domingo, 20 de junho de 2010

O outro lado

Ontem fui assistir pela 2ª vez o Sex and The City 2. Dessa vez com a companhia de Bruna e Nina. Depois do filme almoçamos juntas e jogamos conversa fora. Quanto tempo não fazia isso com elas! Entre o filme e o bate papo um pensamento ficou latejando minha cabeça. Carrie, personagem principal, casada há dois anos com o Big, afirma estar na crise dos dois anos de casada. Reclama que o marido não quer sair, que ele só quer ficar no sofá de casa vendo tevê e ao invés de sair para jantarem fora, ele prefere pedir comida para comer em casa. Meu sonho! Prova de que mulher nunca está satisfeita com nada. O apartamento deles não existe de tão lindo, tão impecável e tão perfeito. Em nenhum momento se vê uma empregada nele. Ela implica com essas coisas enquanto na vida real implicamos com a falta de ajuda e colaboração em casa. “Não estou pensando nisso agora, estou com outras prioridades e depois casa, tem que cuidar da casa...” escuto de uma das minhas amigas e retruco “mas também não é assim: casou e você não faz mais nada além de cuidar da casa”. Será que não, Gabriela? Fiquei a me questionar.

Charlote e Miranda, outras duas amigas de Carrie, vivem a maternidade. Charlote, mãe de duas meninas que dão imenso trabalho, está quase enlouquecendo e não quer deixar transparecer a realidade para as amigas. A realidade é revelada num momento em que estão Charlote e Miranda tomando umas. Resumidamente: ela ama suas filhas, mas estar longe delas está sendo ótimo. É crime assumir isso? Uma grande amiga minha já tinha me confidenciado esse “segredo”. Acho que não é todo mundo que entende. Só as mães e pessoas mais esclarecidas.

Acho que casamento pode ser comparado como ter um bebê. É maravilhoso, mas às vezes... E acho que só as mulheres casadas vão entender isso, porque essa revelação precisa ser bem compreendida.

O marido foi me pegar no metrô. Entrei no carro perguntando cheia de expectativas: “e aí como foi sua tarde, fez o quê, etc”. Nenhuma novidade que esperava estava na lista dos afazeres dele. Esperamos algo porque quando eles vão jogar bola, ficamos em casa e fazemos o que tem que ser feito. E para nós mulheres não precisa ser dito o que é preciso fazer. Enquanto para eles é preciso ficar falando “limpa aquilo ali, tira aquilo dali, guarda isso, faz assim, blá blá blá”. É um saco! Ou eles não enxergam ou tem um sensor que os impedem de ver o pó na televisão em que jogam vido-game, a sujeira da pia que eles acabaram de lavar a louça, que o banheiro precisa de um escovão, do chão sujo, da roupa de cama que precisa ser trocada, etc, etc, etc. Pior, meu marido tem até força de vontade, mas eu odeio ficar falando o que tem que fazer quando isso tá na cara. E depois nós mulheres somos....CHATAS! E eu ainda coleciono o adjetivo de BRAVA!

É isso aí. Nem tudo é perfeito.

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