quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Esse é o sentido de tudo

Muita coisa acontece a todo instante. Uma correria só. A vida passando e você cheio de decisões para tomar, cheio de coisas para fazer. O ano está acabando! E outro dia, numa mesa de bar, o assunto era a ordem da vida. Existe uma ordem certa para fazermos as coisas? Existe um estatuto no qual é definida a ordem que a vida deve seguir? Vivemos num mundo no qual somos cobrados insistentemente a fazer sempre o que parece certo. E o que é certo?

Nascemos. Crescemos. Estudamos. Crescemos mais um pouco. Trabalhamos. Conhecemos pessoas. Namoramos. Casamos. Temos filhos. Et cetera. Até a primeira parte da vida me parece normal seguir uma ordem, mas e depois de adultos? Parecem-me normal as coisas serem desgrenhadas mesmo. Mas não, existe uma cobrança da sociedade: está namorando muito tempo? Quando será o casamento? Já comprou apartamento? Quando vem o herdeiro? Você terminou o noivado? Você se separou? Meudeusdocéu! Paratudo!

Eu só tinha escutado falar até acontecer no meu circulo de amizades: um casal de amigos terminou o casamento praticamente na véspera, com tudo pago, tudo pronto. Talvez eles reatem. Mas enquanto isso fica a cobrança de todo mundo. É da conta deles se reatarem, se forem morar juntos sem as formalidades do casamento (deveria ser obrigatório um teste drive, assim diminuiria os divórcios com menos de um ano de casados), a vida é deles. Mas existe a bendita cobrança e para tudo nessa vida. Você termina um relacionamento e fica sendo cobrado por ele. Pô, não basta o sofrimento que a situação lhe proporciona você tem mesmo que ficar correspondendo às cobranças dos outros? Cada um tem sua opinião sobre tudo, mas nem sempre precisamos opor.

Sem ser contraditória (afinal casei conforme os mandamentos católicos), esse negócio de casar no cartório, na igreja, já está em desuso há muito tempo, então e daí se o casal querer apenas morar junto? Se assim forem felizes, ótimo! Fez-me feliz casar na igreja, ter a minha festa, ser tudo do jeito que sempre quis. Mas naquele momento eu tinha certeza (como tenho até hoje) que eu queria ficar com o Marido para o resto da minha vida ou enquanto durasse (e não adianta dizer que todo mundo que casa tem essa certeza, aí tenho minhas dúvidas). Queríamos e desejamos aquilo. Mas se fosse da nossa vontade apenas morar juntos, teríamos feito também. O casamento, independente do jeito que for formalizado, deve trazer serenidade e não inquietude. Não é seguindo regras e conceitos impostos pela sociedade que nos trará felicidade e sim, as nossas escolhas, a nossa atitude e o nosso olhar diante a vida.

Não existe uma ordem certa para as coisas acontecerem. A ordem é ser feliz agora, amanhã, sempre e... apesar de tudo. Daí o sentido.

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