quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Já sinto saudades, 2011!

Tenho visto muitas pessoas comentarem positivamente sobre 2011. Parece ter sido um ano feliz para muita gente. Pra mim foi incrível. Comecei o ano em Paris, um dos lugares mais encantadores que existe. Entrei o ano gerando a pessoinha mais linda desse mundo. Superei um dos meus maiores medos. Tornei-me a melhor mãe que meu filho poderia ter. Estou dirigindo (!!!). Tenho uma família maravilhosa. Pra mim 2011 teve o saldo positivo ao quadrado. Foi o ano que mudou a minha vida pra sempre e será inesquecível. Já estou sentindo saudades... mas adoro a perspectiva do novo. Sabemos que a virada do ano é algo bem simbólico, que o ano começa novamente e que a vida segue do mesmo jeito. Mas porque não alimentar a esperança de algo novo, diferente e recarregar as baterias?! A esperança é o que nos move. Precisamos dela para encarar o que não está bom. Precisamos também de coragem para correr atrás, lutar, conquistar. A vida quer é coragem!!! Parafraseando uma das frases que mais gosto de Guimarães Rosa:
 
“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.”
 
Esse é o momento de agradecer, sonhar, definir metas. Agradeço de corpo, alma, coração e com todas as minhas forças todo o ano de 2011 e as graças alcançadas.
Só peço gentileza e saúde pro meu filho, pra mim e para todos a minha volta. 2012 está ali dobrando a esquina, que seja tão bom quanto foi 2011. Um feliz 2012!

domingo, 16 de outubro de 2011

4 meses - e eu tenho o amor maior do mundo

Ainda é difícil acreditar que você, meu pequeno Benjamin, saiu de mim, que gerei essa pessoinha tão linda, tão feliz e que me faz o ser mais feliz do mundo. É tão difícil descrever o sentimento... Enquanto procuro as palavras para descrever, demonstro com essa letra de música com a qual fiz você ninar essa noite.

"Eu tenho tanto pra lhe falar
Mas com palavras não sei dizer
Como é grande o meu amor por você
E não há nada pra comparar
Para poder lhe explicar
Como é grande o meu amor por você
Nem mesmo o céu nem as estrelas
Nem mesmo o mar e o infinito
Não é maior que o meu amor
Nem mais bonito
Me desespero a procurar
Alguma forma de lhe falar
Como é grande o meu amor por você
Nunca se esqueça, nem um segundo
Que eu tenho o amor maior do mundo"


Como é grande o meu amor por você

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

barulhinho bom

Essa semana me dei conta como é gostoso morar em frente uma praça. Nesses dias de calor, acordo com o canto dos pássaros. Eita barulhinho bão. E todos os dias eu e Benjamin tomamos banho de sol. Ele no carrinho e eu com um livro na mão. O sol, a sombrinha, os passarinhos, aquela brisa no rosto...ai que delícia! Vou sentir saudades desses pequenos momentos com meu filhotinho. Hoje ele percebeu os passarinhos, sei lá o que ele enxerga, mas ficou atento aos movimentos e barulhos dos pequenos voadores. Em certo momento meu Ben começou a tagarelar alto e só dava ele e os pássaros na praça numa competição gostosa. Taí, agora o canto dos pássaros vai me lembrar esses momentos com o pequeno Benjamin. Na pressa do dia a dia esquecemos certos detalhes que fazem a diferença e dão certo sentido a nossa vida. Hoje me dei conta como certos barulhinhos fazem parte da nossa memória afetiva. Lembrei de um em especial: na casa dos meus avós Biga e Roque, tinha um enfeite com pequenos sininhos que ficava pendurado na porta da sala, toda vez que alguém abria a porta os sininhos tilintavam. Ao lembrar disso foi como se escutasse novamente o barulhinho. Som de infância. Meu coração, que ultimamente está cheio de amor, se encheu de mais carinho. Acho que esse objeto ficou com a tia Rosana. Outra lembrança, mas já da fase adulta: meu marido adora chuva. Ele gosta do som e do cheiro que ela traz. Com ele aprendi a gostar também. Chuva faz um barulhinho boooom. Quero que Benjamin tenha bastante barulhinhos bons preenchendo sua memória afetiva. Se depender da sua avó materna (que nesse momento canta para ele lá na cozinha), ele terá uma caixinha de música em sua memória afetiva.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Para Gabriela uma Primavera e Benjamin

Adoooooro primavera, verão, flores, calor! São minhas estações preferidas do ano!

Estou em falta nesse blog. Em falta em tudo na minha vida. Estou tentando encontrar (ou colocar) ordem na vida, se é que isso será possível um dia. Acho que ordem não existirá mais, mas as coisas se encaixam. Um mês que não escrevo aqui! Assunto eu tenho de monte, falta tempo para parar no computador e organizar as ideias. Algumas pessoas já me falaram
"ah, você posta fotos e mensagens no FB, então tem tempo, o filho não esta consumindo tanto tempo assim". Não sabe de nada esse ser! Eu só posto no FB, entro em sites, envio email, graças esse tal de iPhone! Aliás, teclo dele nesse exato momento! Nunca pensei que fosse gostar e me adaptar tanto com esses aparelhos!

Setembro praticamente acabou e eu nem vi passar. O final do ano está ai... mais um ano se finda.

Estou pensando que preciso fazer algo, mudar a vida (um pouco mais). Bom, mas isso é outro assunto.

Felicidade é pouco pra descrever meu sentimento. Então ter filhos é isso?! Se emocionar pq seu filho sorri pra você, vontade de ficar abraçado a vida toda, ficar entregue a um ser tão pequeno, zelar seu sono, sentir que você mudaria o mundo por ele... É isso ser feliz?! Ou é amor?! Uma mistura de tudo isso e mais um pouco?! Eu sei que todos os dias tenho acordado com o peito cheio de amor (além de muito leite). Meu Ben está me tornando uma pessoa melhor. Ser mãe é edificante.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

O ponteiro do segundo não para

Há dois meses e uma semana penso nisso todos os dias: como perdemos tempo nessa vida. Há dois meses foi quando minha vida mudou para sempre. O dia que meu Ben nasceu. Eu posso dizer com propriedade: perdemos muito tempo nessa vida. A gente perde tempo sentindo medo, sofrendo por antecipação, pensando no que poderia ser. Perdemos tempo nos preocupando com coisas que não valem a pena, com bobagens, com o que vão falar de nós, pensando em como vamos dizer "não", como será o amanhã, como será o natal, como vamos pagar aquela tão sonhada viagem. A gente perde muito tempo nessa vida - que é tão frágil e breve. Pra depois, no final das contas, dar-se conta que o mundo, apesar de transitório, está do mesmo jeito e que nada vai mudar por nossa causa. No final, o que vale na vida é o amor. Ele que transforma. Ele que te transforma. O amor que impulsiona. É o amor que embeleza a vida (e a alma).

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Fraldas, bolsas e mulheres

Depois que o bebê nasce você deixa de ser um indivíduo. Todo mundo só pergunta do bebê, esquecem de você. E até você esquece-se de você. Eu esqueço várias vezes de comer, de ir ao banheiro. Super sério isso. Esquecemos que somos um indivíduo com necessidades e quereres. Dei conta disso de um jeito meio bizarro. Ao sair pra qualquer lugar antes eu escolhia a bolsa que usaria, agora eu tenho que arrumar a bolsa do bebê. Detalhe, a bolsa é sempre a mesma, no meu caso uma de cor bege (combina com tudo) com uma girafa, um leão e um hipopótamo (eu acho) bordados na frente. Então, eu me arrumo toda, coloco um sapato bonito, uma roupa bonita, uma jóia (ou biju) e....a bolsa bege do bebê. Eu acabo pegando só a carteira e colocando dentro da bolsa bege. De repente todo meu investimento em bolsas foi para os ares. E olha que eu tenho um bom investimento desses. Pense numa pessoa que gosta de bolsas e sapatos = EU. Pensando nisso, comentei com o marido que eu precisava de uma necessaire grande para colocar as coisas do bebê e levar dentro da minha bolsa (no caso teria quer bolsa grande). Dedicaria minhas idas ao shopping a procura de um produto que atendesse minha necessidade. Foi mais fácil do que pensei. Sábado estávamos na Etna e quando caminhávamos na parte infantil eis que me deparo com uma necessaire perfeita! O produto é da marca Nino Nina que tem coisas maravilhosas para bebê! Eu ganhei uma roupa de cama linda de morrer para o Benjamin. Na Etna os produtos da marca são um pouco caro, mas não sei quanto custa em outros lugares. Porém, sãos produtos de excelente qualidade. Na mesma hora que vi a nécessaire já peguei para levar, quando vi o preço (R$60!) pensei um pouco. Bem pouco mesmo, tempo insuficiente para voltar atrás na ideia de levar. Fiquei decepcionada porque só achei cor rosa quando avistei uma única peça na cor verde bem clarinha. Peguei! Comprei! E adorei!!! Cheguei em casa e fiz o teste. A necessaire é ótima para colocar dentro da bolsa feminina, além de atender as necessidades do bebê. Nela consta bolso para colocar fraldas, dois bolsos para colocar pomadas ou miniaturas de produtos infantis (shampoo, óleo, lenço umedecido, etc), e ao abrí-la por inteiro tem até trocador! Uma MARAVILHA! E linda. Pode até parecer fútil, mas achei que deveria fazer o papel de serviço e divulgar aqui no blog. Antes de sermos mães, somos esposas, filhas, irmãs, amigas e principalmente, mulheres. E que mulher não gosta de se vestir bem na hora de sair, ou melhor, que mulher não gosta de se sentir bem? Eu sei que adorei estrear a necessaire com a minha Louis Vuitton (e sair sem a bolsa bege)! Fica a dica.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Defina alegria

Você acordar numa segunda-feira e lembrar que não precisa ir trabalhar.
Morar numa praça.
Ouvir o canto dos pássaros.
Poder apreciar um lindo céu azul.
Flagrar o sorriso mais lindo do mundo: do seu filho.
Ser gentil. Receber gentileza.
Construir, buscar, atingir.
Flores em casa. Vale cactos.
Ter seu melhor amigo, seu cão, sempre fiel ao seu lado.
Passar mais dias livres com sua mãe.
O descompromisso.
O sol batendo na cara.
Até uma chuvinha.
Poder sonhar. Dormindo ou acordado.
Ouvir sua música preferida.
Ler um livro.
Ver um filme. Em casa ou no cinema.
Caminhar no parque, no clube ou na preça.
Ter amigos. Bons e verdadeiros amigos.
Ficar a toa. De boa.
Gozar de saúde.
Aproveitar.
Viver. Apesar de tudo e por tudo, viver...

domingo, 31 de julho de 2011

Diversas sensibilidades

Ouvi vários conselhos durante a gravidez, mas os melhores foram:

:-) Você vai ser a melhor mãe que o seu filho pode ter;
:-) Você vai descobrir que é mais forte do que imagina.

Esse último, inclusive, me emocionou demais. Eu que era a pessoa mais cagona do mundo, descobri que sou mesmo mais forte do que imaginava. Hoje posso dizer que não tenho medo de nada, exceto de uma coisa: de morrer. Acho que antes eu nem pensava nisso, mas agora penso que não posso morrer de jeito nenhum pois tenho o meu filho para criar, educar, apresentar esse mundo, proteger, abraçar e encher de carinhos.

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Dia desses recebi um conselho que sem dúvida foi o melhor dos últimos tempos, que é para eu ficar atenta aos meus instintos de mãe...e eu estou.

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Quando temos um filho precisamos estar preparados para o inesperado. Nada mais é possível programar. Você vive em função dele.

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"Filho" virou minha palavra favorita, adoro pronunciá-la e faço com gosto, com orgulho, cheia de bossa.

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Ainda é difícil acreditar que Benjamin saiu de mim, faz parte de mim, que pertence a mim. Quando ele sorri então...fica ainda mais inacreditável.

