terça-feira, 29 de junho de 2010

Doidas e Santas

"Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar 'the big one', aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais... Uma tarefa que dá para ocupar uma vida, não é mesmo?
Eu só conheço mulher louca. Pense em qualquer uma que você conhece e me diga se ela não tem ao menos três dessas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante.
Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira para ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Uma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra."
(Trecho da crônica "Doidas e Santas", Martha Medeiros)

Antes mesmo de pensar em qualquer amiga pensei na pessoa que vos escreve.
Eu não tenho só três das qualificações citadas, tenho TODAS:
- Exagerada: eu sou completamente exagerada. Fazer um exame de sangue vira um show (de lágrimas);
- Dramática: a TV Globo não sabe o que tá perdendo;
- Verborrágia: eu falo repetida vezes o mesmo assunto, sem cansar, sem parar e sem respirar;
- Maníaca: eu sou maníaca-possessiva-por-várias-coisas;
- Fantasiosa: eu vivo fantasiando tudo, sonhando acordada;
- Apaixonada: sou completamente apaixonada pela vida, minha família, meus amigos, Capitu;
- Delirante: tem momentos que eu não falo coisa com coisa. Fico delirando;

Definitivamente eu sou LOUCA!
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro."

Clarice Lispector

quarta-feira, 23 de junho de 2010

SEMPRE QUIS...

...ter um closet. E podia ser assim do tamanho do closet da Carrie.



...roupa nova todo dia.

Posso falar?

Eu odeio os meses: JUNHO, JULHO e AGOSTO!!!
Simplesmente odeio. São os meses da estação do ano que também não me agrada nada: INVERNO. Acho que esse é fator decisivo para eu não gostar desse período.
É um período lento, com dias cinzas, frio, úmido, sem luz do sol e faz eu me sentir vivendo num sótão, mesmo saindo diariamente de casa, vendo a cara da rua, indo para o trabalho. É como se existisse uma grande nuvem negra no céu.
Eu amo os meses: JANEIRO, FEVEREIRO, ABRIL, SETEMBRO, OUTUBRO e DEZEMBRO.
Concluisão: gosto apenas de metade do ano.
Hoje meu amigo no trabalho disse "você é engraçada, em janeiro falava que não via a hora de chegar junho, agora que estamos em junho está falando que não vê a hora de passar agosto". O fato é que eu sou um ser muito ansioso, apressado, agoniado, louco. É isso, eu sou LOUCA!
JUNHO já está chegando ao final. Amém!

terça-feira, 22 de junho de 2010

A elegância do Ouriço

Esse livro acaba de entrar para minha lista de livros preferidos. Algumas pessoas acham que eu leio muito. Quimera. Não sei quantos li, mas sei que li bem menos do que desejaria ter lido na idade que estou. Minha lista de preferidos é bem curta já li muito livro não muito legal, alguns bacanas, outros mais ou menos, uns que foram porcarias e alguns outros ficaram pela metade e nela acabo de inserir mais um: A elegância do ouriço, Muriel Barbery. Esse é o segundo romance da autora, o qual a fez reconhecida. Com ele, Muriel ganhou o Prêmio Jabuti de 2009. Esse livro é divino, incrível, lindo. Renéé, a zeladora do prédio da Rue de Grenelle, em Paris, é a narradora da história. Uma mulher de 54 anos que trabalha no prédio há 27. Observadora, refinada, inteligente, intelectual, elegante, Renée tenta manter a imagem de uma simples zeladora. Além dos relatos de Renéé, o romance traz anotações pessoais e filosóficas (Pensamentos profundos e o Diário do movimento do mundo) da menina Paloma, de 12 anos. Seu desafio é encontrar um sentido para a vida, cometerá suicido caso não encontre sua resposta até a data de seu aniversário de treze anos. Juntas as duas buscam respostas sobre a vida... e encontram Kakuro, figura redentora e novo morador do prédio. A história é surpreendente. O livro inteiro nos faz questionar sobre o tempo, a morte, a construção de uma vida. O final é triste, mas lindo. Prefiro livro com final triste, que me abate, me impacienta, me faça refletir a livros que me confortem. Porque o primeiro tipo muda algo dentro de mim, me transforma. Tenho um ganho imperceptível aos olhos dos outros. E quando termino um livro como esse sinto uma dorzinha no peito, vou sentir falta dele. Ao terminar de ler a Elegância do Ouriço senti vontade de começar a leitura tudo de novo. É um livro para ler outra vez.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Pequenas coisas incríveis

Existe beleza no mundo, é preciso apenas aprender a ver.
O essencial é não perder o olhar das pequenas coisas.
Essa pequena e simples beleza existe e posso apreciá-la da minha janela.

