quarta-feira, 28 de abril de 2010

sei bem como é isso, dói sim

"um, dois e... quando me dou conta, já fui, me joguei
antes de contar até três disse o que não era para ser dito
fiz coisas que não era para ter feito
me arrebento rápido, nem dói de tão ligeiro
mentira, dói de qualquer jeito"


Martha Medeiros

segunda-feira, 26 de abril de 2010

meu querido blog

A minha comemoração de aniversário aconteceu em 4 etapas com início na sexta-feira.

Sexta-Feira - 23/04
Fiquei o dia inteiro ansiosa demais para ver meu pai e a Suli que chegariam em Sampa - por sinal a cidade estava chuvosa, cinza, como eu ODEIO! Saímos do trabalho e fomos direto para Tia Rosana encontrá-los. De lá fomos para o Bar do Juarez onde comemos três picanhas no rechaud regada de muita cerveja.

Sábado - 24/04 (a véspera)
Chegou o dia da festa. Foi a festa mais legal e maravilhosa que ofereci nessa minha casa até então. A festa estava agradável, cheia de amigos muito queridos, música, bebida, salgados, pizza, brigadeiros e bolo de mousse de chocolate. Foi melhor do que eu esperava. Eu fiquei mega feliz, mais que o habitual. Abracei e beijei pessoas que fazia tempo não via. Outras estavam indo pela primeira vez na minha casa depois de quase um ano morando lá (olha como o tempo passa rápido, completaremos 1 ano nessa casa dia 01/05/2010. Parece que foi ontem eu estava procurando uma tampa quadrada para a privada de um dos banheiros!!!) e todo mundo falando que minha casa é linda, a minha cara, cheia de astral, super agradável e confortável (e eu sempre achando que preciso melhorar algo nela)! Nossa, bom demais! Bom demais estar rodeado de amigos especiais, verdadeiros e você sentir tanta energia positiva. Por um momento esqueci que por questão de horas eu completaria 29! Estava me sentindo uma criança diante de tantos presentes que ganhei: livros, camisolas, blusinhas, Girassol, sandálias havaianas personalizadas (amooo), pulseira (maravilhosa com um svarovsky tão micante), vale-presente, esfoliante corporal, sabonete, frasqueira de viagem (linda de morrer)...muita coisa linda, mas com certeza o melhor presente foi a presença de todos que estavam lá e eu ficaria aqui citando o nome de cada um e fazendo um agradecimento especial, mas acho que basta todos saberem o quanto amei, o quanto fiquei feliz com a presença deles. A festa foi até às 06h00 da manhã e eu joguei a toalha, não consegui esperar até às 06h35 horário em que nasci há 29 anos...

Domingo - 25/04 (o grande dia – por Roberto Piffer)
Déjà vu é o que melhor definiria esse dia. Café da manhã com cerveja... rodoviária... aeroporto... almoço com cerveja... rodoviária (de novo?!)... Já vi tudo isso em outras ocasiões, mas tudo num mesmo dia?!?! Bom, vamos tentar resumir isso num monólogo:
- Filha, não tem ônibus...
- Mas olha o lado bom...
- Filha, não tem ponte aérea...
- Mas veja o lado bom...
- Filha, vou agora, nem que seja no último ônibus.
Bom, acho que é isso... vai entender, né? Eu mesma não entendi tudo até agora...

Segunda-feira - 26/04 (o trabalho)
Cheguei às 9h00 e deparo com a minha mesa toda enfeitada (foto). Levei bolo e brigadeiro para os meus colegas. No final da tarde, como é de costume fazer com os aniversariantes lá na empresa, fui rodeada por vários colegas cantando parabéns. Acreditem, é um mico só e você morre de vergonha. Fui presenteada com uma peça MARA da Luigi Bertolli e um cartão mega engraçado que só podia ter sido produzido pelo Thiaguinho (a imagem será postada depois).



