já ama demais o Meu Ben. O quadro ficou lindo demais e foi difícil não mostrar para a família antes da hora. Como minha gestação foi até o limite mesmo, fiquei com o quadro guardado por um bom tempo. Enquanto isso, eu acompanhava os posts no Facebook do Ateliê Scrap Time: um monte de gente pede o quadro com a Girafa e o Macaco - está fazendo o maior sucesso. Um pouco antes do Ben nascer até comentei com o Marido: "pôxa, daqui a pouco não vai mais ser tão inédito o meu quadro, pois todo mundo já tem" (de tantos quadros parecidos que a Vanessa tinha feito). A Vanessa outro dia mandou um recadinho para o Ben dizendo que ele deu sorte para o Ateliê. Fico muito feliz com isso. O trabalho dela é lindo, feito com carinho e merece todo sucesso do mundo, dá gosto de ver. Por isso indico! Clique aqui e conheça um pouco mais do trabalho da Vanessa.

domingo, 3 de julho de 2011

Ele chora, eu choro

Já tinham me avisado que o primeiro mês com o bebê em casa seria difícil, assim como também avisaram que eu não teria tempo pra mais nada. Achava que isso era carregado no exagero. O ser humano tem uma certa tendência de não acreditar até que tire a prova. Todos estavam certos. Eu mal tenho tempo pra lavar os cabelos - talvez eu corte careca e lance moda. Se escrevo aqui nesse momento é porque estou do celular (que agora acho a coisa mais incrível do mundo). A primeira semana com o bebê em casa chorei todas as noites, a segunda semana fiquei maravilhada por estar conseguindo fazê-ló acordar apenas uma vez a noite, isso aconteceu por quatro noites consecutivas. Essa semana já mudou tudo, ele passou a não dormir a noite, ou melhor, passou a dormir só se estivesse no meu colo. E isso pq cometi o erro de dormir com ele numa noite dessas que estava muito frio. Como saber o que é certo ou errado? Existe uma fórmula para não errar? Com seu choro, o bebê tem o poder de nos manipular, eles nos vencem pelo cansaço e também pelo amor, pois esse nos move a agir com o coração. Quando eu chorava na primeira semana, era muito de emoção. Eu olhava para o meu bebê dormindo e meu coração se enchia de uma forte emoção. Ser mãe, ter um bebê e por ele um sentimento que cresce a cada dia é algo inexplicável. Já nesses últimos dias, se ele chora, eu choro feito ele, mas não é de fome, cólica, manha, sono. É um pouco de desespero, de não saber o que fazer, é de não poder tirar sua dor de cólica, é principalmente, de saber que ele ainda vai chorar muito e nem todos os males eu vou poder curar...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor

Agora dei pra me perguntar se você sente que é amado. Faço um carinho no seu rosto e você abre um enorme sorriso. Sim, você sabe que é bem amado.