Eu estava triste nesse dia, por uma notícia recebida no dia anterior. Eu tenho um pouco disso, quando estou triste encontro algo para desanuviar a alma. Não fico a procurar algo, mas de repente algo belo surge diante de mim. Eu simplesmente agradeço. Essa é a minha prece.

domingo, 20 de junho de 2010

O outro lado

Ontem fui assistir pela 2ª vez o Sex and The City 2. Dessa vez com a companhia de Bruna e Nina. Depois do filme almoçamos juntas e jogamos conversa fora. Quanto tempo não fazia isso com elas! Entre o filme e o bate papo um pensamento ficou latejando minha cabeça. Carrie, personagem principal, casada há dois anos com o Big, afirma estar na crise dos dois anos de casada. Reclama que o marido não quer sair, que ele só quer ficar no sofá de casa vendo tevê e ao invés de sair para jantarem fora, ele prefere pedir comida para comer em casa. Meu sonho! Prova de que mulher nunca está satisfeita com nada. O apartamento deles não existe de tão lindo, tão impecável e tão perfeito. Em nenhum momento se vê uma empregada nele. Ela implica com essas coisas enquanto na vida real implicamos com a falta de ajuda e colaboração em casa. “Não estou pensando nisso agora, estou com outras prioridades e depois casa, tem que cuidar da casa...” escuto de uma das minhas amigas e retruco “mas também não é assim: casou e você não faz mais nada além de cuidar da casa”. Será que não, Gabriela? Fiquei a me questionar.

Charlote e Miranda, outras duas amigas de Carrie, vivem a maternidade. Charlote, mãe de duas meninas que dão imenso trabalho, está quase enlouquecendo e não quer deixar transparecer a realidade para as amigas. A realidade é revelada num momento em que estão Charlote e Miranda tomando umas. Resumidamente: ela ama suas filhas, mas estar longe delas está sendo ótimo. É crime assumir isso? Uma grande amiga minha já tinha me confidenciado esse “segredo”. Acho que não é todo mundo que entende. Só as mães e pessoas mais esclarecidas.

Acho que casamento pode ser comparado como ter um bebê. É maravilhoso, mas às vezes... E acho que só as mulheres casadas vão entender isso, porque essa revelação precisa ser bem compreendida.

O marido foi me pegar no metrô. Entrei no carro perguntando cheia de expectativas: “e aí como foi sua tarde, fez o quê, etc”. Nenhuma novidade que esperava estava na lista dos afazeres dele. Esperamos algo porque quando eles vão jogar bola, ficamos em casa e fazemos o que tem que ser feito. E para nós mulheres não precisa ser dito o que é preciso fazer. Enquanto para eles é preciso ficar falando “limpa aquilo ali, tira aquilo dali, guarda isso, faz assim, blá blá blá”. É um saco! Ou eles não enxergam ou tem um sensor que os impedem de ver o pó na televisão em que jogam vido-game, a sujeira da pia que eles acabaram de lavar a louça, que o banheiro precisa de um escovão, do chão sujo, da roupa de cama que precisa ser trocada, etc, etc, etc. Pior, meu marido tem até força de vontade, mas eu odeio ficar falando o que tem que fazer quando isso tá na cara. E depois nós mulheres somos....CHATAS! E eu ainda coleciono o adjetivo de BRAVA!

É isso aí. Nem tudo é perfeito.

Reticência

Silêncio, por favor.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tempo - 1 ano

Um ano. Um aninho. Uma pequena partícula da minha vida. Há um ano realizei o que parecia ser o maior sonho da minha vida: entrar para o grupo de empresas que desejei trabalhar desde sempre. Mas em algum momento dei conta que nem tudo é como parece ser, principalmente as pessoas. Estou tentando discernir diferenças. Tentando descobrir o equilibrio. Estou em um aprendizado intenso de controle do que devo falar e dos meus impulsos. Estou num momento de definições: de sonhos e metas.