Enfim acabaram as comemorações! E descobri outra coisa: ontem eu fiz 29, mas a partir de hoje tenho 30 anos incompletos. E depois de tanta comemoração maravilhosa passou a ansiedade de completar os 30.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

21 de abril - Signo do mês TOURO

Planeta regente: Vênus
Elemento: Terra
Modo de ação: fixo (qual será o significado disso?!)
Características: persistente (até demais), afetuoso (muito), sensual (cof, cof), estável (será?!)
Em desequlíbrio: possessivo (hehehe), teimoso (imagina), preguiçoso (em demasia), turrão (ah, vá!)

Vida nova, a partir do seu aniversário. Confie em seus encantos, faça novas amizades e amplie sua rede de relações. Sol e Mercúrio, em seu signo, garantirão presença marcante, brilhantismo e muita determinação para conquistar seus objetivos. A entrada de Vênus na área do dinheiro favorecerá acordos financeiros, transações comerciais e parceria nos negócios. Compras serão irresistíveis com Vênus nessa posição. A atração por objetos bonitos, roupas e acessórios aumentará os gastos, mas trará grandes satisfações para seus sentidos.
*
Lembro quando acreditava totalmente nas mensagens que meu signo trazia todo mês. Até que um dia percebi.... todos os signos traziam sempre as mesmas mensagens, sempre muito parecido!!! Foi uma grande decepção....O contexto é o mesmo só mudam as palavras: novas amizades surgirão; você encontrará uma pessoa que não vê há tempos; cuidado com as finanças ou ainda, esse período aumentará seus gastos; entrará um dinheiro extra (e nunca entra); período favorável para os negócios; uma promoção marcará sua vida profissional; poder pessoal em alta; etc; e ainda: a posição de Saturno e Urano com marcação positiva entre Sol e Plutão com conexão forte em Mercúrio e a entrada de Vênus, inaugura uma época de harmonia na área financeira e no amor. Momento propício para negociações financeiras e se estiver sozinho (esse detalhe nunca pode faltar) possibilidade para encontrar um grande amor.

Olha que lindo esse texto de horóscopo. Pronto. Já interpretei o lance da vida nova. Acabo de encontrar uma oportunidade de mercado. Já posso pensar em mudar de profissão. Será que astrologia dá dinheiro? Já pensou: Astral por Gabis Miranda. Será que teria credibilidade no mercado?

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Um brinde aos 29 anos que vai se aproximando

Estranhamente gostaria de completar 30 anos. Sinto agora a mesma ansiedade quando aos 14 não via hora de completar 15 e, aos 17 completar 18 anos. Lembro que após a segunda fase o tempo passou a voar.

Percebo várias mudanças em mim. Boas e ruins. O balanço é mais positivo do que o contrário. Costumo dizer que o tempo me faz uma pessoa melhor. Contraditório, pois esse mesmo tempo é meu inimigo. Ele me assusta. Passa rápido de mais.

Sou impulsiva e impaciente demais. Quando quero uma coisa não tenho paciência para esperar. Tenho urgência. E quero fazer tanta coisa, meu tempo pessoal urge. Imagine, quero fazer 30 e após completar com certeza vou sentir o desejo de voltar no tempo.

Esse período que antecede meu aniversário fico assim introspectiva. Mais do que o habitual. Fico pensando nas coisas que já conquistei e nas que preciso conquistar. No meu modo de ser e no que preciso mudar. Por exemplo, sou passional e intensa demais. Preciso aprender a dosar as duas coisas.

Preciso adquirir a sabedoria da paciência. Preciso aprender a falar menos e fazer mais. Não se deve falar demais sobre o que se faz, tem que ir e fazer. Preciso aprender. Preciso realizar. Preciso saber esperar. Preciso de tempo.

Acredito que outra idade bonita deve ser aos 50...mas isso é outra história.

Bom, decidi encarar de forma positiva os meus 29: é meu último período com 20 e poucos anos (e com certeza um dia sentirei vontade de voltar nessa fase da minha vida), então por que não aproveitá-lo ao máximo e fechar com chave de ouro esse meu final de década?!

terça-feira, 20 de abril de 2010

no país das maravilhas

Disse a Duquesa: - E a moral disso é: "Seja o que você pareceria ser". Ou, se você preferir isso dito de uma maneira mais simples: "Nunca se imagine como não sendo outra coisa do que aquilo que poderia parecer aos outros que aquilo que você foi ou poderia ter sido não fosse outra coisa do que o que você poderia ter sido parecia a eles ser outra coisa".