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A semana que passou foi punk, bem difícil. Por incrível que pareça tudo passou no momento que atravessei a porta da pediatra. E mais uma descoberta: se eu estou bem, Meu Ben também está. Se ele está bem, eu também estou. Isso é real.

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Ah!!! Fazer compras também ajudou!

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Cada quilo que meu Ben ganha, eu perco um. Eita menino guloso!

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Meu Ben adora banho e eu adoro dar banho nele.

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Cada dia que passa estou mais apaixonada...

terça-feira, 26 de julho de 2011

...

...temos que enxergar as coisas com um olhar diferente, mesmo que seja defícil. A noite tudo parece maior do que realmente é. Talvez a escuridão seja lente de aumento. Não podemos esquecer que logo o sol chega e ilumina tudo. E ao final de cada dia tem um lindo por do sol.

Tolerância zero

Estou um pouco intolerante, admito. Mas não é fácil ser mãe de primeira viagem, ou melhor, não ter uma baba. Embora minha mãe e minha irmã venham direto em casa, não é fácil morar longe delas. Aliás, pensar nisso tem me deixado louca, que mulher em perfeitas condições mentais vai morar perto da sogra e não da sua mãe? É não sei. Vantagem, acreditem, não tem nenhuma. Descobri que acordar no meio da noite para dar de mamar ou ficar a noite toda acordada não é o que me irrita. Até pq não tem como você ficar irritada com o bebê, o carinha não pediu pra nascer. O que me tira do sério são outros fatores. (estou dando de mamar enquanto escrevo aqui, Benjamin soltou um pum que delata o estrago que fez na fralda que acabei de trocar, ele olha pra mim e da um sorrisão, tem como ficar brava? Tem é que agradecer por ele está cagando e não sentido cólica). Além de tudo tenho sentido uma puta de uma dor nas costas, sem contar a dos braços. Não aguento ouvir pergunta do tipo: "quer que faça; precisa de ajuda"? Já não é óbvio? E estou com uma teoria que é a seguinte: quem quer ajudar não pergunta, faz. Eu sei que é complicado. Estou me sentindo numa prova de fogo. É como se eu tivesse sendo testada pra ver até onde vai o meu limite. Lembra da fralda?! Pois é, o estrago foi tão grande que tive que trocar a roupa inteira do Ben. Só pra constar roupa inteira significa body, calça, macacão. Detalhe: eu tinha trocado tudo isso antes da mamada... Mas nada que um sorrisinho dele não faça esquecer esse detalhe...

domingo, 24 de julho de 2011

Pensamentos soltos

Se o marido não está em casa as pessoas perguntam “você está sozinha?”. A resposta é sempre a mesma: não, estou com o Ben. Desde quando engravidei não fiquei mais sozinha. E acho que vai ser assim. Bom, pelo menos enquanto ele depender de mim, não ficarei mais só. Pensando nisso, outros devaneios preencheram essa tarde. Na verdade já faz alguns dias que ando me dando conta de como a minha vida mudou e o quanto ainda vai mudar. É impactante esse negócio de se tornar mãe. Agora eu sei que vivo para meu filho. Hoje senti saudades de mim. Algumas pessoas não gostam de sentir saudades. Eu gosto. Afinal, sentimos saudades de coisas boas. É nostálgico. Mas nostalgia, algumas vezes, faz bem pra alma. Diversas pessoas já me falaram para aproveitar muito esse período do Ben porque passa rápido. Acho mesmo que devemos aproveitar todos os momentos da vida, principalmente com os nossos filhos – porque após tê-los o tempo realmente passa mais rápido (e olha que o meu está com um pouco mais de um mês). Percebo que senti saudades de mim porque o meu futuro chegou rápido demais. O ano, por exemplo, mal começou e já está terminando...

sábado, 9 de julho de 2011

Os 9 meses mais rápidos da minha vida

Ontem iniciei uma limpeza no guarda roupa. Tirei um monte de peças que já não me servem mais e outras que não usarei. Ao me deparar com os vestidos que usei durante a gestação me bateu uma saudade enorme do meu barrigão. De ontem pra hoje me dei conta de como o tempo passou tão rápido. Foram as 40 semanas e 6 dias mais rápidos da minha vida. Nunca vou me esquecer do dia em que descobrimos a gravidez. Acho que nunca vou esquecer desse período que foi um dos mais especiais. E aconteceu tanta coisa de lá pra cá. Eu passei um pouco mais de três meses passando mal, enjoando, vomitando no carro, no metro, em casa, no supermercado, no trabalho, no elevador, nas vielas de Paris; compramos apartamento; troquei de obstetra; não entendia como as mulheres gostavam de ficar grávidas, não encontrava a graça dessa brincadeira; chegou o Verão, minha estação preferida do ano; a Dilma foi eleita; chegou o Natal; fomos à Paris e passamos o Réveillon por lá; passei férias em Búzios; carnaval em São Paulo; chegou o aniversário do Marido; meu aniversário comemorei no Rio de Janeiro e pra chegar lá pegamos um puta trânsito; chegou o Outono; comemorei meu primeiro dia das mães; fiz não sei quantos ultrassons; três exames de sangue; dois de urina; passamos váaaaaarias horas na sala de espera do melhor obstetra que poderia ter tido; fomos a muitas lojas de móveis para bebê; li diversas coisas sobre gestação; comprei livros; fui seis vezes na 25 de março; montei as lembrancinhas; fiz chá de bebê; tive um chá de fraldas na Globo; fiquei de licença; fiquei enjoada de shopping; de Mc Donald's; de doce; de perfumes então (aff!); um ano e meio sem escova progressiva e ainda vou ficar pelo menos mais meio ano sem; fiz drenagem linfática; hidroginástica; tive bastante sono, dormi muito e agora acho que foi de menos; fiz, aproximadamente, uns 38 mil litros de xixi; consumi, aproximadamente, um milhão e meio de cubos de gelo; fiz dois ensaios fotográficos; fiquei enjoada de morango (que era minha fruta preferida); tive vontade de comer comida japonesa e fomos diversas vezes ao restaurante; acordei uma única vez de madrugada com vontade de tomar suco de maçã (por sorte tinha em casa); comecei terapia; passei horas cagando de medo da anestesia, só pra depois, em um segundo, descobrir que foi uma bobagem sentir medo; usufrui centenas de vezes do atendimento preferencial (banco, metrô, supermercado, Louvre, Arco do Triunfo, banheiros, etc); muitas vezes desejei que fosse parto normal e, principalmente, que acontecesse de forma rápida e de repente; parto normal não foi possível, mas aconteceu num dia inesperado e bem de repente, conforme eu queria; recebi muitos elogios e me senti a grávida mais linda do mundo; então encontrei a graça e compreendi porque as mulheres gostavam de estar grávidas e amei também estar nesse estado. Os vestidos me fazem recordar esse momento que foi o mais inestimável da minha vida. Não vou me desfazer de nenhum deles, mesmo os de tamanho maior. Ficarão guardados, quem sabe, para serem usados num futuro próximo. ;-)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Enfeite de porta maternidade

Eu queria algo bem diferente para colocar na porta do meu quarto na maternidade. Já tinha visto uma ideia de árvore genealógica, quando a Carol, do blog Aventuras de Casada, me indicou o Ateliê Scrap Time que é da Vanessa, uma moça muito simpática com quem me dei bem logo de cara. Não foi nada difícil escolher o tema do quadro, tinha que ter uma girafa - meu animal de zoo preferido e parte do tema do quarto do meu bebê. Fiz o pedido ainda no sétimo mês de gestação, em dois dias de conversa eu e Vanessa acertamos tudo por e-mail. Ela fez um esboço, enviou para aprovação, fizemos um ajuste ali outro aqui e aprovado. A bagunça se deu por conta da minha família, foi complicado explicar para Vanessa a árvore por parte da mãe - Eu. A parte do pai foi curta e simples. A minha deu um certo trabalho e vai dar também quando chegar a hora de explicar para meu filho, afinal é uma família grande e torta, digamos assim...mas é uma família maravilhosa, cheia de gente que já ama demais o Meu Ben. O quadro ficou lindo demais e foi difícil não mostrar para a família antes da hora. Como minha gestação foi até o limite mesmo, fiquei com o quadro guardado por um bom tempo. Enquanto isso, eu acompanhava os posts no Facebook do Ateliê Scrap Time: um monte de gente pede o quadro com a Girafa e o Macaco - está fazendo o maior sucesso. Um pouco antes do Ben nascer até comentei com o Marido: "pôxa, daqui a pouco não vai mais ser tão inédito o meu quadro, pois todo mundo já tem" (de tantos quadros parecidos que a Vanessa tinha feito). A Vanessa outro dia mandou um recadinho para o Ben dizendo que ele deu sorte para o Ateliê. Fico muito feliz com isso. O trabalho dela é lindo, feito com carinho e merece todo sucesso do mundo, dá gosto de ver. Por isso indico! Clique aqui e conheça um pouco mais do trabalho da Vanessa.

domingo, 3 de julho de 2011

Ele chora, eu choro

Já tinham me avisado que o primeiro mês com o bebê em casa seria difícil, assim como também avisaram que eu não teria tempo pra mais nada. Achava que isso era carregado no exagero. O ser humano tem uma certa tendência de não acreditar até que tire a prova. Todos estavam certos. Eu mal tenho tempo pra lavar os cabelos - talvez eu corte careca e lance moda. Se escrevo aqui nesse momento é porque estou do celular (que agora acho a coisa mais incrível do mundo). A primeira semana com o bebê em casa chorei todas as noites, a segunda semana fiquei maravilhada por estar conseguindo fazê-ló acordar apenas uma vez a noite, isso aconteceu por quatro noites consecutivas. Essa semana já mudou tudo, ele passou a não dormir a noite, ou melhor, passou a dormir só se estivesse no meu colo. E isso pq cometi o erro de dormir com ele numa noite dessas que estava muito frio. Como saber o que é certo ou errado? Existe uma fórmula para não errar? Com seu choro, o bebê tem o poder de nos manipular, eles nos vencem pelo cansaço e também pelo amor, pois esse nos move a agir com o coração. Quando eu chorava na primeira semana, era muito de emoção. Eu olhava para o meu bebê dormindo e meu coração se enchia de uma forte emoção. Ser mãe, ter um bebê e por ele um sentimento que cresce a cada dia é algo inexplicável. Já nesses últimos dias, se ele chora, eu choro feito ele, mas não é de fome, cólica, manha, sono. É um pouco de desespero, de não saber o que fazer, é de não poder tirar sua dor de cólica, é principalmente, de saber que ele ainda vai chorar muito e nem todos os males eu vou poder curar...

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Amor

Agora dei pra me perguntar se você sente que é amado. Faço um carinho no seu rosto e você abre um enorme sorriso. Sim, você sabe que é bem amado.

domingo, 26 de junho de 2011

O dia em que voce nasceu

São Paulo, quinta-feira, 16 de junho de 2011.


Acordei. Ainda deitada recebi uma ligação da tia Rosana. Era um dia ensolarado. E acho que foi o primeiro que não havia pensado “será que você nasce hoje?”. No dia anterior estivemos na consulta com o obstetra que mais uma vez confirmou que você ainda estava alto na barriga da mamãe. E eu tinha apenas um centímetro e meio de dilatação. E você o prazo de mais uma semana para permanecer dentro de mim. Eu queria tanto ter você de parto normal. O Dr. Vicente tentou descolar a bolsa pra ver se de repente eu entrava em trabalho de parto nos próximos dias. Mesmo assim tivemos que marcar a cesariana, que ficou para o dia 21 de junho. Era pra ser dia 20, mas não tinha vaga na Maternidade Santa Joana, nem no Pró Matre. É muito estranho ter que escolher uma data para o nascimento do seu filho. É como se aquela escolha fosse determinar uma vida inteira, o que de certa forma é uma verdade.