Nesse um ano aprendi administrar saudades. Saudades de amigos queridos; de momentos agradáveis no ambiente de trabalho, como fazer uma piada ou dar risada sem ser “recriminado” sutilmente; de feriado prolongado; de almoço gostoso (literalmente); de msn; e-mail pessoal; de pessoas com alto astral; da convivência com a Daniela com quem aprendi olhar as coisas por outra óptica; de conviver com jeito prático da Thaís; de falar sobre o BBB (e outras amenidades) com a Karina; de apreciar a inteligência do Rodrigo; ficar frente a frente com a calma da Aline; não entender em certos momentos o Paulo; do humor sarcástico do Rics; do Zé tirando dinheiro do seu próprio bolso; e até do sermão sobre batalhas do Sinval.

Não tem como não pensar em vida profissional e não se lembrar da revista Imprensa. Lugar em que passei cinco anos da minha curta existência. Lá chorei pitangas e me eduquei financeiramente. Escutei pela primeira vez a música “Paciência”, ouvi com a Dani e então surgiu a cumplicidade. Chorei brigas de família no ombro da Dani e sorri muitas vezes também. Briguei muitas vezes com ela, depois rimos e dividimos muitas coisas boas. Ganhei e pensei que perderia a Gisele quando ela mudou de emprego. Fui agraciada com amizade da Faby. Ganhei e perdi amigos. Fiz amigos que pensei ser verdadeiros e não eram. Dei importância a quem não merecia. Tive o abraço e carinho da Thaís quando não tive a presença da Dani. Nesse momento ganhei mais uma amiga. Reclamamos muitas vezes juntas. Conheci o Igor que tem uma camiseta com caça palavras que já pedi muitas vezes pra ele me dar. Presenciei várias bebedeiras do Zé. Falei de cinema com o Ricardo. Conversei muito sobre preparativos de casamento com a Aline que passou a ter o sonho de casar e vai realizá-lo em breve. “Casamento” foi pauta diversas vezes dos meus almoços com a Dani. Quando estava na revista casei com o homem da minha vida. Todos os colegas marcaram presença na festa e nos presentearam com uma Adega. Da Karina ganhei um dos mais lindos jogos americanos e um dos mais preciosos livros da Clarice Lispector. Da Lilian também ganhei outra preciosidade da mesma autora. Lá me encantei e me desiludi muitas vezes. Organizei amigos secretos, festas, premiações. Fiquei nervosa. Ansiosa. Brava. Chorei. E tudo passou depois de um gole de vinho. Briguei com o Sinval e fizemos as pazes. Fiz parte da mudança da Av. Ipiranga para Rego Freitas. Conheci o Luciano e fiz um período de teatro com ele. Já dancei na cozinha. Fiz palhaçada para todos da redação. Desesperei algumas vezes diante de eventos. Ouvi os incentivos da Dani. Presenciei e curti sua primeira gravidez. Fiquei de cara amarrada com o Rodrigo. Ajudei na contratação de uma copeira que depois se revelou porca e fofoqueira. Viajei. Conheci o encanto de Belém e saboreei o melhor salmão da minha vida até hoje. Lá chorei ao relembrar uma cantiga de infância e também presenciei e fiz parte de uma história esquisita. Fui à Brasília, Maranhão, Rio de Janeiro. Conheci outra cidade maravilhosa: Recife. Fiz amigos pernambucanos. Encantei-me com a doçura de algumas pessoas. Espantei-me com a crueldade de outras. Enquanto estava lá li o livro que se tornou um dos meus preferidos. E descobri que os seres humanos me assombram. Já chorei de tanto rir com o Rics contando alguma história e também em almoços com Dani e Thaís juntas. Foi tudo muito bom. Maravilhoso. Feliz. Posso dizer que “emoções eu vivi”.

Nos últimos dias aprendi que eu sei que não é isso que quero pra mim, mas sei que é isso que vai me levar para o que quero. Aprendi que descobrir o que a gente quer da vida é muito bom e descobrir o que não quer mais também.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

SEMPRE QUIS


...aprender a esconder o jogo.