- Acho que eu poderia entender isso melhor - disse Alice de maneira muito educada - se estivesse tudo escrito. Mas, desse jeito, não consigo entender o que você quer dizer. Por favor, eu lhe peço que não se preocupe em procurar falar coisas tão compridas assim.

- Oh, minha querida! Não me preocupo absolutamente - respondeu a Duquesa. - Veja, eu lhe dou de presente tudo o que eu disse até agora.

"O tipo de presente bem barato", pensou Alice. Mas ela não se arriscou em falar isso em voz alta.

*

Pensou Alice: "Como são estranhas essas mudanças...Eu nunca sei o que vai acontecer de um minuto para o outro."

*

- Mas eu não quero ir parar no meio de gente maluca - observou Alice.
- Ah, não adianta nada você querer ou não - disse o Gato. - Nós somos todos loucos por aqui. Eu sou louco. Você é louca.
- E como é que você sabe que eu sou louca? - perguntou Alice.
- Bem, deve ser - disse o Gato - ou então você não teria vindo parar aqui.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

domingo, 18 de abril de 2010

Um dia de sol

Sexta-feira. Da janela do carro, vi o sol radiando entre alguns prédios. Ele estava despontando. Desconfio que os raios solares que reflete é seu modo de se espreguiçar. As cores estavam especialmente belas, uma cor alaranjada com misturas de um tom rosado, forte, potente. Senti a cidade iluminada, diferente. Por um instante esqueci a correria insana em que vivemos. Senti-me leve. Senti uma poesia dentro de mim.

sábado, 17 de abril de 2010

Julie & Julia - Fim

Descoberta.
Com esse livro descobri:
a) Existe uma porta secreta de possibilidades. Preciso encontrá-la.
b) Às vezes é preciso se sacrificar para resgatar a própria vida. Ao final tudo sempre vale à pena.

Sentimento.
Ao terminar de ler o livro, enviei uma mensagem para o Marido:
“Acabei de ler o livro”.
Recebi como resposta:
“Ai, que legal...Gostei de ver você rindo com o livro, se divertindo. É muito bom estar ao seu lado. Bjs”.

De repente me senti tão casada e tão feliz.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Tomei a vacina H1N1

Ontem estava decidida. Meu marido voltou de viagem e logo quis combinar: vamos tomar a vacina amanhã? Combinado.

Não poderia ser diferente, eu sonhei que tomava a bendita da vacina e na mesma hora em que o líquido volvia para dentro de mim, me dava um treco, subia pra minha cabeça e eu morria.

Acordamos super atrasados. Ou melhor, eu acordei super atrasada. E nem isso nos fez mudar de ideia. E acreditem: não fiquei impressionada com o sonho. Torci para ter pelo menos uma febre e ganhar um dia de folga (estou tão cansada). Fomos ao posto de saúde perto de casa e caminho que fazemos para o trabalho. Geralmente, antecipadamente, sinto um frio e uma dor danada de barriga, um suor toma conta do meu corpo inteiro. Eu fico completamente molhada em baixo das axilas, bunda, nuca, barriga, é uma coisa horrorosa. Dessa vez não senti nada nem a caminho, nem quando já estava no posto. Chegamos lá e tinha um pessoal da TV Gazeta procurando fontes para uma matéria. Na espera para a vacina tinham três pessoas: eu, meu marido e uma menina inconveniente pra caraioooo. O câmera logo foi gravando e eu disse:

- Pode parar. Prefiro aparecer em circunstâncias mais agradáveis.

A repórter perguntou a idade dos três. Ela queria uma fonte com doenças crônicas. Perguntou:

- Algum de vocês tem doença crônica?

- Eu tenho pânico, serve? Perguntei. (olha só, fiz até piadinha)

- Síndrome do pânico?

- Não senhora, pânico de agulha.

Não servia para a matéria. Que ótimo!

