terça-feira, 8 de junho de 2010

Sexy and the city

Sexy and The City está para mim como contos de fadas na infância. Esse filme é meu conto de fadas da época adulta. Desses que nos faz sonhar com viagens impossíveis com tudo na faixa e com direito a levar as amigas! Sensacional. Roupas e acessórios caros, casas maravilhosas e amigas da vida toda! Um sonho! Nesse 2º filme o que mais me chamou a atenção foi a amizade maravilhosa e eterna das quatro “garotas”. Desculpe-me se vou parecer pessimista, chata, velha, etc. mas não existem amizades que duram a vida toda. Quer dizer, existe. Mas não dá forma como é relatado no filme. Cada uma numa situação diferente de vida: casada e sem filhos, casada e com filhos, e a solteira convicta e feliz sexualmente. É possível unir o grupo todo como antigamente? Eu não acredito nisso. Talvez uma vez por ano. Já acreditei. Assim como já acreditei em amizades que durariam pra vida toda. O fato é que as circunstâncias mudam, as pessoas mudam, a vida vai girando e tudo se transformando. Um dia os melhores amigos deixam de ser os melhores. Culpa sua, dele, do tempo? Sei lá. Sei que relacionamentos devem ser cultivados. Exatamente como plantas, se regadas elas florescem. Se não, elas morrem. E então um dia você entende que não adianta ser a pessoa que mais liga, mais procura, envia e-mail, pois as partes devem cultivar, é troca. Não da afirmação “eu faço para receber”; é dedicar-se ao outro porque ele te faz bem. Posso até parecer uma velhota ao falar isso, mas a sensação que tenho hoje é que quanto mais o tempo passa, menos amigos temos na vida. Amigos vão se distanciando, diminuindo...e cada qual cada vez mais sozinho. Sem perceber. No mundo. Desatado. No moinho. Girando.

*

Esse final me fez lembrar uma música:

“Roda mundo, roda gigante
Roda moinho, roda pião
O tempo rodou num instante
Nas voltas do meu coração...
A gente vai contra a corrente
Até não poder resistir
Na volta do barco é que sente
O quanto deixou de cumprir
Faz tempo que a gente cultiva
A mais linda roseira que há
Mas eis que chega a roda viva
E carrega a roseira prá lá...”

Bom esse tal de Chico Buarque...

Um comentário:

  1. Estamos aí Gabi..
    e você já viu o filme? e eu e nina pensamos em combinar uma sessão a três...

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