terça-feira, 22 de junho de 2010

A elegância do Ouriço

Esse livro acaba de entrar para minha lista de livros preferidos. Algumas pessoas acham que eu leio muito. Quimera. Não sei quantos li, mas sei que li bem menos do que desejaria ter lido na idade que estou. Minha lista de preferidos é bem curta já li muito livro não muito legal, alguns bacanas, outros mais ou menos, uns que foram porcarias e alguns outros ficaram pela metade e nela acabo de inserir mais um: A elegância do ouriço, Muriel Barbery. Esse é o segundo romance da autora, o qual a fez reconhecida. Com ele, Muriel ganhou o Prêmio Jabuti de 2009. Esse livro é divino, incrível, lindo. Renéé, a zeladora do prédio da Rue de Grenelle, em Paris, é a narradora da história. Uma mulher de 54 anos que trabalha no prédio há 27. Observadora, refinada, inteligente, intelectual, elegante, Renée tenta manter a imagem de uma simples zeladora. Além dos relatos de Renéé, o romance traz anotações pessoais e filosóficas (Pensamentos profundos e o Diário do movimento do mundo) da menina Paloma, de 12 anos. Seu desafio é encontrar um sentido para a vida, cometerá suicido caso não encontre sua resposta até a data de seu aniversário de treze anos. Juntas as duas buscam respostas sobre a vida... e encontram Kakuro, figura redentora e novo morador do prédio. A história é surpreendente. O livro inteiro nos faz questionar sobre o tempo, a morte, a construção de uma vida. O final é triste, mas lindo. Prefiro livro com final triste, que me abate, me impacienta, me faça refletir a livros que me confortem. Porque o primeiro tipo muda algo dentro de mim, me transforma. Tenho um ganho imperceptível aos olhos dos outros. E quando termino um livro como esse sinto uma dorzinha no peito, vou sentir falta dele. Ao terminar de ler a Elegância do Ouriço senti vontade de começar a leitura tudo de novo. É um livro para ler outra vez.

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