Fomos para a sala do tal selinho para ser grudado na carteirinha de vacina.

Flash Back: em 2008 estava uma moda de febre amarela. Todas as pessoas que fossem viajar para lugares de risco precisavam tomar vacina. Eu sortuda (pra cacete!!!) ia viajar para Maranhão. Adivinhem!!! Precisava tomar a bendita da vacina. Fui num posto lá da ZN que frequentava quando pequena e, claro, acompanhada da minha mãe. Quando a pessoa do posto viu minha carteirinha disse que faltava eu tomar duas vacinas: a DUPLA e a ANTITÉTANO. Um absurdo!!! Imagina, eu adoro tomar agulhadas! Gosto tanto que meu maior sonho é fazer acupuntura. Enfim, eu disse que tomaria apenas a vacina necessária no momento. E quando disse isso, a mulher me deu um puta sermão:

- Não vai tomar?! Depois engravida e o filho nasce com deficiência, problemas de saúde, etc, etc, etc.

Tipo, foi um sermão enorme e assustador. Óbvio que no mesmo instante ela me convenceu. Conclusão: tomei 3 vacinas. Uma em cada braço e outra na bunda (e eu pensava que vacina na bunda era coisa só de criança).

Voltando em 14/04/2010: a moça grudou o meu selinho e acreditem.........eu PERGUNTEI se tinha alguma vacina atrasada. Eu fiz isso!!! Olha que corajosa! A pessoa pegou a carteirinha analisou e perguntou:

- Essa carteirinha é sua desde bebê?
- Não sei, acho que sim. (que pergunta difícil)
- Nossa, você não tomou vacina quando era bebê!!!
- Como assim não tomei vacina quando era bebê????? Tem aí vacina dos anos 80 e pouco. (e eu nasci em 81)
- Não você não tomou...

Meoooo, surreal. Tomei minha carteirinha da mão dela, dizendo "tá bom, tá bom" antes que ela resolvesse que eu deveria tomar todas as vacinas agora, as vésperas dos 29 anos. Já pensou? Mas gente, é óbvio que minha mãe, super porra louca na época em que me teve, deve ter perdido minha carteirinha e a atual é a segunda via com as vacinas conforme fui tomando. Imagina, se eu não tivesse tomado as tais vacinas, eu teria tido várias doenças e as únicas que eu tive foram catapora (qual criança nunca pegou aquelas pintinhas que não podiam ser coçadas?) e caxumba (eu nem sei se existe vacina para isso, acho que não!).

Bom, nesse meio tempo tinha a menina inconveniente. Ela ficava falando pelos cotovelos. E estava me enchendo o saco! Eu precisava de concentração antes da vacina. Precisava ficar quieta. E a porra da menina falando. Eu não dava atenção e ela ficava falando com o meu marido. Tentava aproximação comigo, provavelmente pensando que eu ficaria com ciúmes dela se reportar apenas a ele, mas NÃO, eu NÃO QUERIA PAPO COM ELA. Ela podia ficar conversando com ele. E ela ficava dizendo:

- Eu tenho muito medo de vacina, de agulha.... Tenho muito medo. Mas deixa eu falar, você tem medo da vacina? Mas a vacina não dói.

- Eu já sei. Respondi secamente, com uma vontade insana de dizer: se você tem medo da porra da vacina porque não fica quietinha? E se não dói porque você está dizendo que tem medo e está apavorada?

Minha irmã já tinha me dito que não doía. Acho que por isso eu estava mais tranquila. Confio na minha irmã, pois ela é uma espécie de Isabel, irmã da Luciana, da novela Viver a Vida. Ela não é tão cruel, mas é muito sincera.

A inconveniente foi tomar a vacina e ficava falando com a moça que ia aplicar. Detalhe: falando e olhando a aplicação. Que tipo de pânico ela tinha? Devia ser masoquista. Eu não olho de jeito nenhum!!! Só se me pagarem um cachê. E a enfermeira dizia pra ela não chorar. Nesse meio tempo, meu marido veio me avisar que tomaria a vacina em outra sala, pois tomaria duas. A menina chata se desesperou dizendo que ele não precisava tomar, que não podia tomar outra vacina junto com a H1N1, que ela tinha várias vacinas atrasadas, etc. Quase mandei a menina calar a boca. Nessa hora fiquei um pouco bronqueada. Ô psiu, o marido é meu e corajoso, ele vai tomar quantas vacinas tiver que tomar.