No dia 16 para minha surpresa saiu o tampão da bolsa - o que até então eu não sabia o que era. Liguei para o Marido que indicou ligar pro médico – que pediu que eu fosse para o hospital ser examinada. Logo estavam em casa minha mãe e o Piffer. Fomos para o Santa Joana. Chegamos lá, fui examinada e explicaram que aquilo tratava-se do tampão. A dilatação era a mesma: 1,5cm. Mas eu ainda faria outros dois exames, um deles era ultrasson – realizado por último.


Eu estava morrendo de fome, não tinha almoçado e já era quase final de tarde. O marido foi buscar algo para eu comer e voltou super rápido com uma notícia inesperada. Ele tinha encontrado a médica que estava me atendendo. Ela contou que eu não poderia comer nada e que você nasceria naquele dia. Ele me contou a notícia todo nervoso. E eu fiquei em pânico: como assim??? Explica direito. E ele explicou:


- Encontrei a médica e ela disse que você não poderia comer, que houve uma alteração no líquido aminiótico e que o bebê teria que nascer de cesária.


Fiquei nervosa. Comecei a tremer da cabeça aos pés. Mas tudo estava saindo como eu imaginei durante os 9 meses de gestação: de repente! Fomos chamados e avisados sobre o que estava acontecendo, além da alteração no líquido, você era grande e estava com o dorso virado pra direita (o que até agora não sei muito o que significa, mas tinha algo a ver com a possibilidade de prender sua respiração). Minha pressão que é super baixa foi lá em cima. Fomos transferidos para a maternidade Pró Matre e o seu nascimento estava marcado para às 21h30. Demos entrada na maternidade e me instalaram no quarto que mais parecia de um hotel. Estava eu, o Marido, minha mãe e logo chegaram a Luana e a Dani (uma outra surpresa do dia. Eu havia avisado a Dani conforme combinamos - que se algo acontecesse, tipo a bolsa estourasse, ela queria ser avisada imediatamente). Com todas essas pessoas lá a espera ficou menos sofrida e quando dei por mim era 21h22, eu não havia nem me arrumado ainda. Rapidamente me despi e coloquei a camisola. Chegaram para me levar.


Eu estava feliz, enfim conheceria a pessoinha agitada que me chutava o tempo todo. Estava com um pouco de medo também, mas isso foi passando aos poucos. Na sala de parto conheci o anestesista Alexandre, uma figura de pessoa, que me explicou todo o processo da anestesia, as sensações que ela causaria. Assim que tomei a anestesia todo medo passou, fiquei mais tagarela do que já sou. Nunca imaginei que um parto fosse dessa forma. Na sala tinha música e nunca vou me esquecer: enquanto você nascia toucou uma das músicas preferidas da mamãe, I’m yours, de Jason Mraz. Todos ficam conversando animadamente o tempo todo. E o papai ali do lado, nervoso de emoção. Ao ver sua cabecinha saindo, seu pai soltou “nossa, tem um bebê lá dentro mesmo”. A gente fica meio assim, sem noção da realidade.


Você chegou ao mundo às 22h28. Ainda não sei explicar o que senti ao te ver, só pensava “saiu de mim”. Depois de te enrolarem, realizarem alguns exames, te trouxeram e colocaram bem pertinho de mim, você tinha uma carinha de bravo, testa franzida, não tinha dúvida nenhuma que era meu. Sua boca tão linda, bem desenhada, igual ao do papai. Você era perfeito e do jeito como eu sempre imaginei. Você nasceu grande e os médicos comentaram que você parecia um bebê de um mês e não um recém nascido. Aliás, todas as enfermeiras comentaram que você era grande, esperto e bravo. Realmente, você era o maior do berçário, nasceu com 52cm!


Ao todo, nos dois dias em que ficamos na maternidade, 70 pessoas foram nos visitar. Parecia uma festa e de certa forma era. As visitas não param aqui em casa. Já se passaram 10 dias e é impressionante como o meu amor por você aumenta a cada dia. É algo inexplicável. Quando você nasceu, nasceu também uma mãe, um pai, uma família. Em tão pouco tempo aprendi trocar fraldas, dar banho, interpretar seu choro de fome, de cólica e seu gesto de quem quer arrotar e não está conseguindo. Essas coisas que nos assustam enquanto o esperamos. Estou aprendendo a me comunicar com você. É tudo intuitivo, filho.


Você já é muito esperto. Gosta de conversar, de escutar. Está atento a tudo a sua volta. Você gosta de música! E pensar que tem um mundo imenso para lhe apresentar. A nossa vida juntos só está começando. É como disse o Marcelo, do blog Sopa de Pai, a vida continua e também começa agora!

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Sempre quis...

...que os dias de sol nunca tivessem fim.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Que não deveria se chamar amor

(Paulinho Moska)

O amor que eu te tenho é um afeto tão novo
Que não deveria se chamar amor
De tão irreconhecível, tão desconhecido
Que não deveria se chamar amor

Poderia se chamar nuvem
Pois muda de formato a cada instante
Poderia se chamar tempo
Porque parece um filme que nunca assisti antes

Poderia se chamar labirinto
Pois sinto que não conseguirei escapulir
Poderia se chamar aurora
Pois vejo um novo dia que está por vir

Poderia se chamar abismo
Pois é certo que ele não tem fim
Poderia se chamar horizonte
Que parece linha reta, mas sei que não é assim

Poderia se chamar primeiro beijo
Porque não lembro mais do meu passado
Poderia se chamar último adeus
Que meu antigo futuro foi abandonado

Poderia se chamar universo
Porque nunca o entenderei por inteiro
Poderia se chamar palavra louca
Que na verdade quer dizer aventureiro

Poderia se chamar silêncio
Porque minha dor é calada e meu desejo é mudo
E poderia simplesmente não se chamar
Para não significar nada e dar sentido a tudo

Escute a letra aqui .

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sobre o parto

Embora eu faça parte do grupo de pessoas mais medrosas do mundo, gostaria muito de ter um parto natural. Por vários motivos. Por ser medrosa demais, eu prefiro sentir dor do que ser cortada de 10 a 15 centímetros sete camadas de tecido da minha barriga. E não me venha com o papo de que hoje a cesária é a melhor coisa do mundo, não sente dor nenhuma, após o parto é tudo tranquilo, etc, etc, etc. Odeio quando alguém vem com esses papos pra cima de mim. Geralmente, são pessoas que fizeram cesárias ou pessoas que não tem ideia nenhuma do que estão falando (essas me deixam mais puta da vida ainda).

Antes de continuar, vale fazer aqui uma ressalva: sou a favor da cesária quando se é necessária. Mas atualmente virou convencional. A gestante negocia junto com seu médico a data e hora do parto do seu filho. Os bebês nascem em horários comerciais. E a maioria das mulheres marcam cesária por comodidade e não necessidade. Elas não querem sentir dor nenhuma. O sexo denominado frágil, mas conhecido por aguentar mais que o homem simplesmente não quer sentir a dor do parto. Contraditório isso. Você carrega o bebê durante 40 semanas, passa por sensações maravilhosas, únicas e chega na hora “H” não quer sentir dor? Eu não sei se li demais ou se nunca havia pensando tanto sobre o assunto, mas estou tentando ver essa questão do parto por um lado, digamos romântico da coisa. A dor do parto também é única e já ouvi dizer que é esquecida no mesmo momento que colocam o bebê no seu colo. Você também estará sentindo dor por um bem maior, para trazer ao mundo o filho que gerou durante os 9 meses em seu ventre.

Sentimos um medo terrível, principalmente quando estamos próximas da 30ª semana de gestação. Aquele embrião que fecundou você há meses hoje é um bebê e terá que sair de alguma forma. Dá um pânico imaginar que aquele negócio minúsculo que entrou (de forma tão prazerosa) e você nem sentiu, terá que sair pelo mesmo lugar que entrou, porém com alguns centímetros a mais, beeem a mais. Já entendi que é natural sentir medo, assim como é mais natural ainda passar pelo parto normal. Nossas bisavós, avós e até nossas mães passaram por isso. Fico pensando na minha avó que teve sete filhos e o mais curioso: o caçula, meu pai, nasceu em casa com parteira num tempo em que já havia acesso a hospitais. Meu pensamento voa mais alto. Nessa mesma época as mulheres não tinham acesso ao bebê como temos hoje – através da ultrassom o sexo é descoberto no início da gestação, acompanhamos todo desenvolvimento do bebê, sabemos as possíveis doenças congênitas, enfim, estamos bem melhor estruturadas. Quer dizer, como disse Eliane Brum em uma de suas colunas, podemos sentir medo, mas sem deixar de viver o que tem que viver. Aproveito para copiar aqui um trecho que achei DIGNO:


Poucas crenças são mais perniciosas para as mulheres – e depois para os seus filhos –do que o mito da maternidade feliz. A escritora francesa Colette Audry disse uma frase genial sobre o que é um filho: “Uma nova pessoa que entrou na sua casa sem vir de fora”. Como não ter medo e sentimentos conflitantes a respeito de algo assim? Engravidar e parir dá medo mesmo. E uma mulher não vai amar menos aquele bebê por sentir pavor, raiva e sentimentos supostamente menos nobres – ou supostamente proibidos. Ao contrário. Ela pode ser uma pessoa pior e uma mãe pior se sufocar esses sentimentos em vez de aceitá-los e lidar com eles. O que também implica lidar com o medo da dor do parto e da responsabilidade de ajudar o filho a nascer. É claro que auxilia bastante encontrar um obstetra responsável que converse com ela sobre seus sentimentos – em vez de abrir a agenda para marcar a cesariana.


Além disso, várias pesquisas comprovam que o parto normal é bem melhor para o bebê. É o momento que ele quer sair. Enquanto a cesaria o arranca de dentro da barriga da mãe. Deve ser comparado a um choque.

Hoje estou com 38 semanas e meia, a qualquer momento meu bebê pode nascer. Se eu tenho medo? Sim. Mas acho que não devemos deixar o medo nos paralisar e nos fazer perder um dos momentos mais incríveis na vida de uma mulher.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Uma música que é uma oração

"Meu amor essa é a última oração
...Pra salvar seu coração
Coração não é tão simples quanto pensa
Nele cabe o que não cabe na despensa

Cabe o meu amor!
Cabem três vidas inteiras
Cabe uma penteadeira
Cabe nós dois"

(Oração, A banda mais bonita da cidade)

Assita o vídeo, clique aqui.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Crescer lança curso gratuito para gestantes

Isso é sensacional uma vez que os cursos são pagos e não sai nada barato. Além de textos, tem vídeos explicativos que tiram várias dúvidas sobre parto, amamentação, cuidados com a higiene, como a limpeza do umbigo...enfim, tem muita informação, inclusive um guia de sobrevivência para o futuro pai. Vale a pena conferir.

Curso de Gestante Crescer Online
www.crescer.com.br/cursodegestante

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Desapego

O livro do momento indicado em matérias de revistas como Vida Simples e Bons Fluídos, é o Jogue Fora 50 Coisas, da americana Gail Blanke. Resumindo: treinar o desapego. Não li e nem vou ler esse livro, mas nesse tempo de mudanças, já vinha praticando esse exercício de desapego. Tudo começou com a organização da casa. Colocar em ordem as coisas do dia a dia lhe faz perceber quanta tranqueira guardamos. Embora more numa casa espaçosa, precisava de mais espaço para colocar em prática a nova vida, além de espaço para o bebê e suas coisas. Então decidi descartar todos os objetos que guardamos achando que um dia será necessário...e esse dia nunca chega. O engraçado é que por mais que você jogue fora, sempre tem mais entulho. Impressionante. Eis minha lista de desapego:

1.Dois porta retratos antigos pra caracoles, feios, todo sujinho de velhice, sabe?! E bem brega, com uns bichinhos, daquela época em que você tem 15 anos, sabe?!