terça-feira, 15 de junho de 2010

amenidades

Comecei a semana com roupa preta. Minha mãe sempre me dizia “não comece a segunda-feira com roupa preta”. Eu supersticiosa que sou seguia o conselho. Mas essa semana fugiu a regra e fui trabalhar de preto. Não foi legal. Foi uma segunda estressante, pesado, negro.
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As pessoas acham que só elas têm razão. Se for uma pessoa mais velha que você então, ela tem razão ao quadrado. Nunca erra. E faz valer o ditado “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. E eu que pensei que isso tivesse caído em desuso...
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Hoje foi dia de estréia do Brasil na Copa. 2 x 1 Brasil e Coréia do Norte. Todo mundo pensando que o Brasil ganharia de goleada. Mas venceu e o que importa é que está com 3 pontos e garantiu a liderança.
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Tão bom chegar em casa cedo, preparar as coisas, deixar tudo arrumado. Descansar. Ordenar as ideias.
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Tão bom ficar na net navegando sem compromisso, me atualizar nos meus blog’s preferidos. E por falar em blog tive vontade de parar com esse por pura falta de tempo para atualizá-lo. Mas ontem a graça da Mari que trabalha comigo estava lendo e comentou “ai Gabi é tão legal o seu blog, tão lindo, até me dá vontade de ter um”. Bastou isso para me animar a continuar. Outro dia também tive vontade de fazer outro blog, só que de moda. Mas quem sou eu para falar de moda...
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Andei até pensando em fazer um curso de moda. Essa ideia tem até o incentivo do Marido. Estou pensando seriamente no assunto...
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Estou pensando que precisamos encontrar nosso rumo na vida. Trabalhar no que nos dá prazer. Às vezes é preciso saber desistir – isso tem seu valor e é uma lição.
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Hoje comprei pela internet o livro Doidas e Santas, da Martha Medeiros. É um livro com várias crônicas. E a autora é uma amada! Ótima escritora e poeta. Pra quem não sabe o texto do filme Divã é dela. O livro deve chegar amanhã e enquanto isso continuo me deliciando com A elegância do Ouriço, de Muriel Barbery.
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Esse mês eu comprei a revista Vida Simples, Editora Abril. Há dois anos e pouco fui assinante. Estou pensando seriamente em voltar a ser. Tinha me esquecido o quão agradável é essa revista. Deliciosa de ler. Identifico-me com ela. Aprendo. Reflito. Ela sempre traz temas pertinentes sobre coisas simples e incríveis. Vida simples – para quem quer viver mais e melhor.
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Para finalizar o dia e esse post. Acabei de receber uma ligação do meu Papis. Foi uma daquelas ligações habituais na mesa de um bar. Ele corre, depois vai para um bar e algumas dessas vezes ele me liga todo fanfarrão, poeta, lindo, querido. Simplesmente AMO! Disse para irmos pro Rio para falar melhor comigo a respeito das “relações de trabalho contemporâneas”. Simplesmente ADORO seus discursos e conselhos. Ah, meu pai.

sobre viver, construir, morrer

Vivemos o presente com medo do futuro. Com medo de não construir o futuro que almejamos. Temos medo de construir uma vida mal edificada. O medo provém do medo que sentimos agora do presente. Medo de agir, mudar e principalmente de errar. Não se pode sentir medo para viver. Afinal um dia se morre. “Você vive, você morre, são conseqüências – daquilo que se construiu”. E por esse motivo o que vale é construir bem. O tempo de uma vida é ridículo de tão rápido, um dia temos 20 e poucos anos e no dia seguinte já se passaram anos. Ficamos velhos. Morremos. Precisamos pensar nessas perspectivas, pois a vida é breve. E enquanto ela passa, vivemos tão apressados, estressados, ansiosos, que nos esquecemos de apreciá-la. O envelhecimento e a morte são as únicas certezas. Como li no livro “A elegância do ouriço”, “agora que importa: construir agora, alguma coisa, a qualquer preço, com todas as nossas forças”.

domingo, 13 de junho de 2010

Dia dos namorados

Para complementar o presente de Dia dos Namorados nada como um presente criativo, personalizado e gostoso! Esse é um mini-bolo, criado pela SweetMary . Confesso que após ter feito o pedido comecei a me arrepender um pouco. Mas na hora em que vi na minha mesa do trabalho, simplesmente fiquei apaixonada de tão lindo! Eu optei por colocar os bonequinhos representando a família: Eu, Piffer e Capitu.