Chegou minha vez. Até que enfim! Eu pensei isso, juro. Tirei meu blazer, respirei fundo, andei com peito erguido até a enfermeira, olhei pra cima, fechei os olhos e ouvi a frase mágica:

- Pode segurar!

Isso queria dizer: pode segurar o algodão, já foi, já era, vai embora. Esse processo teve uma duração de 2 segundos. Saí do posto tão feliz e orgulhosa de mim. Não dei show, não brotou sequer uma lágrima nos meus olhos, uma gota de suor, um frio na barriga, e até agora nada de febre (essa parte é uma pena). NADA! Podia ser mais diferente que isso?!

Acho que estou virando uma mocinha.

terça-feira, 13 de abril de 2010

completamente sem assunto

Estou terminando o livro Julie e Julia. Chegou o momento de ler bem devagar para adiar o inevitável: fim. Acho que vou fazer um projeto igual ao dela. Será que me saio bem na cozinha? Eu diria que me saio bem em qualquer coisa que me proponho a realizar. Mas não sou tão pretenciosa assim.

*

O Marido estava viajando a trabalho. Então minha irmã Luana veio passar duas noites comigo no meu castelo (sim, mas moro num castelo e tenho um poney uma cachorra que late pro nada, além de gritar comigo quando não dou atenção pra ela. Acho que a Capitu sofre de algum tipo de transtorno. Talvez bipolar. Ela é tão esquisita às vezes). Há dois anos eu não pensaria que me daria novamente tão bem com a Luninha. Coisas de irmãos mesmo.

*

Eu NUNCA troquei fraldas!!! É verdade. Mas nunca tive (e ainda não tenho) sobrinhos. Essa é uma boa desculpa. É a mais pura verdade. Se tivesse tido sobrinhos eu teria provavelmente trocado. O fato é que na minha vida inteira eu NUNCA troquei fraldas. Acho que comentei isso com alguém nos últimos tempos, não lembro, só sei que isso ficou no meu inconsciente e esse pensamento tem me atormentado essa semana. Não é estranho?! Que tipo de mãe eu seria? Ao mesmo tempo me assombra assombrava a ideia de algum irmão me dar um sobrinho, afinal todos são muito novos. Mas nunca ter trocado fraldas é meio esquisito, não?

*

Meu blog fez 1 ano, dia 10 de abril. Eu pensei dias antes em escrever um post e mudar o layout. Mas isso ficou com um peso de obrigação na minha cabeça e aí...não consegui fazer nada. Nem me dei o trabalho de abrir o computador no sábado. Ai não gosto de obrigações. Acho um saco. Já basta a obrigação de acordar todo dia no mesmo horário, tomar banho, me arrumar e ir trabalhar. Que saco!

*

E ainda tem a tal vacina H1N1............

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Para Nina

Hoje é aniversário de 1 ano do Feito de Queijo, blog da minha amiga Nina. Parabéns! Eis o meu presente...beijomeliga.

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Cidade maravilha desaba

É com tristeza imensa que leio e assisto as notícias do caos que abalou Rio de Janeiro, minha cidade do coração, nosso cartão postal.
A mesma tristeza com que vi os abalos causados pela chuva recentemente em São Paulo e no Sul, ano passado.
Essa mesma tristeza, grande e profunda, também tomou conta de mim quando ocorreu a tragédia do Haiti.
É tanta desgraça no mundo.
Será esse o fim do mundo? Eu creio que sim.