2.Revistas velhas. Porque não doar as revistas que estão paradas a tempos na sua casa? Tantas escolas precisando. No meu caso, eu sempre faço uma limpeza e dou para as priminhas do meu marido que adoram e sempre acabam usufruindo da melhor forma possível. Certas coisas tem que girar.

3.Roupas. Outro dia peguei o dia pra organizar o guarda roupa. Nem terminei ainda a arrumação lá dentro, mas já me livrei de tudo que não quero mais. Fiz um saco de doação de roupas.

4.Ainda arrumando o guarda roupa me deparei com uma caixa cheia de cartas, cartões, bilhetinhos e afins. Nossa, quantas lembranças gostosas. Perdi tempo olhando essa caixa. Muitas cartas do meu pai, cartões de amigos e no fundo da caixa....váaaarias cartinhas de ex namorado! Oh atraso de vida! Nem perdi meu tempo parando pra olhar, não hesitei, peguei tudo numa mão só e joguei num saco de lixo. Pra falar a verdade nem lembrava que aquilo tudo ainda existia.

5.Potes de hidratante vencido. Não importa a marca, jogue fora. Eu joguei.

6.Crachás de feiras/eventos que já visitei. Inutilidade pura.

7.Não sei se e-mails poderia entrar nessa lista, mas de qualquer forma é um entulho. Fiz uma limpeza geral na minha caixa de e-mails pessoais.

8.Abri um dos armários da cozinha e....Jesus apaga a luz! Que vergonha. Quanta comida vencida: milho de pipoca, farinha, ovomaltine, miojo, creme de leite, fermento, macarrão, aff.....nem pra doação podia ir. Lixo. Falta ver a geladeira e o outro armário.

9.Exames antigos, beeeeeem antigos.

10.Contas com mais de 5 anos. Tudo pro lixo!

11.Papel, papel e mais papel.

12.Uma orquídea seca.

13.Xampu e condicionador. Porque a gente sempre guarda os frascos com aquele finalzinho dos produtos?!

14.Ainda no banheiro, aproveitei e joguei fora um creme vencido.

15.Dois brinquedinhos da Capitu que pensa ser uma criança e não uma cachorra: quase todos os dias acordamos com todas as coisas dela espalhada pela casa.

16.Forminhas de gelo.

17.Alguns potinhos sem utilidade.

18.Lençol rasgado. Minha mãe sempre me diz que não podemos guardar coisas quebradas dentro de casa, pois atrasa a vida. Acho que o conselho vale também para coisas rasgadas.

19.Toalhas de banho velhas, manchadas. Essas tem uma utilidade e tanto: pano de chão!
20.Um tapetinho desses de colocar no pé da cama pra quando você levantar não colocar o pé direto no chão, mas que só junta pelo da Capitulina.

21.Potes: de sorvete, panetone, bombons...potes de monte, inúteis que a gente sempre guarda!

22. Na gaveta de remédios...quase não abria de tão entulhada. E pra minha não surpresa: a maioria todos vencidos. Um perigo. Lixo.

23. Minha cozinha tem um armario só para copos. Tem para vários tipos de bebidas: água, suco, vodka, etc, etc. Eu e o marido nos desapegamos de alguns e doamos.


Preciso ainda me desapegar de livros, sapatos, bolsas, mas aí é uma parte que não me agrada. Por mais que você goste de se livrar de coisas, tem objetos que são muito difíceis de se livrar.

Aproveitando que em breve vou sair de licença, fiz uma limpeza em minha mesa e gavetas de trabalho.

Agora falta me livrar do lixo mental. Sabe aqueles sentimentos e pensamentos que não te levam pra lugar nenhum? Pois é....

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Deixar rolar

O bebê está vindo para me ensinar um montão de coisas. Vai além de trocar fraldas. Uma das principais lições (e o mais difícil pra mim) é que não posso controlar tudo a minha volta. Muitas vezes as coisas não sairão do jeito que planejei. Não tenho vergonha de admitir, mas me envergonho de ser assim. Se algo não sai do meu jeito...ah, se não sai...eu fico uma fera, bato o pé, esbravejo, fico emburrada. E tudo porque eu queria daquele determinado jeito. E por que eu queria daquele jeito? Porque planejei e a minha ansiedade me detona por dentro. Só que controle não tem nada a ver com planejamento. As coisas fogem ao nosso controle. E imprevistos acontecem todos os dias. Estou aprendendo aceitar (depois de muita bravura, tá certo) o ajustamento favorável daquilo que não obedece ao que planejei. Outro dia, por exemplo, tinha que decidir entre montar o quarto do bebê num dia ou esperar terminar a reforma em casa. Montar naquele dia implicaria encher os móveis novinhos (e branquinhos) de pó, além dos riscos de cair algo em cima, respingar tinta, etc. Montar depois significaria ficar tudo lindinho e em seu devido lugar sem estragar nada. Mesmo atrasando os meus planos, decidi pela mudança de data para a montagem. Fugiu do meu controle, mas era a coisa mais adequada a fazer. Acredito que essa obsessão por querer as coisas do meu jeito é culpa da minha ansiedade. Além de tudo, eu sofro por antecipação. E tudo isso: controle, ansiedade, sofrimento por antecipação, está ligado ao meu medo de sofrer – logo, tento controlar para que não me cause sofrimento. E muitas vezes deixar o rio correr é o melhor que podemos fazer. Não é possível controlar a vida. Temos que deixar rolar, deixar acontecer. Como li outro dia “perdemos a sabedoria de que existe o momento de assumir responsabilidades, planejar, organizar e realizar. Mas que também pode haver outros para soltar as rédeas, relaxar, criar e aprender com o que se apresenta. E que é saudável ter essa possibilidade bem presente e viva nas nossas escolhas e decisões”. Resumidamente, preciso aprender a confiar nos outros e no fluxo natural das coisas. E principalmente, viver com mais leveza.

terça-feira, 3 de maio de 2011

Acabou Chorare

Acabou Chorare, dos Novos Baianos, é a música do momento lá em casa. Minha amiga Nina fez um CD com várias músicas de presente para o Benjamin. E então fez ressurgir essa música tão tocada nos anos 70. É praticamente uma música de ninar, super suave e sinto que o Ben já gosta, pois toda vez que ouvimos, ele faz alguns movimentos.

Eu nem lembrava mais dessa música até ouvi-la novamente. O Marido não conhecia e passou a gostar. Eis que no final de semana ele se pôs a ouvir a música até aprender a letra. E ficava me questionando “mas o que é acabou chorare? E esse “No bu bu li li, no bu bu li lindo, No bu bu bolindo? Como você imaginava que era “na fé” e não “café” se a música fala “cá cá cá, na fé fé fé?”. Enfim, virou piada em casa e rimos muito ao ouvir a letra e tentar interpretá-la.



Eu sempre gostei de interpretar a letra da música, de entender o sentimento dela. Só gosto de músicas que eu entendo a letra, que acho significativa, que me lembre algo. Imaginava, por exemplo, que “acabou chorare” tivesse algo a ver com chuva, choro, com algo do tipo “pronto, já passou”.

O Marido, curioso como só ele é, pesquisou sobre a música e descobriu sua origem. Foi inspirada em uma história contada por João Gilberto sobre sua filha Bebel, que misturava o português com o espanhol (língua que aprendeu quando morou no México com os pais). Um dia, Bebel abriu um berreiro ao tropeçar e a frase foi dita para consolar o pai que demonstrava preocupação. Acabou Chorare tornou-se nome do disco, lançando em 1972, e a música ficou mais de 30 semanas entre as mais tocadas nas rádios. Foi um dos discos mais influentes da história da música brasileira.

Eis a letra na íntegra:

Acabou chorare, ficou tudo lindo
De manhã cedinho, tudo cá cá cá, na fé fé fé
No bu bu li li, no bu bu li lindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo
No bu bu bolindo

Talvez pelo buraquinho, invadiu-me a casa, me acordou na cama
Tomou o meu coração e sentou na minha mão

Abelha, abelhinha...

Acabou chorare, faz zunzum pra eu ver, faz zunzum pra mim

Abelho, abelhinho escondido faz bonito, faz zunzum e mel
Faz zum zum e mel
Faz zum zum e mel

Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente
Inda de lambuja tem o carneirinho, presente na boca
Acordando toda gente, tão suave mé, que suavemente

Abelha, carneirinho...

Acabou chorare no meio do mundo
Respirei eu fundo, foi-se tudo pra escanteio
Vi o sapo na lagoa, entre nessa que é boa

Fiz zunzum e pronto
Fiz zum zum e pronto
Fiz zum zum

sábado, 30 de abril de 2011

Saudades

Meu pai outro dia disse que sonhou com Benjamin fazendo bagunça em cima da mesa (sozinho) lá na casa de Campo Belo. Pena que o Ben nunca vai conhecer essa casa de um jeito que ela já foi um dia...

"São muitos e milhões de jardins, e todos os jardins se falam. Os pássaros dos ventos do céu - constantes trazem recados. Você ainda não sabe. Sempre à beira do mais belo. Este é o Jardim da Evanira. Pode haver, no mesmo agora, outro, um grande jardim com meninas. Onde uma Meninazinha, banguelinha, brinca de se fazer Fada... Um dia você terá saudades... Vocês, então, saberão..." Guimarães Rosa


É preciso ter saudades para saber...

terça-feira, 26 de abril de 2011

De repente 30

Enfim cheguei aos 30! De repente foi rápido (ou não). Cheguei na idade balzaquiana. Esperei um ano para completar essa idade. Quando completei 29 eu queria na verdade completar 30. E o ano inteiro fiquei programando a minha festa. Minha ideia era fazer um festão, uma grande comemoração. Mas de repente tudo mudou, a ideia da festa sumiu, não teve ansiedade nos dias que antecederam o dia 25/04 e nesse dia só tive a certeza de que era um anversário mais especial, embora sem o glamour de festa, era bem mais especial. Ganhei presentes. Mas o melhor deles está pra chegar em breve.

Minha amiga Dani me fez a seguinte pergunta: "você se via neste momento quando tinha seus 18 anos?". Não, eu não me via. Eu já imaginei como seria meu passado até esse momento se não tivesse tomado algumas decisões. E essa imagem não é nada animadora. Então quando olho pra trás fico satisfeita como tudo aconteceu. Tenho certeza que não seria tão feliz e realizada quanto sou hoje. É claro que não dependeu só de mim, mas do universo que conspirou a meu favor. Acredito.

Estou feliz em completar meus sonhados 30. Feliz por estar rodeada de amigos queridos. Feliz por fazer parte de uma família maravilhosa. Mais ainda por estar completando a minha família. Por ter um marido tão companheiro, tão inestimável. Por todas as nossas realizações juntos até agora. Estou muito feliz com a vida. E principalmente, muito grata.

domingo, 17 de abril de 2011

Dica para as mamães de plantão

Ontem fui conhecer a loja Alô Bebê ponta de estoque. A loja é super grande e ao avistá-la pensei "nossa vou deixar todo meu dinheiro aqui". Puro engano. A loja não tem quase nada para meninos (quer dizer, não tinha ontem). O pouco que tinha era feio, eu pelo menos não gostei. Agora para meninas tem uma grande variedade de vestidinhos e conjuntinhos. Tudo LINDO de morrer! Eu fiquei pensando pra quem poderia comprar para dar de presente, mas minhas amigas só tem meninos. Tá uma onda de meninos! Acontece que nem sempre você encontra os tamanhos que precisa, mas vale a pena vasculhar. As coleções são um pouco antigas, tudo o que sobra da rede vai parar nessa loja. Mas e daí que é antiga, né?! Basta ser lindo e ter um precinho ó....quando vi a primeira etiqueta levei um susto: cadê o tal desconto de 50%??? Os preços da etiqueta variam de R$50 a R$100 reais. MASSSSSS é só aplicar o desconto em cima da etiqueta e o preço diminui e muito. Bom, o marido foi para o fundo da loja onde tinha uma parede enorme só de sapatos de 0 a sei lá quantos anos (mas já grande). Nos deliciamos nesse departamento, pois tinha muita coisa para meninos. Muita coisa lindinha e dá vontade de comprar tudo. Escolhemos 4 pares e ao pagar um deles estava com o par errado. Conclusão saímos de lá com 3 pares de sapatinhos: um de 0 a 2 meses, outro de 2 a 4 meses e o terceiro de 4 a 6 meses. Um mais lindo que o outro!!!! Por um preço bem bacana, cada um sai praticamente R$ 20 reais. Teve um que foi R$17! Sendo que os preços de sapatinhos para criança não custa menos de R$50 reais. Um absurdo, afinal bebês perdem muito rápido.
A dica é: vale a pena dar uma conferida nessa loja.

