quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Antes dos 30, mas antes de tudo

Outubro chegou e me traz a calmaria. Meus meses de preferência são setembro e outubro. São os meses que tudo acontece pra mim. São meus meses de realizações. De repente tudo acontece nesse período. E agora estou tomada por uma calma insana. Passou ansiedade e agora é só alegria. Só comemoração – o que adoro!

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Minha alegria tem nome poético. Descampado. Também lembra um biscoito. Mirabel. Ela também tem um número de sorte. 13. Mais um sonho realizado. Antes dos 30. É a vida. E como é bonita.

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A coluna dessa segunda-feira, da Eliane Brum no site da Época vem de encontro com o que tenho pensado muito nos últimos dias. Você encontra o texto na íntegra AQUI. O título é “Nada é só bom”, referência que ela pegou do filme “A suprema felicidade”, de Arnaldo Jabor. Fala um pouco sobre essa relação que as pessoas tem com a felicidade. O texto inteiro é maravilhoso, mas me apeguei em um trecho muito interessante, no qual ela diz:

Não tenho nenhum interesse por esta pergunta corriqueira: “Você é feliz?”. Acho uma questão irrelevante. O que me interessa perguntar a mim mesma – e pergunto a todos a quem entrevisto é: “Você deseja?”

Desejar é o contato permanente com o buraco, com a falta, com a impossibilidade de ser completo. Desejar é o que une o homem à sua vida. Une pela falta. Tem mais a ver com um estado permanente de insatisfação. Não a insatisfação que paralisa, aquela causada pela impossibilidade da felicidade absoluta; mas a insatisfação que nos coloca em movimento, carregando tudo o que somos numa busca permanente de sentido. Desejar é estar sempre no caminho, conscientes de que o fim não importa. O fim já está dado, o resto tudo é possibilidade.

Fiquei satisfeita ao ler isso. Porque sou uma pessoa que deseja 100% constantemente. Daí tive a resposta que andava procurando: não é ruim estar sempre em busca de algo. Eu estava começando achar que era uma pessoa insatisfeita pelo simples fato de sempre estar em busca. Mas não. Estou em movimento.

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Uma outra coisa que eu andei pensando é sobre a minha vontade insana de chegar logo os sábados. Já faz três semanas que tento aproveitar os outros dias da semana também. Como? Fazendo coisas que gosto após o trabalho, sem esquecer que as horas livres dos dias úteis e do domingo também são para serem aproveitadas. E o tempo até passa mais rápido sendo aproveitado. E aí no texto, a Eliane Brum comenta outra frase do filme: “O sábado é uma ilusão” . Ela finaliza: Sim, o sábado é uma ilusão. Então, lembre de viver também de segunda a sexta.

Eu me dei conta disso outro dia, só não soube definir tão bem. Então é isso: antes de tudo é preciso viver todos os dias; antes de tudo é importante desejar; antes de tudo é necessário estar em movimento.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sobre amizade, saudade, encontros e separações

Hoje é aniversário de uma pessoa muito especial pra mim. Minha amiga Bruna. Por isso dedico esse post a ela.

É curioso como e aonde nascem às amizades. Pode ser de um simples sorriso, uma empatia, longos dias de conversa para então descobrir as afinidades, assim como pode ser no primeiro contato e pode ser na escola, faculdade, na vizinhança ou no trabalho. A amizade simplesmente acontece. Não existe fórmula. Podemos ter amizade com pessoas tão diferentes e tão iguais a nós, não importa desde que saibamos respeitar e aceitar as qualidades e defeitos que todos nós temos. E quando digo amizade, falo de AMIZADE maiúscula. Amigos têm aos montes, mas nem todos são verdadeiros.

Sinto saudades da época da faculdade, tempo em que tínhamos mais contato com os amigos. Após a faculdade cada um foi levando seu rumo. Lembro que ao final do curso senti uma tristeza imensa. Algumas pessoas eu tinha certeza que manteria contato e com outras não, afinal acabamos nos perdendo. Mas era um período de convivência diária que tornava tudo mais intenso, em meio de alegrias, discussões, tristeza, confissões, segredos. E nesse caminho vamos encontrando e desencontrando várias pessoas.

Acho até que esse final da faculdade foi um período de amadurecimento ao menos pra mim no que diz respeito a separações. Perder o convívio com as pessoas que mais gostamos é uma das perdas mais dolorosas. E ao longo da vida essa perda se repete em diversos momentos. Encontros, desencontros, separações. A vida segue, nós choramos a separação esquecendo que em breve, logo ali, virão novas conquistas.

No último dia que fomos à faculdade, eu estava tomada por um sentimento imensurável de alegria com um misto de tristeza. Era o início de uma nova vida. Eu e todos a minha volta respirávamos expectativas. Mas sentia uma angústia em pensar que não teria o convívio diário com algumas daquelas pessoas. Era de fato uma separação. A primeira de muitas que viriam, assim como foi quando saí da casa da minha mãe para ir morar sozinha.