Gonzos e Parafusos

Recentemente foi lançado o livro Gonzos e Parafusos. Não fui ao lançamento e ainda não li o livro, mas vontade já não me falta. O lançamento se deu de forma bem curiosa e instigante. A autora Paula Parisot, 31 anos, se isolou num quarto de paredes de acrílico, instalado na livraria da Vila, em São Paulo. O livro relata a experiência de uma analista que se interna num hospício para se entregar a um delírio: encarnar a baronesa Elisabeth Bachefen-Echt, retratada pelo pintor Gustav Klimt, e a menina de Cabelo Negro Nua em Pé, quadro de Egon Schiele. A escritora quis seguir o mesmo passo. Trancou-se durante sete dias nesse quarto dentro da livraria e nesse período não falou com mais ninguém, não leu, não ouviu música, não teve acesso a TV. Apenas pintava e escrevia frases nas paredes para expressar algum sentimento. Para ir ao banheiro saia com o rosto coberto. E só saia para tomar banho quando a loja já estivesse fechada. Detalhe: durante o tempo todo ela usou um vestido de noiva. Imagine, ela causou muita curiosidade. Algumas pessoas acharam a ideia interessante; as crianças se encantaram, embora não entendessem; outras pessoas acharam que ela só queria se promover, ganhar dinheiro - acho que essas pessoas não entenderam a proposta. Devem ser pessoas vazias. A escritora queria sim divulgar a sua obra, mas principalmente enfrentar um de seus maiores medos, ou melhor, um dos maiores medo da humanidade: a solidão.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Composição - By Bruna Queiroga


"a-e-i, esse mês é da Gabi!!! "

Acreditem, eu ri muito ao ler (e cantarolar) isso na minha página de recados do orkut.
Só a B mesmo.

Miúdos (e/ou moelas)

Comecei a ler o livro Julie e Julia. Resumidamente, trata-se de uma história real relatada por Julie – uma mulher de quase 30 anos (ela tem 29 e esse “quase 30” só comprova aquela minha tese de que quem tem 29, tem de fato quase 30, meio termo, blá blá blá), em um emprego medíocre, pressionada para ter um bebê, sem conseguir achar um rumo para sua vida. Um belo dia encontra um livro famoso de receitas de Julia Child e tudo começa a mudar. O marido a incentiva fazer um blog no qual ela passa comentar todas as receitas que prepara todos os dias do ano. Basicamente isso, mas vai além.

Julie é muito engraçada, suas peripécias são ótimas e eu me identifico com ela, exceto o fato do emprego medíocre (isso eu não posso reclamar, embora o faça de vez em quando, afinal sou um ser humano!). Exceto (também) o fato que eu não cozinho. Não cozinho no sentido literal da palavra. Eu até sei cozinhar, preparar uma receita, mas não cozinho. Não chego em casa e preparo um jantar. Mas a explicação para isso é muito simples e séria, eu trabalho longe, chego em casa às 21h00, sou uma mulher moderna e não há santo que mereça ir para o fogão esse horário. Chega até ser perda de tempo. Então comemos um lanche ou uma comida congelada (viva a modernidade, ao consumo e o indivíduo que teve a brilhante idéia de congelar os alimentos!).

Lendo o livro até me bate uma vontade de ir para cozinha e preparar algo gostoso para o marido (de fato ele não foi fisgado pelo estômago. Eu conto com outros atributos. Faço outras coisas bem melhores, além de ser engraçada, inteligente, espirituosa, amável, cuidadosa, brava, teimosa, mandona, etc.). Recordo-me de alguns dos meus momentos culinários.

No natal de 2008 já estávamos casados e o Piffer tinha ganhado uma dessas cestas de natal com peru e vários outros quitutes natalinos. Na época nem preparamos nada porque passamos as festas nas casas dos familiares. Fui inventar de preparar o tal peru em janeiro de 2009 (vai vendo). Nem sabia se aquilo devia ser temperado. Eu nunca precisei fazer isso, minha mãe preparava tudo no dia de natal. Lembro que ela passava o dia inteiro na cozinha para que tudo ficasse pronto para a ceia. Ela gastava o dia todo, logo o modo de preparo devia ser complicado. Atualmente, o bicho vem temperado e quase pronto para assar. Li o modo de preparo, tentei fazer tudo de acordo e coloquei no forno. Alguns minutos depois bate na porta de casa um amigo. Comentei que estava assando o peru de natal e ele simplesmente me perguntou (como se fosse a coisa mais normal do mundo) “tirou os miúdos?”. Pausa. Como assim, que miúdos??? Isso fazia parte da época da minha mãe? E mentalmente veio a leitura do modo de preparo. Lá dizia para tirar esses miúdos, mas eu nem me dei conta, nem liguei os pontos, nem mesmo sabia o que eram miúdos. Sabia que era uma coisa que vinha no saquinho enfiado no traseiro da ave. Mas veja bem, se o negócio vinha temperado qual o sentido de manter o saquinho de miúdos dentro dele? Pausa. Tem gente que gosta de comer isso. Eca.