Alô Bebê Ponta de Estoque
Rua Cunha Gago, nº 479
Tel.: 3813-0045
Pode ligar e perguntar se chegaram novos produtos que as meninas informam. As vendedoras me informaram que em breve chegará macacões.

Eu ainda não comprei tudo para o Benjamin. Exemplo: banheira! rsrsrs Quero comprar daquelas com suporte. É um trambolho, mas acredito ser bem mais prática para dar banho em bebês. Quem tiver dicas de lojas de bebê com preços bacanas, por favor, me envie. Essa pessoa aqui adoooooooora um desconto!

sábado, 16 de abril de 2011

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Estive pensando...

Ontem, 10/04, esse blog completou 2 aninhos. Praticamente uma criança...

*

Sabe quando você fica viciado em um CD e não para de escutar de jeito nenhum? Pois é, estamos (eu e Ben) viciados num CD chamado Canções de Ninar, que só tem música instrumental. A ideia é você interagir com o bebê cantando as canções e assim ele vai reconhecendo sua voz. Além de ser canções antigas (tipo, O cravo brigou com a Rosa, Alecrim, Se esta rua fosse minha, Terezinha de Jesus, etc), vem encarte com a letra de todas para você relembrar. Uma delícia. E tão relaxante.

*

Amanhã tem consulta pré-natal. Não vejo a hora.

*

Ando com os nervos a flor da pele, chorona, com pés e pernas doendo, tensa, uma coisa. Chegou num momento que fico pensando no parto e em como será a chegada do Ben até a vinda dele pra casa, como será a nova vida. E se ele vai gostar de mim...

*

Esse negócio de amizade às vezes é complicado. Eu levo muito a sério. E fico pensando que é como um relacionamento. E todo relacionamento é baseado em troca. Soa interesseiro, mas quero dizer no sentido de cultivo - cuidar, dedicar-se. Todo relacionamento precisa disso. Mas é um assunto tão delicado...

*

Tenho tantas dúvidas sobre como cuidar de um bebê. É até um pouco assustador.

domingo, 10 de abril de 2011

Chá de Bebê - Obrigada!

Depois de uma semana irritante de nervosismo sem motivo aparente além dos hormônios da gestação a flor da pele, chegou o chá de bebê do Benjamin. Esse dia foi muito esperado por mim, pelo simples motivo de reencontrar os amigos, matar as saudades, abraçar, relembrar, curtir... esse dia chegou e foi maravilhoso. Contei com a presença de amigas que eu duvidava que compareceriam, assim como contei com a falta de uma amiga que dessa vez eu tinha certeza que compareceria. Mas foi uma tarde deliciosa. Ao chegar em casa fiquei chateada por não ter aberto os presentes na frente dos meus convidados. Eu acho isso uma tremenda falta de educação e odeio dar um presente e a pessoa não abrir na minha frente. Eis que fiz isso. Acontece que as pessoas foram chegando muito rápido, uma atrás da outra e não daria tempo de abrir e dar a devida atenção. Então as pessoas foram colocando nomes nos embrulhos e abri todos de madrugada mesmo, assim que cheguei em casa. Eu simplesmente amei cada presente e relacionaria aqui um agradecimento especial para cada amigo, mas vai que eu esqueço alguém (memória de grávida é bem fraca)?! Ficaria chato, né...então, agradeço de coração a todos pelos lindos e úteis presentes, principalmente pela presença tão especial de cada um. Vocês fizeram toda a diferença. Foi um dia realmente encantador. Obrigada!


sábado, 9 de abril de 2011

Benjamin

Quarta-feira, 06 de abril de 2011, 0h51
De: Alvaro
Para: Gabi

"Gabi,

dá vontade de chorar, às vezes, quando penso que vou ter um neto.... Não caiu a ficha ainda, nem sei dizer, não sei palavras, razão, não sei dizer nada... absolutamente nada! As pessoas falam que é bom ter neto et cetera, mas não sei não, não sei o que elas querem dizer... não sei nada, só sei que é uma coisa boa, parece meio como se eu estivesse "grávido", grávido do futuro, embora esse futuro não me pertença, embora eu seja o passado... e assim vou na madrugada de ficar no instante de um samba, da contemplação da lua mais perto, do horizonte de apertarmos olhos, de ficar assim miúdo como estou aqui agora, tão ínfimo, tentando palavras e o mais que possível de estender a vida...

Seu pai"


Eu entendo o que você quer dizer, mas também não sei explicar e sinto vontade de chorar. E tenho feito isso. Simplesmente choro...de um sentimento puro, de felicidade.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

quarta-feira, 30 de março de 2011

Confissões de um pai de 30 - Parte II

- Qual é o seu desejo para este filho? Mesmo que você se prepare para respeitar os desejos futuros deste filho, nenhum filho existe sem que antes exista o desejo dos pais. Qual é o seu desejo de pai para este filho?

R: Tudo de bom. Desde o amor da família e dos amigos, passando pela escolha do time que ele vai torcer, até o melhor dos futuros que o destino lhe reservar.

- Foi importante saber que era um homem? Seria diferente se fosse uma mulher?

R: Importantíssimo, pois toda a decoração, roupinhas, acessórios, etc e etc são diferentes para meninos e meninas. Se fosse uma menina, provavelmente teríamos comprado tudo em outra cor...
Nada muda em relação ao sentimento pelo filho que virá. Fosse menino, menina, ET, mutante, andróide ou cachorro, amaria do mesmo jeito (salvo exceção caso for curintiano – dessa forma terei de fazer segunda análise sobre o assunto).

- Como você se prepara para ser pai?

R: Tenho me preparado muito. Faço meditação tântrica todas as manhã, yoga às terças e quintas, tenho ouvido música erudita, além de aulas de piano aos sábados de manhã. Fiz um curso de salva-vidas, tenho doado somas em dinheiro a instituições de caridade e tenho feito trabalho social em penitenciárias sempre que possível.
Brincadeiras à parte, não vejo necessidade de uma preparação tão específica. Sinto-me preparado para encarar esse desafio de criar um filho. Há alguns anos atrás, não pensaria dessa forma, tenho certeza absoluta que não estaria amadurecido o suficiente para encarar de forma tão positiva essa situação. Aliás, na verdade não encaro como um desafio (como todas as situações, opiniões, leituras e aconselhamentos buscam retratar). Acho tudo natural e a ideia que me vem é de que fomos agraciados pela vida com essa gravidez. Nada mais justo que retribuir isso, dando boa educação ao nosso filho.

- O que você sentiu quando soube que seria pai? E o que sentiu quando viu a imagem no ultrassom?

R: Ao saber que seria pai, lembro que senti um arrepio, uma espécie de frio na barriga. É aquele impacto inicial que choca o homem, quando ele descobre que vai ser pai. O peso da responsabilidade cai de uma altura de 10 andares, sem toldo para amortecer. Mas o tempo faz esse impacto ser absorvido com suavidade. Nove meses são mais que suficientes para isso. Ao mesmo tempo penso em mães solteiras ou pais adolescentes. O impacto vem também, com a mesma intensidade. Mas a absorção deve ser bem diferente...
No ultrassom parece ser a confirmação de tudo aquilo que, até então era história. Novamente o sentimento de ser pai recai sobre a gente, mas de uma forma extremamente positiva. Ver uma pessoa de verdade, naquela tela horrível em preto e branco e cheia de ruídos, nos faz sentir o lado doce da responsabilidade.

- No que você quer ser diferente, como pai, do seu próprio pai?

R: Principalmente na questão de conversar com meu filho. O diálogo deve ser livre e aberto entre os dois, a informação confiável é muito valiosa hoje em dia. Sei que as pessoas, no decorrer de toda a vida, aprendem diariamente. Nada mais justo (e seguro), que meu filho possa buscar esse aprendizado com o próprio pai.

- Para finalizar, vai ensinar seu filho andar de bicicleta sem rodinhas? (risos)

R: Garanto que tentarei ensinar todos os bons valores que aprendi na minha vida. O valor das verdadeiras amizades, a importância da família, o sentimento capitalista que move o mundo, as intempéries que o destino nos traz, as relações humanas, etc. Quanto à parte da bicicleta, reservo para a mãe do meu filho, afinal, não se pode ensinar algo que não sabe (ainda!)

FIM!

domingo, 27 de março de 2011

Confissões de um pai de 30 - parte I

Sou fiel leitora da coluna de Eliane Brum, todas às segundas, no site da revista Época. E semana passada sua coluna foi mega interessante: Confissões de um pai temporão. Eu que já tinha curiosidade sobre a resposta de muitas dessas perguntas com relação ao Marido pedi pra ele responder em forma de entrevista para postar aqui no blog. Então peguei algumas perguntas da entrevista de Eliane e fiz outras. Vamos ver o que pensa um pai de 30.

- Dizem que a mulher se torna mãe no momento que toma conhecimento da gravidez. Já o homem se torna pai com o nascimento do filho.Você está próximo de se tornar pai. Quais são os sentimentos que o permeiam neste momento? Existe medo entre eles?
R: Acho que a frase inicial da pergunta é bem verdadeira. O lance do homem se tornar pai deve vir mesmo no momento do nascimento do rebento. Em mim, a expectativa existe, mas por enquanto me sinto mais um observador ou mero coadjuvante da situação. Ao nascer, tenho absoluta certeza de que finalmente darei conta de que virei pai. E o medo, onde fica? Por enquanto, os medos são voltados para o lado financeiro da coisa. É do meu perfil não “sofrer antecipadamente” com as coisas, por isso sei que os medos da responsabilidade paterna só chegarão junto do Ben.

- Esperar um filho, ver sua esposa com o barrigão, faz você se sentir “grávido” também, ou seja, ter noção de tudo o que está acontecendo com ela e com vocês?
R: Faz me sentir grávido sim, mas de uma forma diferente. É óbvio que sentir diretamente a sensação de ter uma pessoa dentro de mim não existe, mas chega bem perto disso. A noção das coisas existe, mas a sensação fica por conta da imaginação. De qualquer forma, já me sinto ganhador do Oscar de melhor coadjuvante nessa história.

- Tudo que é também você e veio de você se desenvolve num mundo que é dentro dela. E você pode no máximo falar com a barriga, mas você não sente seu filho se movendo dentro de você, se alimentando de você. Pode ser um alívio, mas me parece que para muitos homens não é. Você inveja essa relação que, neste momento específico, só pode acompanhar como coadjuvante?
R: Não invejo de forma alguma. Cada um tem suas devidas funções nessa gestação, que acarretam diferentes, mas complementares, responsabilidades. Entendo que cada um tem sua demanda específica, que envolvem ações, cuidados, atividades e atitudes. E a parte do pai não é menos importante do que a da mãe, um completa o outro para formar a família.

- Saber que vai ser pai mudou o que na sua vida? Você sente que é outro?
R: O impacto maior vem logo após a descoberta. Saber que vai ser pai acarreta muita responsabilidade, que é melhor assimilada durante a gravidez. Mudou a percepção das prioridades, mas acho que ainda vai mudar muito mais. O foco sai de mim ou da minha esposa, se transferindo para uma nova pessoa nessa relação. Mas a mudança não é tão brusca assim, sinto-me perfeitamente apto e adaptável para essa nova realidade. De forma alguma eu seria outro, senão não daria conta do recado.

