quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Sobre amizade, saudade, encontros e separações

Hoje é aniversário de uma pessoa muito especial pra mim. Minha amiga Bruna. Por isso dedico esse post a ela.

É curioso como e aonde nascem às amizades. Pode ser de um simples sorriso, uma empatia, longos dias de conversa para então descobrir as afinidades, assim como pode ser no primeiro contato e pode ser na escola, faculdade, na vizinhança ou no trabalho. A amizade simplesmente acontece. Não existe fórmula. Podemos ter amizade com pessoas tão diferentes e tão iguais a nós, não importa desde que saibamos respeitar e aceitar as qualidades e defeitos que todos nós temos. E quando digo amizade, falo de AMIZADE maiúscula. Amigos têm aos montes, mas nem todos são verdadeiros.

Sinto saudades da época da faculdade, tempo em que tínhamos mais contato com os amigos. Após a faculdade cada um foi levando seu rumo. Lembro que ao final do curso senti uma tristeza imensa. Algumas pessoas eu tinha certeza que manteria contato e com outras não, afinal acabamos nos perdendo. Mas era um período de convivência diária que tornava tudo mais intenso, em meio de alegrias, discussões, tristeza, confissões, segredos. E nesse caminho vamos encontrando e desencontrando várias pessoas.

Acho até que esse final da faculdade foi um período de amadurecimento ao menos pra mim no que diz respeito a separações. Perder o convívio com as pessoas que mais gostamos é uma das perdas mais dolorosas. E ao longo da vida essa perda se repete em diversos momentos. Encontros, desencontros, separações. A vida segue, nós choramos a separação esquecendo que em breve, logo ali, virão novas conquistas.

No último dia que fomos à faculdade, eu estava tomada por um sentimento imensurável de alegria com um misto de tristeza. Era o início de uma nova vida. Eu e todos a minha volta respirávamos expectativas. Mas sentia uma angústia em pensar que não teria o convívio diário com algumas daquelas pessoas. Era de fato uma separação. A primeira de muitas que viriam, assim como foi quando saí da casa da minha mãe para ir morar sozinha.

Atualmente, não falo com a maioria dos meus amigos da faculdade. Para alguns eu ainda ligo, envio um e-mail, tento manter um contato. Com outros não falo há meses, mas vivem na minha memória. E com outros posso não ter a convivência diária, mas basta saber que existem. De certa forma aprendemos a viver com isso. Outro dia li uma frase do Eugênio Mussak que define bem o que hoje me serve como alento: Que bom que eu tenho de quem lembrar, de quem sentir saudades e a quem agradecer por ter feito parte de minha história e por me ajudar a ser quem hoje sou, este conjunto de retalhos da vida que passou... e que segue. É isso aí. Ainda bem que ficam as lembranças. Dessas a gente não se separa. E obrigada aos amigos.

Feliz aniversário, B!

Um comentário:

  1. boas ou ruins as amizades nos ensinam tanto...
    os agradecimentos já foram feitos, mas eu entendo, e é inexplicavél, o que um simples brigadeiro quer dizer...
    Obrigada!!

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