sábado, 9 de julho de 2011

Os 9 meses mais rápidos da minha vida

Ontem iniciei uma limpeza no guarda roupa. Tirei um monte de peças que já não me servem mais e outras que não usarei. Ao me deparar com os vestidos que usei durante a gestação me bateu uma saudade enorme do meu barrigão. De ontem pra hoje me dei conta de como o tempo passou tão rápido. Foram as 40 semanas e 6 dias mais rápidos da minha vida. Nunca vou me esquecer do dia em que descobrimos a gravidez. Acho que nunca vou esquecer desse período que foi um dos mais especiais. E aconteceu tanta coisa de lá pra cá. Eu passei um pouco mais de três meses passando mal, enjoando, vomitando no carro, no metro, em casa, no supermercado, no trabalho, no elevador, nas vielas de Paris; compramos apartamento; troquei de obstetra; não entendia como as mulheres gostavam de ficar grávidas, não encontrava a graça dessa brincadeira; chegou o Verão, minha estação preferida do ano; a Dilma foi eleita; chegou o Natal; fomos à Paris e passamos o Réveillon por lá; passei férias em Búzios; carnaval em São Paulo; chegou o aniversário do Marido; meu aniversário comemorei no Rio de Janeiro e pra chegar lá pegamos um puta trânsito; chegou o Outono; comemorei meu primeiro dia das mães; fiz não sei quantos ultrassons; três exames de sangue; dois de urina; passamos váaaaaarias horas na sala de espera do melhor obstetra que poderia ter tido; fomos a muitas lojas de móveis para bebê; li diversas coisas sobre gestação; comprei livros; fui seis vezes na 25 de março; montei as lembrancinhas; fiz chá de bebê; tive um chá de fraldas na Globo; fiquei de licença; fiquei enjoada de shopping; de Mc Donald's; de doce; de perfumes então (aff!); um ano e meio sem escova progressiva e ainda vou ficar pelo menos mais meio ano sem; fiz drenagem linfática; hidroginástica; tive bastante sono, dormi muito e agora acho que foi de menos; fiz, aproximadamente, uns 38 mil litros de xixi; consumi, aproximadamente, um milhão e meio de cubos de gelo; fiz dois ensaios fotográficos; fiquei enjoada de morango (que era minha fruta preferida); tive vontade de comer comida japonesa e fomos diversas vezes ao restaurante; acordei uma única vez de madrugada com vontade de tomar suco de maçã (por sorte tinha em casa); comecei terapia; passei horas cagando de medo da anestesia, só pra depois, em um segundo, descobrir que foi uma bobagem sentir medo; usufrui centenas de vezes do atendimento preferencial (banco, metrô, supermercado, Louvre, Arco do Triunfo, banheiros, etc); muitas vezes desejei que fosse parto normal e, principalmente, que acontecesse de forma rápida e de repente; parto normal não foi possível, mas aconteceu num dia inesperado e bem de repente, conforme eu queria; recebi muitos elogios e me senti a grávida mais linda do mundo; então encontrei a graça e compreendi porque as mulheres gostavam de estar grávidas e amei também estar nesse estado. Os vestidos me fazem recordar esse momento que foi o mais inestimável da minha vida. Não vou me desfazer de nenhum deles, mesmo os de tamanho maior. Ficarão guardados, quem sabe, para serem usados num futuro próximo. ;-)

Um comentário:

  1. Oi Gabi,

    É a Juliana Favaron, não sei se vai se lembrar de mim, estudamos juntas na Uni. São Judas, eu andava mt com a Patrícia e a Andréia.
    Estava fuçando na net e achei seu blog.....fiquei encantada com esse post. Tbm estou grávida, de 20 semanas e assim como vc, estou me encantando com esse mundo de "estar grávida".

    Boa sorte p/ vcs e mt saúde ao baby!

    bjus
    Ju

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