- É muito difícil aguentar uma mulher grávida? Quais são as suas estratégias?
R: Sim, é difícil. A grávida, ao contrário do que muitos pensam, não tem prioridade somente nos bancos do metrô ou nas filas de bancos. Elas dominam tudo que passa à sua frente, com a medicinal e antropológica afirmação de que ficam mais sensíveis, carentes, cansadas, irritadiças e tudo mais que possa se potencializar nessa época. O antídoto para não sofrer com essa inevitável situação são superdosagens de paciência, intercaladas com compreensão e disposição para o trabalho servil não-remunerado. O trabalho psicológico é essencial nessa etapa, preparar bem a cabeça e ter noção da situação ajudam a evitar estresse e fadiga.

- O que você pensa quando vê sua mulher e o barrigão?
R: Ela está realmente grávida.

- O que mais dá medo ao pensar em botar um filho no mundo?
R: Criar uma pessoa que, no futuro, venha a fazer mal à sociedade. Um delinquente, um usuário ou traficante de drogas ilícitas, um assassino ou assaltante. Tenho medo de criar bem um filho, mas que ele venha a se tornar membro da escória humana. Mas tenho consciência que isso, dificilmente acontecerá.

- Ter um filho é escolher uma relação que, mesmo que um dia você queira, jamais será rompida. Pode existir pai canalha, filho psicopata, mas não existe nem ex-pai nem ex-filho. Pai é para sempre. Filho é para sempre. Isso é assustador?
R: Para mim não. Existem diversas situações em que não podem existir “ex”, que não chega a assustar, como: ex-puta, ex-virgem, ex-gay, ex-assassino... A relação com um filho, que tende a ser a melhor possível, não deve assustar por ser eterna. Pelo contrário, ainda bem que une pela vida toda, afinal, famílias são para isso.

* Continua... No próximo post: o desejo do pai para o filho, a importância do sexo do bebê, como se preparar para ser pai, o sentimento ao descobrir a gravidez e um pouco mais.

sexta-feira, 25 de março de 2011

São tantos detalhes

Montar quarto, pintar, pedreiro, organizar, exames, consultas, banheira, mamadeiras (grande, média, pequena), jogo de berço, colcha, bebê conforto, lembranças, enfeites, chá de bebê, roupinhas, curso para gestante, produtos de higiene, fraldas, consultas, ultrassons, sapatinhos, body, prateleira, porta trecos, bolsa, babá eletrônica, carrinho grande, carrinho de passeio, ninho neonato, colchonete, travesseiro anti-refluxo, mosquiteiro, móbiles, mordedor, toalhas, assento para banheira, termômetro para banho, trocador de bolsa, travesseiro, kit de berço, canguru, escova para mamadeira, pinça higiênica, saída de maternidade, poucos meses, semanas, ansiedade, ansiedade, ansiedade....

domingo, 20 de março de 2011

Mudanças

"Eu hoje joguei tanta coisa fora, cartas e fotografias..."
O final de semana foi de organização e mudanças. Mudamos o layout da sala, que fazia tempão eu queria mudar. "Mudamos" é forma de falar, pois o mérito foi todo do Marido. Em meu estado interessante fico limitada para fazer certas coisas. Entrei com a ideia da disposição dos móveis. Eu achei que ficou ótimo, mas o Marido não quer admitir que também gostou. No fundo ele resisti um pouco a mudanças, mas acaba gostando (pelo menos quero acreditar nisso!). Marido mudou de lugar até quadros, tapou buraquinhos da parede, deixou o quarto do bebê todo livre, pronto para ser montado (ai que ansiedade).
E o Piffer ficou dizendo "é Ben, quando você estiver acostumando com o seu quarto de um jeito, sua mãe vai lá mudar tudo". Adoooro mudanças. No fundo somos todos resistentes a elas, mas depois nos acostumamos. Mudança sempre tem seu lado positivo. Até as mudanças tortas, não planejadas, aquelas que surgem inesperadamente, que te pega no susto. Talvez essas sejam até o estímulo necessário para darmos o salto mais importante de nossas vidas. Quando disse para o meu pai que ele seria avô imediatamente ele quis comemorar e fomos para um boteco ali perto de sua casa mesmo, nunca vou me esquecer da nossa conversa. Basicamente, ele disse que filhos é o impulso que nos faz seguir sempre em frente, que nos faz conquistar cada vez mais coisas. Acredito sinceramente nisso. Não existe mais tanto tempo para sentir medo. O medo existe, mas a vontade de fazer dar certo é maior. E as mudanças que já eram constantes se tornam mais ainda.
Eu sou uma pessoa ansiosa e estou ao extremo nos últimos dias. Acho que não tem como estar grávida e não estar ansiosa. Além de diversas mudanças no seu corpo, organismo, tem as mudanças físicas, práticas. Você tem que pensar em enxoval (e só aqui tem milhares de detalhes), quarto, móveis, reformas da casa, nas mudanças do seu cotidiano e por aí vai...isso tudo relacionado ao bebê e em apenas 38 semanas. Mas tem que pensar também no marido, no seu cachorro (que agora suplica por atenção sua)e no emprego. É muita pressão para duas pessoas num corpo só. Principalmente, porque o segunda pessoa trata-se de uma pessoinha que não está entendendo bolufas e tudo que ela mais quer é tranquilidade dentro desse lugar tão aconchegante e não se sentir dentro de uma panela de pressão a ponto de explodir a qualquer instante. E é pensando nela que vou tentar me controlar mais, exigindo de mim apenas o que está ao meu alcance neste momento. Vou seguir o conselho do meu pai: "relaxe e goze a sua vida, a sua vida particular, a sua família, seu filhinho que vai nascer, seu marido, seus amigos, suas leituras...Você é muito jovem ainda, lembre disso. E vai viver a experiência da maternidade, coisa sublime...".
É isso que vou fazer, aproveitar ao máximo esse momento tão especial e tudo que está ligado a minha vida particular longe daqueles 20km. Agora, nesse exato momento, estou apertando a tecla: FODA-SE!
Que venham as mudanças. Que venha a segunda-feira!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Divã (mais uma vez)

Lembra do livro Divã, da Martha Medeiros, que virou filme e depois peça de teatro (não necessariamente nessa ordem)? Pois então, agora ele virou série da TV Globo e entra no ar em abril. Divã é a história de Mercedes, interpretada pela atriz Lília Cabral, que descobre quanta coisa ela pode mudar em sua vida e passa a viver mais plenamente se permitindo errar e acertar. A série será uma continuação do filme. Após o término do casamento e a perda de sua melhor amiga, Mercedes recebe alta da terapia. E ela coloca em prática sua maior paixão que é as Artes Plásticas. Consequentemente, as mudanças trazem novas questões e ela volta ao divã para buscar novas respostas às novas perguntas.

Pra mim o filme traz muitas reflexões. Eu particularmente adoro. Já assisti diversas vezes. E uma das cenas com texto mais lindo é quando Mercedes acompanha a amiga Mônica ao hospital para pegar os ressultados de alguns exames. Mônica esconde o resultado, mas está com uma grave doença. E nesse momento elas trocam algumas palavras, quando a Mônica diz algo paredcido com isso "Mercedes, eu sempre fui antiga, mesmo nova eu já era antiga" se referindo que ela sempre quis a vida dela do jeito que é, sempre se imaginou casada, com filho, cuidando da família... acho essa uma das mensagens mais linda do filme.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Um conto II

Era noite. E bem estranha: fria na rua, abafada em casa. Após um longo e cansativo dia de aventuras e desafios – as aulas de física quântica já haviam voltado – um tragitrânsito a caminho de casa. Os delinquentes à solta, caotizando os transeuntes, expondo a violência gratuita e consumindo as drogas urbanas que os consomem. Nas vias expressas, o estresse põe os nervos à mostra, um parachoque de tensão para cada carro no limbo das curvas.

Depois de atravessar a caoscidade, chegamos ao nosso destino. O cheiro do mau-presságio emana dos esgotos, das valas, dos sinos das igrejas. O frio da rua dá impressão de névoa densa que enegrece a visão. De tão turva, enxerga-se meio palmo à nossa frente.

Então, irrompemos ao interior do castelo. A densidão desaparece, ofuscada pelo torpor abafado das largas paredes que parecem se deslocar em nossa direção. O sufocamento é inevitável e a claustrofobia vem à tona, apertando a garganta e retirando todo o pouco ar que nos resta.

De um cômodo para outro, percebo a diferença. Invisível, mas presente. Intocável, mas incômoda. Até que, a caminho do salão principal, ouço sons indecifráveis vindos da masmorra mais alta. Serão gritos? Espasmos? Será o som da morte após a mais cruel tortura?

Apreensão. O medo paralisa, ao mesmo tempo que empurra de encontro ao inesperado. A atração é quase que magnética e nos força a passar pelo último batente que nos separa do salão principal. A visão percorre o chão, buscando e ao mesmo tempo receando encontrar o que de pior poderia haver, quando se depara com a criatura.

A estatura é extrema, a roupa de palhaço macabro. O rosto maquiado com uma pintura mortal, e da boca escorria sangue. Nas mãos, um ramalhete de bexigas coloridas, cheias de ódio e ressentimento. E vem em nossa direção, um, dois, três, oito, dez desses vultos... quando a luz se acende. A vista ofusca.

Para minha sorte, os vultos ganham formas reais e reconheço um por um. Uma festa surpresa, rostos de alegria, sorrisos, abraços, afagos, felicitações. São familiares, amigos, pessoas do bem. Mas três convidados, no fundo do recinto, já faleceram. Há anos...

terça-feira, 8 de março de 2011

Bom dia, Azaléias!

Levantar meio dia e se deparar com flores do Marido não tem preço. Assim que vi , além de comentar "ai que lindooooo", fiquei me perguntando o motivo das flores: alguma comemoração especial que eu havia esquecido? Ai que mancada! Uma das frases no cartão dizia que eu era uma nova mamãe D+. Pensei: como assim??? Hoje vou almoçar na minha mãe e não comprei presente de dias das mães. Mas não é domingo, nem maio, aimeudeus! Outra frase dizia "parabéns pelo seu dia!". Nem pensei, logo perguntei: "Marido, meu dia? Que dia?". (Começo a acreditar que grávidas realmente ficam mais esquecidas e que a vitamina contribui para esse efeito). Ele: "Dia das mulheres". Derreto-me: ai que FOFO!

Eu, Ben e Capitu temos muita sorte!

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Encantamento

Estar gestante é a melhor coisa do mundo. Você se sente iluminada. As pessoas ao seu redor te enxergam assim. Isso é no trabalho, na rua, no metrô, em reuniões com pessoas que você nunca viu. Você se torna o ser mais especial do mundo. É todo mundo dizendo que você está linda, radiante, iluminada. E as pessoas não dizem para te agradar, de fato você se torna tudo isso e um pouco mais. É inexplicável dizer o que sinto. Mas eu tenho me sentido uma super herói, cheia de força e vitalidade. Toda vez me pego pensando: estou carregando um ser humano dentro de mim. Tem outro ser aqui dentro! Uma pessoinha!!! E como a Dani me disse bem no começo: "agora você tem que se cuidar, pois são dois corações batendo aí dentro". Sim, são dois, um acelerado que parece bater mais rápido que o meu que agora vive apertado, mas batendo de tanta emoção. E isso dá tanta força. Eu já não penso mais em mim e sim nesse outro serzinho que cresce aqui. O jeito de ver a vida muda. Você passa a viver em estado de graça. E se dá conta de quanta coisa tem para apresentar a quem vai chegar, que pra você pode até ser tudo velho, mas que se tornará tudo novo, encanto, beleza, vida, luz, felicidade, sempre.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Qual é o nome?