Meu amigo entrou em casa tirou os tais miúdos do peru (quem disse que eu tinha coragem de enfiar a mão no buraco do bicho?!). Ainda bem que fazia pouco tempo no forno. Agora imagine: para alguém bater a minha porta e após o meu comentário do menu perguntar se tirei os miúdos, esse alguém sabe que me falta alguns parafusos.

Julie também não sabia o que eram miúdos (ou moelas). Sabia que não era o fígado, mas entre os pedaços restantes de vísceras, qual deles era moela, ela não sabia. Eu até hoje também não sei.

domingo, 4 de abril de 2010

sem noção

Em março foi aniversário do Marido. Tive a ideia completamente insana de presenteá-lo com um video game. Sim, IN-SA-NA! Explico: homens voltam a ser crianças quando tem um video game em casa, não querem saber de fazer outra coisa. Eles não se dão conta da hora passando. Ficam 1 hora jogando e pensam que passaram-se apenas 10 minutos. Outro dia estávamos no trânsito e apontando meu marido disse todo empolgado:

-Olha, igual o meu carro.

(que carro era esse que eu nunca tive conhecimento?!)

Eu não precisei dizer nada, ao olhar com uma certa estranheza ele entendeu minha cara e foi logo esclarecendo:

- Meu carro no video game, eu comprei ontem, mas a cor é diferente.

Só mesmo uma esposa que não bate muito bem da cabeça presenteia o marido com um aparelho desse.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

SEMPRE QUIS...

...ter um terceiro furo na orelha. Mooooorro de medo de agulhas e similares. Mas hoje acordei corajosa e simplesmente falei "vou furar a orelha". Será que pode furar orelha na sexta-feira santa?! Tomei banho, me arrumei e antes de ir almoçar na casa da sogra, passamos numa farmácia. Cheguei lá, escolhi o brinco e...




...fiz o terceiro furo. Na verdade, nessa orelha (foto) já são quatro. Não dói nada muito. É super rápido. O mais assustador é o barulho que aquele revólver faz. O segredo é fechar os olhos. Fiquei tremendo uns 5 minutos após os furos. mas estava tão corajosa que até perguntei ao farmacêutico: "vocês aplicam a vacina H1N1?" Obviamente que não. Uma pena porque queria ter aproveitado um pouco da coragem que me acompanhava hoje.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

A arte de ser feliz

Eu super amo o mês de abril. E há quem afirma que é por ser o mês do meu aniversário. Que seja. Eu amo abril, amo a brisa do outono que vem com ele, amo páscoa, amo os dois feriados que tem no mês, amo ainda mais o sol, amo cada dia e hora de abril. Amo. Amo. Amo. E esse ano não vou citar o poema que gosto muito As cores de abril, já postado em abril/2009. Vou postar um dos meus textos preferidos de Cecília Meireles que não fala sobre abril, mas da arte de ser feliz. Um dos textos mais delicados que conheço, que define muito bem a minha maior convicção: a felicidade está nas coisas simples da vida. Feliz Abril!


Houve um tempo em que minha janela se abria para um chalé. Na ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal, no canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde iam aquelas flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? e que mãos as tinham criado? e que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las? Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu que participava do auditório imaginava os assuntos e suas peripécias – e me sentia completamente feliz.

Houve um tempo em que a minha janela se abria sobre uma cidade que parecia feita de giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco. Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros, e meu coração ficava completamente feliz.

Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos: que sempre me parecem personagem de Lope de veja. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me sinto completamente feliz.

Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.