Além dos mini-bolo, tem cupcake, bolo de aniversário e assim: tudo personalizado! ADOREI!







sexta-feira, 11 de junho de 2010

Disparidade

“Quem fala o que quer ouve o que não quer".
Mas tem gente que fala o que quer e sai correndo para não ouvir o que não quer.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Decoração

O filme Sex And The City também traz dicas de decoração. Essa mesa de centro dá para decorar com muitos livros. Repare: uma espécie de moldura segura os livros em pé. Quero uma. Amei no momento em que vi!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Tudo pode dar certo

Mais um filme maravilhoso de Woody Allen: Tudo pode dar certo. Uma “comédia dramática”. Texto cheio de drama e graça que te faz refletir sobre a vida. O personagem principal, Boris, será meu primo Roque de 19 anos daqui uns 40: alguém rabugento que se acha a única pessoa do mundo com competência para entender a “insignificância das aspirações humanas e o caos do universo”. Sensacional! Trata-se de um filme charmoso, cheio de graça, espirituoso, perspicaz.

Senti-me tão feliz ao terminar de ver o filme. Uma esperança no coração. Uma alegria genuína. Uma certeza repentina de que realmente tudo pode dar certo.

Eu estava louca para assistir, cheia de ansiedade, expectativas e enfim, assisti um filme que superou todo e qualquer anseio meu. Fazia tempo que isso não acontecia. Valeu a pena pagar R$20,00 cada ingresso, lá no Reserva Cultural. Aliás, esse vício de ir apenas no Cinemark nos faz esquecer que existem salas melhores de cinema. Lá no Reserva Cultural as salas são menores, confortáveis e bem mais silenciosas. Consequentemente, bem mais agradável. Fica a dica!

terça-feira, 8 de junho de 2010

Sexy and the city

Sexy and The City está para mim como contos de fadas na infância. Esse filme é meu conto de fadas da época adulta. Desses que nos faz sonhar com viagens impossíveis com tudo na faixa e com direito a levar as amigas! Sensacional. Roupas e acessórios caros, casas maravilhosas e amigas da vida toda! Um sonho! Nesse 2º filme o que mais me chamou a atenção foi a amizade maravilhosa e eterna das quatro “garotas”. Desculpe-me se vou parecer pessimista, chata, velha, etc. mas não existem amizades que duram a vida toda. Quer dizer, existe. Mas não dá forma como é relatado no filme. Cada uma numa situação diferente de vida: casada e sem filhos, casada e com filhos, e a solteira convicta e feliz sexualmente. É possível unir o grupo todo como antigamente? Eu não acredito nisso. Talvez uma vez por ano. Já acreditei. Assim como já acreditei em amizades que durariam pra vida toda. O fato é que as circunstâncias mudam, as pessoas mudam, a vida vai girando e tudo se transformando. Um dia os melhores amigos deixam de ser os melhores. Culpa sua, dele, do tempo? Sei lá. Sei que relacionamentos devem ser cultivados. Exatamente como plantas, se regadas elas florescem. Se não, elas morrem. E então um dia você entende que não adianta ser a pessoa que mais liga, mais procura, envia e-mail, pois as partes devem cultivar, é troca. Não da afirmação “eu faço para receber”; é dedicar-se ao outro porque ele te faz bem. Posso até parecer uma velhota ao falar isso, mas a sensação que tenho hoje é que quanto mais o tempo passa, menos amigos temos na vida. Amigos vão se distanciando, diminuindo...e cada qual cada vez mais sozinho. Sem perceber. No mundo. Desatado. No moinho. Girando.

*

Esse final me fez lembrar uma música:

“Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...”

Bom esse tal de Chico Buarque...

domingo, 6 de junho de 2010

A lembrança

A lembrancinha do meu casamento não podia ter sido mais original. Era uma foto! Os convidados faziam pose e clik: levavam para casa uma foto da festa mais legal de 2008! Os noivos não precisavam necessariamente estar na foto, pois nela continha uma borda com fotos de diversos momentos deles.

Fez o maior sucesso entre os convidados. Fica a dica!

quinta-feira, 3 de junho de 2010

O dia mais feliz

Não fui uma noiva muito normal, no meu casamento não teve músicas religiosas, não teve bem casado e não foi entregue lembrancinhas que as pessoas se sentem obrigadas a guardar até que um dia, passado um bom tempo, elas se livram jogando fora (outra hora eu conto o que foi a lembrança). Meu vestido foi escolhido muito rápido, gostei dele na primeira vez que o vi e não procurei mais nenhum. Era aquele que eu queria. Minha irmã Luana (na época com 22) e meu primo Roque (18) foram os pajens e entregaram as alianças. Nossos padrinhos foram escolhidos a dedo.