Quando você está grávida passa a responder várias perguntas que se tornam repetitivas, mas existem três que são básicas:

1) Quantos meses?
2) Já sabe o sexo?
3) Já tem nome?

A reação para cada resposta é sempre muito parecida:

1) Nossa, mas sua barriga já está tão grande!
2) É tão bom ser mãe de menino!
3) Que nome lindo!!!

O nome do bebê foi definido há um mês aproximadamente. Eu já tinha como opção só que queria mesmo decidir só quando o bebê chegasse. Mas parece que isso é impossível nos tempos de hoje. As pessoas (até você) sentem necessidade de chamá-lo pelo nome.

Não tínhamos uma lista enorme, aliás era bem pequena com três ou quatro nomes. O marido não gostava de nenhum, mas gostou do nome que escolhi fora da lista. O nome escolhido foi Benjamin, cujo significado é filho da gabis felicidade. Lindo, né?! E aí sempre que respondo a terceira pergunta as reações são as melhores possíveis. Todo mundo se mostra surpreso e acha o nome lindo demais.

Só que essa última resposta me causou certa curiosidade quando li no aqui no Sopa de pai que a impressão que ele teve foi que poderia dizer qualquer nome e que todo mundo acharia "lindo". Achei super engraçado o teste que ele fez para tirar a prova e não aguentei...hoje realizei o meu teste.

Entramos numa loja de roupas para bebês, comprei um macacão lindo para o Meu Bem e a vendedora fez todas as perguntas básicas até chegar na pergunta que eu mais queria ouvir:

- Já tem nome?

ISSO! Era isso que eu queria ouvir. Vai ser agora. Uma pausa...

- Sim, ADONIRAN!

Silêncio.

- Nossa, diferente. Quer dizer, é um nome antigo né?!

Muda o assunto.

Por dentro eu dava gargalhadas. E o marido estava completamente sem graça, não acreditando que eu realmente tinha feito aquilo. Eu até fiquei com remorso, mas não conseguia deixar de pensar que esse não era exatamente o nome que eu queria ter dito. Eu já havia comentado com o marido esse meu plano e que os nomes escolhidos para utilizar seriam ERNESTO ou ADONIRAN. Mas na hora o Ernesto não veio. E acredite, esses nomes estavam na lista do meu marido para nome do nosso filho. Lista essa que eu nem cogitei.

Fiquei satisfeita com a reação da vendedora. E mais ainda por comparar com as reações das pessoas quando eu digo o nome verdadeiro. As pessoas realmente são sinceras ao dizerem que o nome é lindo, forte, incomum, de pessoa importante e até amoroso.

É claro que pode existir alguém que não goste do nome Benjamin, mas o fato é que a mamãe e o papai aqui gostaram muito. E tenho certeza que Meu Bem também vai gostar.

Eu ainda posso fazer o teste mais uma vez usando o nome que sobrou: ERNESTO.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Teoria de Gabis

Eu sempre quis ter uma menina, mas assim que soube da gravidez tive certeza que seria menino. Eu sonhava com menina, mas tinha certeza que seria menino. Quando o médico disse o sexo, foi um misto de sentimento, alegria e principalmente aquele gostinho de "eu já sabia"! Porque eu tinha certeza absoluta disso. Comecei a pensar em todos os lados bons de ter um filho menino, tipo eu não perderia a majestade de casa, é mais fácil de limpar, gasta menos, meninos são mais apegados a mãe. Sem contar todas as opiniões de todo mundo sobre o quanto é melhor o primeiro filho ser menino. Não me pergunte o motivo, isso ainda não sei e as respostas sempre são muito pessoais. Outro dia para surpresa do marido eu comentei com ele como estava feliz em ter um menino. Ele super estranhou e disse "mas você sempre quis tanto uma menina!". Eu respondi "pois é, mas imagina que saco ter que ficar arrumando a menina, que é cheia de flu flu, tudo rosinha, acordar bem mais cedo pra pentear cabelo, etc...". Aff. Não era pra mim. Acho que por isso me mandaram um menino. Vejo pela Capitu, eu queria tanto fêmea e hoje quem arruma a bichinha?! O Marido. Ele que penteia os pelos, arruma a chuquinha...resumindo: descobri que nasci para ser mãe de menino. Mas tudo isso para chegar a minha nova teoria. Homens que tem filho menino é sinal de que não pecou muito, foi um bom rapaz e respeitou as moças. Já os que tem meninas é sinal de que foi um cara malvado, aprontou bastante e agora vai pagar todos os seus pecados. Comentei isso com o marido e ele foi logo dizendo que foi um bom rapaz. Mas o fato é que ele é agora por que eu o salvei. E pensando bem, tadinho, ele já pagou seus pecados, afinal casou-se comigo...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

coisas de gente grande

Quando comecei no mercado de trabalho achava o máximo os profissionais dizerem que estavam em reunião. Como desejei participar de várias... Que bobagem! Quando comecei a participar de reunião me achava o máximo e até importante. Ai que bobona! Agora que é normal participar de reuniões, eu acho um sacooooo! Tem coisa mais chata? Ainda bem que nesses tempos modernos o celular deixa de ser proibido e você pode disfarçadamente (é lógico) enviar ou responder um torpedo, atualizar as redes sociais...e que coisa mais banal participar de reunião, né? Hoje você liga para uma amiga e se ela não pode falar, está em reunião. TODOS participam de reuniões internas, externas, na mesa ao lado....

Dinheiro. Quando eu era pequena achava o máximo ver meus pais me dando dinheiro, pagando suas coisas, gastando. Achava que ter dinheiro era o ápice da independência. E torcia para ser gente grande logo. Comecei a trabalhar e vivia numa pendura. Putz grilo, tinha dias que eu não tinha dinheiro pra nada. O meu primeiro emprego foi num telemarketing, caraca ganhava pouco pra burro!!! Na empresa não tinha lugar para marmita, logo não podia levar. Eu e minhas colegas levávamos lanche e comíamos na escada até que um dia o zelador proibiu alegando que a gente deixava a escada suja. Uma calúnia! Aí a gente começou a comer cachorro quente de duas salsichas por R$0,5. Aff...eu tinha um receio de comer aquele hot dog. DUAS salsichas por R$0,50!!!! Muito estranho. E o carrinho do tio ficava LO-TA-DO! Depois tinha a faculdade....

Hoje independente. Acho super bacana ter o meu dinheiro. Comprar as minhas coisas na hora que quiser. O máximo que eu acho é poder sair pra almoçar (sem me importar muito se o restaurante é caro ou não) e dar o cartão de débito pra pagar. Acho tudo de bom. Aliás, ADORO sair pra comer e pagar. Porque mesmo que a gente fale “to sem dinheiro”, sempre tem um na conta. Acho que essa frase é mais força de expressão. E eu até me sinto mal quando uso essa frase. E fico brava com o marido quando ele diz também. Porque não ter dinheiro é triste.

Hoje eu não entendo porque quando eu era mais nova queria tanto ser gente grande. Brincar disso é legal, mas na prática...Ser gente grande não é lá essas coisas. Não me acho o máximo participando de reuniões e muito menos por ter que pagar contas. Eca!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Para meu bem

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Nando Reis

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Herança materna

Meu Ben, você vai ter um avô admirável... assim como eu tive.

Gabi filhota,

O torvelinho da vida. Só assim as coisas acontecem. Se planejar muito, pode crer que dá zebra. Claro que temos que ter um mínimo de projeto, mas chamaria isso não de projeto, e sim de linha mestra. E esta é composta de muitos valores e desejos imprevisíveis, dependendo da formação de cada um. No nosso caso, da nossa família, origens, formação et cetera, diria que, entre esses valores, poderíamos destacar a simplicidade, a honestidade, o amor, a alegria da festa, o trabalho inevitável, o respeito aos outros e a solidariedade, aquilo de nunca querermos ficar bem dando rasteira nos outros. E muito mais... E depois precisamos viver esse instante, fazendo tudo... Se não der, corrigimos a rota. Mas o tempo é tão louco na sua velocidade, que, quando nos damos conta, já fizemos e concluimos tudo, tudo que achávamos que não conseguiríamos fazer... Com filho então, o tempo passa ainda mais rápido. Benjamin nem saiu da barriga, mas daqui a pouco... bom... nem vou falar... daqui a pouco ele está com dezoito anos, vinte e cinco et cetera... Pode parecer exagero, mas é sentimento de quem quer e vai viver muito, eu que devo passar dos oitenta e cinco... Somos um átimo, uma lasca de tempo, e isso não é para ficarmos reduzidos ao ínfimo... É só para lembrarmos a dimensão da vida, o alargamento das nossas potencialidades. Depois de um tempo de amadurecimento, aprendemos que nesse torvelinho não cabe o medo. Principalmente o medo dos nossos próprios fantasmas que habitam nossas preocupações, nossas fantasias no escuro, quando tentamos alcançar o sono. Não há que se temer absolutamente nada. O medo é uma espécie de morte em vida. Temos que dormir sorrindo. Sei que isso é difícil. Mas essa é a maior dádiva. Um dos versos do meu próximo livro (que talvez seja dedicado ao Benjamin), talvez o último poema seja mais ou menos assim, de apenas um verso: "Estamos sozinhos nessa imensidão ou temos vizinhos?"

Beijo
Seu Pai

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não quero, não gosto!

Assim como Selton Melo, eu odeio fruta com comida! Já dou logo exemplo de uma personalidade. Eu não gosto, logo sou fresca. Ele não gosta, logo é lindo. Não me venha colocar morangos, abacaxi, pêssegos no meio de um bolo. Um dia numa festinha de aniversário na casa da minha sogra (território perigoso), cortaram o bolo, me deram um pedaço e quando coloquei na boca senti que tinha uma fruta amarela gosmenta. Nesse mesmo momento alguém falou que o bolo era de pêssego. Foi o mesmo instante que eu passei o pratinho de bolo para meu marido e adivinhe.....Minha sogra viu e soltou o comentário “só porque falou que era de pêssego, se não tivesse falado teria comido....”. O fato é que se não tivesse falado eu não teria comido do mesmo jeito porque eu simplesmente senti aquele troço gosmento e não gostei. Também não gosto de salada de frutas. Odeio salada de frutas! Aquele monte de frutas picadinhas misturadas e aquela água (uma mistura do líquido de todas as frutas). Eca! Ah, arroz doce! Urh! Adoro arroz com alho, cebola, sal. Mas arroz doce?! Nem pensar. Também não gosto de nada com textura gelatinosa. Taí, gelatina é uma coisa que não gosto, mas que aprendi a comer. Só que eu não como em qualquer lugar. Como a do restaurante da Globo, a que minha mãe faz e se meu marido fizer e ficar igual a da minha mãe eu como também. O problema da gelatina é que todo mundo fala que sabe fazer só porque é fácil. Mas tem um segredo na preparação que evita formar uma casquinha na gelatina que fica no fundo da taça. Uma casquinha durinha, nojenta e horrível de se comer. Até me arrepio ao lembrar. Ahhhh! E farofa com banana? Nem preciso comentar. Não gosto de salgado misturado com doce. Só de Romeu e Julieta. Muita gente tem me perguntado e, principalmente ao marido: “e aí a Gabi tem tido muito desejo, você já acordou de madrugada pra sair e comprar algo pra ela?”. Eu não tive nenhum desejo e nem acredito muito nessas coisas. Imagina, a mulher que faz o cara sair de madrugada pra comprar algo que ela diz desejar desesperadamente só deve estar testando a paciência do individuo ou até onde ele é capaz de ir por ela. Pô, não é possível que não dê para esperar até o amanhecer. Pra não dizer que eu não tenho vontade, eu sinto apenas de comida japonesa e abacaxi (que fruta deliciosa!). Mas nada que eu não possa esperar para comer se não for possível naquele momento. Segundo o médico, as gestantes sentem vontades por determinados alimentos quando o corpo sente falta de alguma substância. Nesse caso faz sentido. Eu já tive momentos de gulodices, tipo comer três pedaços de bolo de prestígio (Adoro!). Mas confesso: foi gulodice! E não uso aquela famosa frase “ah, eu posso estou grávida!”. Eu posso mesmo porque sou magra! (Psiu, e aí vai uma dica: na gestação, nunca contem aos companheiros a quantidade de besteiras que você comeu, eles delatam para o seu obstetra) Acho que até entendo porque as pessoas perguntam se eu tenho desejos, acho que tenho cara de ser mimadinha. Não gostar de alguns alimentos é sinônimo de fresca. Odeioooo, quero sumir, quando vou em algum lugar e as pessoas ficam insistindo “mas experimenta”. Dá vontade de responder “não quero, que saco!” Mas se fizer isso, além de fresca seria mal educada. Então me controlo. Mas eu gostaria que me filho não tivesse frescuras...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

BBBosta

Pra mim já deu BBB. Eu adorava esse programa inútil, é verdade. Mas agora já deu o que tinha que dar. Fico irritada ao ouvir o Bial chamando aquele monte de pangaré de “heróis”.