Atualmente, não falo com a maioria dos meus amigos da faculdade. Para alguns eu ainda ligo, envio um e-mail, tento manter um contato. Com outros não falo há meses, mas vivem na minha memória. E com outros posso não ter a convivência diária, mas basta saber que existem. De certa forma aprendemos a viver com isso. Outro dia li uma frase do Eugênio Mussak que define bem o que hoje me serve como alento: Que bom que eu tenho de quem lembrar, de quem sentir saudades e a quem agradecer por ter feito parte de minha história e por me ajudar a ser quem hoje sou, este conjunto de retalhos da vida que passou... e que segue. É isso aí. Ainda bem que ficam as lembranças. Dessas a gente não se separa. E obrigada aos amigos.

Feliz aniversário, B!

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Contaminada por uma sensação primaveril

Primavera. Beleza. Encanto. Flores. Cores.Céu. Sol. Luz. Vestido. Calor. Sorriso. Praia. Areia. Mar. Rio de Janeiro. Verão. Biquíni. Vento. Sorvete. Ubatuba. Harmonia. Pássaros. Música. Sublime. Horário de verão. Girassol. Cerveja bem gelada. Laço. Setembro. Outubro. Fim de ano. Festas. Férias. Tempo. Esperança. Vida. Babado. Dourado. Calor. Leveza. Brilho. Gentileza.


É a primavera que chega e me traz mais alegria.

domingo, 19 de setembro de 2010

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esse é o sentido de tudo

Muita coisa acontece a todo instante. Uma correria só. A vida passando e você cheio de decisões para tomar, cheio de coisas para fazer. O ano está acabando! E outro dia, numa mesa de bar, o assunto era a ordem da vida. Existe uma ordem certa para fazermos as coisas? Existe um estatuto no qual é definida a ordem que a vida deve seguir? Vivemos num mundo no qual somos cobrados insistentemente a fazer sempre o que parece certo. E o que é certo?

Nascemos. Crescemos. Estudamos. Crescemos mais um pouco. Trabalhamos. Conhecemos pessoas. Namoramos. Casamos. Temos filhos. Et cetera. Até a primeira parte da vida me parece normal seguir uma ordem, mas e depois de adultos? Parecem-me normal as coisas serem desgrenhadas mesmo. Mas não, existe uma cobrança da sociedade: está namorando muito tempo? Quando será o casamento? Já comprou apartamento? Quando vem o herdeiro? Você terminou o noivado? Você se separou? Meudeusdocéu! Paratudo!

Eu só tinha escutado falar até acontecer no meu circulo de amizades: um casal de amigos terminou o casamento praticamente na véspera, com tudo pago, tudo pronto. Talvez eles reatem. Mas enquanto isso fica a cobrança de todo mundo. É da conta deles se reatarem, se forem morar juntos sem as formalidades do casamento (deveria ser obrigatório um teste drive, assim diminuiria os divórcios com menos de um ano de casados), a vida é deles. Mas existe a bendita cobrança e para tudo nessa vida. Você termina um relacionamento e fica sendo cobrado por ele. Pô, não basta o sofrimento que a situação lhe proporciona você tem mesmo que ficar correspondendo às cobranças dos outros? Cada um tem sua opinião sobre tudo, mas nem sempre precisamos opor.

Sem ser contraditória (afinal casei conforme os mandamentos católicos), esse negócio de casar no cartório, na igreja, já está em desuso há muito tempo, então e daí se o casal querer apenas morar junto? Se assim forem felizes, ótimo! Fez-me feliz casar na igreja, ter a minha festa, ser tudo do jeito que sempre quis. Mas naquele momento eu tinha certeza (como tenho até hoje) que eu queria ficar com o Marido para o resto da minha vida ou enquanto durasse (e não adianta dizer que todo mundo que casa tem essa certeza, aí tenho minhas dúvidas). Queríamos e desejamos aquilo. Mas se fosse da nossa vontade apenas morar juntos, teríamos feito também. O casamento, independente do jeito que for formalizado, deve trazer serenidade e não inquietude. Não é seguindo regras e conceitos impostos pela sociedade que nos trará felicidade e sim, as nossas escolhas, a nossa atitude e o nosso olhar diante a vida.

Não existe uma ordem certa para as coisas acontecerem. A ordem é ser feliz agora, amanhã, sempre e... apesar de tudo. Daí o sentido.

domingo, 12 de setembro de 2010

Ausência

Razão: a procura de algum sentido...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Faltam só 12 dias para faltar 100 dias...

SEMPRE QUIS...

...um cantinho desses para leitura.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010