Eu (uma pessoa extremamente ansiosa) não fiquei nervosa dias antes do casamento então minha resposta frustrava quando alguém perguntava “você está nervosa?” . As pessoas esperavam saber sobre as minhas ansiedades. Em compensação na noite anterior ao casamento eu fiquei muito nervosa. Motivo: despedida de solteiro. O combinado era realizarmos nossas despedidas no mesmo dia, justamente para um não ficar criando fantasias enquanto o outro estivesse realizando as fantasias. Não rolou e o Marido fez a despedida na noite anterior ao casamento. Uma merda. Ideia de amigos idiotas (só podia ser)! Nem gosto de reviver isso, pois foi motivo de pensar em não aparecer na igreja. E eu, passiva e exagerada demais, seria capaz de fazer isso! E ninguém duvidava. Mas nada que uma xícara de chá, amigos (leais e verdadeiros) ao lado colocando juízo em sua cabeça, flores, milhões de ligações e pedidos de desculpas, juntando o medo perceptivo que o noivo sentiu de ser largado no altar, me fizesse mudar de idéia.

Senti dor de barriga na hora de colocar o vestido. Na mesma hora meu pai liga dizendo que a camisa alugada não estava com o fraque. Pânico e mais dor de barriga. Engole um imosec. Mais uma ligação e meu pai diz que a vovo Biga não será levada ao casamento. Mais dor de barriga. Respirei fundo e fui para a igreja. Meu pai arrumou uma camisa emprestada que estava perdida na casa da minha tia. Minha vó estava fofa demais em sua roupa azul, sentada no primeiro banco da igreja. Meu pai estava nervoso e a essa altura todo meu nervosismo de uma noite evaporou, estava feliz da vida! Combinei com meu pai que não entraria na igreja assim que abrissem as portas. Ele não entendeu nada e expliquei: quero dar um susto no noivo, vamos nos esconder aqui, vai abrir a porta e ele não vai me ver, depois fecha a porta e fazemos como tem que ser. A louca! (pronto, matei a curiosidade de muita gente que não entendeu nada nessa hora)

Eu e o Marido entramos no salão da festa com nossa música tema “É só pensar em você”. Tudo foi escolhido com muito cuidado e sempre do nosso gosto. A todo instante, desde a produção do evento, a preocupação era fazer tudo do nosso jeito. Realizar a festa para nós e não para os outros. Agradar-nos. E o objetivo foi alcançado. Consequentemente todos os convidados gostaram e se sentiram satisfeitos em nossa festa. Foi o dia mais feliz da minha vida. Eu transpirava felicidade. Meus olhos faiscavam alegria. Foi a noite mais suprema e bela da minha vida.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Famílias Contemporâneas - reflexões

Adorei assistir ao Seminário Revista Crescer Famílias Contemporâneas. Foi enriquecedor e ao mesmo tempo assustador. Foram levantados vários questionamentos:
Existe algum truque para que o casamento sobreviva após os filhos?
Após o nascimento, os pais vão parar de trabalhar por quanto tempo?
E depois, vão colocar o bebê na creche?
Vão ter uma babá?
Vão deixar com os avós?
Quem poderá ajudar?
Terão dinheiro para todos os gastos?

Fiquei pensando...não tem como ter certeza de todas as respostas acima. E existem aflições maiores. Não temos certeza de nada nessa vida. Podemos ter uma base de respostas, mas tudo pode mudar. É claro que esperamos mudanças sempre para melhor, mas é imprevisível. Por outro lado, não dá pra ficar esperando ter certeza de tudo, ter um emprego sensacional, ter se formado, ter comprado uma casa, falar inglês fluente, ter uma conta bancária recheada, ter feito a viagem dos seus sonhos. Não dá, né?! Ou dá?!

Fiquei pensando...como as pessoas tomam a decisão de ter filhos? E as que têm sem tomar decisão nenhuma, sem planejamento, planejam depois o que fazer? Como saber se vai dar certo, se os pais darão conta de tudo? Como saber se os pais estão psicologicamente preparados para se ter um filho?

Fiquei pensando...é melhor parar de pensar. Às vezes o melhor é agir intuitivamente. Àsvezes não. O fato é que não dá para planejar a vida milimetricamente, algumas coisas fogem do nosso controle.