Pergunto: Herói por quê? Os caras não fazem nada e são heróis?! Também tem me irritado a entonação, encenação e as caras e bocas que o apresentador faz quando lê aqueles seus textos de eliminação.

Não aguento mais o tal Lucival. Esse Ser toda vez que vota em alguém dá a mesma justificativa: “vou votar em fulano porque acho que ele tem um futuro brilhante lá fora”. Vai a merda!!!!!! Quantos ex-BBB se deram bem??? Sabrina, Grazi, a bonitinha que faz o papel de Clotilde, em Tititi...quem mais mesmo? Ah, sim, tem os vencedores do prêmio.

E aquela choradeira depois da votação?! As moças que o digam. Todas elas choram e ficam se justificando porque votou em determinada pessoa. Porra, não é a lei do jogo, eliminar os participantes? Para isso você precisa votar em quem você quer que eliminar. Logo não precisa ficar dando explicação. Aliás, ninguém nem precisa ficar sabendo em quem você votou. Que saco!

Olha, ou meu momento é muito sublime ou o BBB sempre foi um saco e só agora eu me dei conta disso. Que lástima.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O que esperar quando você está esperando

Você pode esperar muita preocupação, ansiedade, medo, angústia, mas também muitas alegrias.... O título desse post é o nome do livro que ganhei da minha amiga Dani – que por sua vez me intimou a escrever um post me retratando de tudo o que achava no início da gravidez.

Foi a Dani a primeira pessoa para quem contei a novidade (aqui o Marido não conta, pois já sabia). Nunca vou me esquecer. Num dia eu tinha feito aquele exame de farmácia, que deu super positivo; e no outro eu fiz o exame de sangue para confirmar de fato. Aquele dia foi só ansiedade. Peguei o resultado pela internet. Positivo. Daí liguei correndo pra Dani. Meooo, toda vez que ligo pra Dani eu consigo falar com ela. É raro o contrário. Naquele dia liguei, se não me falha a memória, umas 564 vezes e nada de encontrá-la. Liguei até para o compadre Marcio (marido dela), pra casa da mãe dela e nada! Só no dia seguinte a Dani retornou minhas ligações. Até que enfim eu desabafaria com alguém que já tinha passado pela mesma situação:

Eu: Dani, qual é mesmo o nome do livro que você disse que me daria quando eu estivesse grávida?
Dani: O que esperar quando você está esperando
Eu: Ele é super grande, né?! Então, você tem que me dar logo porque tenho 8 meses para ler ele inteiro.(nessa altura do campeonato eu estava falando super rápido com a ansiedade que só existe em mim)
Dani: o quê?
Repeti

Senti a emoção da Dani do outro lado da linha, fiquei toda arrepiada. A voz dela toda embargada e ela dizendo “nossa, Gabi, estou emocionada”. Eu já sabia e compartilhava do mesmo sentimento. Aí começamos a conversar......

Naquele dia e nos outros que vieram eu estava feliz, com medo, mas muito feliz. Maaaaas....Com o passar dos dias eu comecei a passar muito mal. Eu sentia muito mal estar, vômitos, dores no estômago, muita fraqueza e consequentemente comecei a ficar triste, pra baixo, desanimada (algo que sinceramente não combina comigo), depois veio o calorão, a pressão baixa, aff.... E todo mundo dizendo que ia passar. Eu não imaginava que isso pudesse ser verdade. Não parecia.

Eu acompanhei de perto a primeira gestação da Dani. Essa mulher ficou radiante de contagiar quem estivesse ao seu lado. Ela adorou, venerou a gravidez do começo ao fim. E detalhe: não sentiu nada. E depois só dizia que sentia saudades da barriga. Incrível. A Dani fazia parte do grupo que vivia me falando que tudo ia passar, que eu ficaria bem. Eu não conseguia acreditar, já que ela não tinha sentido nada (e nessa altura do campeonato ela já tinha tido mais uma gestação). Toda vez que eu passava mal eu repetia chorosa pro Marido ou pra quem quer que fosse “mas minha amiga Dani não passou mal”. A verdade é que eu me achava um E.T.. E acreditava que ficaria assim os 9 meses. E queria ficar em casa deitada na minha cama. E de preferência com a minha mãe cuidando de mim.

Nesse meio tempo mudei de médico, pois achei que o meu não me dava atenção necessária. Fora que ele me chamava de mimada. Eu não ligava, mas isso passou a me incomodar. O que ele tinha a ver com isso?! Não que eu quisesse que o cara estivesse a meu dispor 24h, mas gostaria que ele fosse mais acolhedor e que me ajudasse mais quando eu ligasse. Eu que idolatrava esse meu médico peguei uma birra imensa dele. E quando eu pego birra.....não tem quem me faça mudar.

Hoje estou com um novo obstetra. Fofo, acolhedor, calmo, transparente, esclarecedor, um anjo. Cheguei em minha primeira consulta passando mal (só pra variar), ele foi hiper atencioso. Esclareceu todas as minhas dúvidas e um pouco mais. E me confirmou: “Isso tudo vai passar a partir do 4º mês. Um dia você vai acordar e simplesmente não sentirá nada.” Eu nem sei que dia foi esse, só sei que chegou. E agora eu amo de paixão ser gestante. É de fato uma fase deliciosa na vida de qualquer mulher (e que merece um outro post). Agora aproveito esse espaço para agradecer aos meus pais, a minhas irmãs, a todos os amigos (as), aos conhecidos (e até desconhecidos – alguns me ampararam na rua) e principalmente ao marido, por todo entusiasmo, coragem, palavras de carinho, apoio, atenção, bom humor, amparo, dedicação, amizade, carinho, esforço e...PACIÊNCIA. Vocês tinham razão! Passou. Obrigada!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hoje foi dia de ultrassom

Cada vez que eu vejo você me sinto uma pessoa melhor, mais amor cresce em mim.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ai como dói

Essa madrugada tive a primeira cãimbra gestacional.Dizem que grávidas sentem muito isso. Cacete como dói cãimbra!!! Teve um tempo que eu sofria muito de câimbras, acordava no meio da noite gritando e minha mãe vinha com uma tesoura para encostar no ponto em que a bendita estava. Não é que passava...Pois essa noite acordei gritando de dor. Depois fiquei até com vergonha do escândalo, mas dói pra porra isso. Fiquei com medo também. Todo mundo me pergunta que tipo de parto quero fazer e eu tenho a reposta na ponta da língua: Normal. Quero o parto humanizado – no qual tenho a liberdade de escolher o que quero. Quero sem anestesia! Eu moooorro de medo de agulhas, tenho pavor só de pensar na anestesia do parto. Aí fiquei pensando, não aguento uma cãimbra, imagina as dores do parto. Aiquemeda! Mas se tem uma coisa que sou mais do que cagona é corajosa. Entrou vai ter que sair, né? Como são as coisas...entrar foi fácil, gostoso, macio, uma delícia! Agora sair...aimeudeusdocéu! Enfim, hoje passei o dia de rasteirinha, com a panturrilha direita dolorida, mal dava pra apoiar a perna para andar, e me questionando: será que o salto alto usado ontem teve sua parcela de culpa nisso? E nem vem dizer que é falta de potássio, pois eu estava comendo bananas todos os dias e ontem foi justo o dia que não comi...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

para não esquecer

“A literatura me arrancou da alienação, da ignorância, da falta de perspectivas. Me mostrou que somos seres para a morte e que nós temos que buscar, neste curto intervalo que é a vida, a felicidade. E para isso temos que nos projetar no mundo, nos lançar, nos afastarmos da poltrona do comodismo, da conformidade, para nos proporcionar um sentido”. Luiz Rufatto (escritor)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Domingo

Nesse final de semana fizemos nossa primeira aquisição para o bebê. Quando eu penso que essa foi só a primeira, me dá até um tic nervoso, pois são tantas coisas para providenciar! Eu tenho lido bastante a respeito de enxoval, decoração e afins. A dica primordial é: controle-se, não saia comprando tudo! Estou seguindo a risca. São tantas coisas lindas e se deixar você sai comprando tudo. Fiz uma programação mental: primeiro vamos comprar os móveis e depois pensaremos na decoração. Adivinhem...Estou louca para comprar os móveis do quarto!!!

Ontem fomos (Eu, Marido e minha mãe) na Feira da Gestante e do bebê, lá no Expo Center Norte. Ótimo para pais de primeira viagem, como nós. Acredite, eu não sabia o que era um “Moisés”!!!! E nem tenho vergonha de não saber o que é, assim como não tenho vergonha de dizer que nunca na minha (curta) existência eu troquei fraldas de alguém. Vou ter que fazer um curso extensivo!

Tenho lido bastante sobre gestação, bebês e afins. Revistas e livros sugerem listas de enxoval, mas não tem fotos dos produtos. Eu só não conto o que eu imaginava o que era o tal do “Moisés” (aí já é vergonhoso). Imaginei tudo, menos que era aquele negócio grande com alça para carregar o bebê pro lado e pro outro.

Meoooo, são tantas coisas. Mas tenho aprendido bastante com as leituras.

Ontem também passei por uma experiência assustadora. Meu novo formato físico me obriga comprar peças novas (coisa chata!), então aproveitei uma liquidação, já que estávamos ao lado do Center Norte. Peguei vários vestidos para experimentar. Meu número: 38. Vale aqui abrir um parêntese. De repente eu me torno a pessoa mais linda e elegante que existe, todo mundo diz “que linda; você está tão bonita grávida; nossa, você não engordou nada até agora; só tem barriga; etc.” Aparentemente não engordei mesmo, há um mês a balança aumentou um quilo, após a perda de três. Fecha parênteses. Fui experimentar os vestidos. O primeiro, que eu tinha adorado ficou preso em baixo do braço entre os seios. A droga do vestido não descia e tinha zíper!!! Não deu pra insistir e pra tirar foi um sufoco, já estava até pensando em ir pedir ajuda (mas imagine a cena: uma moça grávida, apenas de calcinha, saindo do provador brigando com o vestido preso um pouco acima dos seios, aff) quando consegui reverter a situação. O vestido nº38 não serviu, o de nº40 também não serviu e qual tamanho eu comprei??? Sim, o de 42! A outra peça foi tamanho 40 (menos mal). Mas convenhamos, né... Fiquei com apenas dois vestidos e uma calça de cordinha na cintura (preferidas entre as gestantes).

A vendedora logo manda o discurso que todos passam a usar com as grávidas: “ah, mas você pode, está grávida”. Genteeeee, gravidez é sinônimo de “tudo posso”. Uma delícia isso! Eu até me sinto assim, mas tudo tem limite, né?! E depois que o barrigão sair, os seios diminuírem, faço o quê com os meus novos vestidos do meu tamanho atual... 42???