domingo, 27 de fevereiro de 2011

Encantamento

Estar gestante é a melhor coisa do mundo. Você se sente iluminada. As pessoas ao seu redor te enxergam assim. Isso é no trabalho, na rua, no metrô, em reuniões com pessoas que você nunca viu. Você se torna o ser mais especial do mundo. É todo mundo dizendo que você está linda, radiante, iluminada. E as pessoas não dizem para te agradar, de fato você se torna tudo isso e um pouco mais. É inexplicável dizer o que sinto. Mas eu tenho me sentido uma super herói, cheia de força e vitalidade. Toda vez me pego pensando: estou carregando um ser humano dentro de mim. Tem outro ser aqui dentro! Uma pessoinha!!! E como a Dani me disse bem no começo: "agora você tem que se cuidar, pois são dois corações batendo aí dentro". Sim, são dois, um acelerado que parece bater mais rápido que o meu que agora vive apertado, mas batendo de tanta emoção. E isso dá tanta força. Eu já não penso mais em mim e sim nesse outro serzinho que cresce aqui. O jeito de ver a vida muda. Você passa a viver em estado de graça. E se dá conta de quanta coisa tem para apresentar a quem vai chegar, que pra você pode até ser tudo velho, mas que se tornará tudo novo, encanto, beleza, vida, luz, felicidade, sempre.

sábado, 26 de fevereiro de 2011

Qual é o nome?

Quando você está grávida passa a responder várias perguntas que se tornam repetitivas, mas existem três que são básicas:

1) Quantos meses?
2) Já sabe o sexo?
3) Já tem nome?

A reação para cada resposta é sempre muito parecida:

1) Nossa, mas sua barriga já está tão grande!
2) É tão bom ser mãe de menino!
3) Que nome lindo!!!

O nome do bebê foi definido há um mês aproximadamente. Eu já tinha como opção só que queria mesmo decidir só quando o bebê chegasse. Mas parece que isso é impossível nos tempos de hoje. As pessoas (até você) sentem necessidade de chamá-lo pelo nome.

Não tínhamos uma lista enorme, aliás era bem pequena com três ou quatro nomes. O marido não gostava de nenhum, mas gostou do nome que escolhi fora da lista. O nome escolhido foi Benjamin, cujo significado é filho da gabis felicidade. Lindo, né?! E aí sempre que respondo a terceira pergunta as reações são as melhores possíveis. Todo mundo se mostra surpreso e acha o nome lindo demais.

Só que essa última resposta me causou certa curiosidade quando li no aqui no Sopa de pai que a impressão que ele teve foi que poderia dizer qualquer nome e que todo mundo acharia "lindo". Achei super engraçado o teste que ele fez para tirar a prova e não aguentei...hoje realizei o meu teste.

Entramos numa loja de roupas para bebês, comprei um macacão lindo para o Meu Bem e a vendedora fez todas as perguntas básicas até chegar na pergunta que eu mais queria ouvir:

- Já tem nome?

ISSO! Era isso que eu queria ouvir. Vai ser agora. Uma pausa...

- Sim, ADONIRAN!

Silêncio.

- Nossa, diferente. Quer dizer, é um nome antigo né?!

Muda o assunto.

Por dentro eu dava gargalhadas. E o marido estava completamente sem graça, não acreditando que eu realmente tinha feito aquilo. Eu até fiquei com remorso, mas não conseguia deixar de pensar que esse não era exatamente o nome que eu queria ter dito. Eu já havia comentado com o marido esse meu plano e que os nomes escolhidos para utilizar seriam ERNESTO ou ADONIRAN. Mas na hora o Ernesto não veio. E acredite, esses nomes estavam na lista do meu marido para nome do nosso filho. Lista essa que eu nem cogitei.

Fiquei satisfeita com a reação da vendedora. E mais ainda por comparar com as reações das pessoas quando eu digo o nome verdadeiro. As pessoas realmente são sinceras ao dizerem que o nome é lindo, forte, incomum, de pessoa importante e até amoroso.

É claro que pode existir alguém que não goste do nome Benjamin, mas o fato é que a mamãe e o papai aqui gostaram muito. E tenho certeza que Meu Bem também vai gostar.

Eu ainda posso fazer o teste mais uma vez usando o nome que sobrou: ERNESTO.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Teoria de Gabis

Eu sempre quis ter uma menina, mas assim que soube da gravidez tive certeza que seria menino. Eu sonhava com menina, mas tinha certeza que seria menino. Quando o médico disse o sexo, foi um misto de sentimento, alegria e principalmente aquele gostinho de "eu já sabia"! Porque eu tinha certeza absoluta disso. Comecei a pensar em todos os lados bons de ter um filho menino, tipo eu não perderia a majestade de casa, é mais fácil de limpar, gasta menos, meninos são mais apegados a mãe. Sem contar todas as opiniões de todo mundo sobre o quanto é melhor o primeiro filho ser menino. Não me pergunte o motivo, isso ainda não sei e as respostas sempre são muito pessoais. Outro dia para surpresa do marido eu comentei com ele como estava feliz em ter um menino. Ele super estranhou e disse "mas você sempre quis tanto uma menina!". Eu respondi "pois é, mas imagina que saco ter que ficar arrumando a menina, que é cheia de flu flu, tudo rosinha, acordar bem mais cedo pra pentear cabelo, etc...". Aff. Não era pra mim. Acho que por isso me mandaram um menino. Vejo pela Capitu, eu queria tanto fêmea e hoje quem arruma a bichinha?! O Marido. Ele que penteia os pelos, arruma a chuquinha...resumindo: descobri que nasci para ser mãe de menino. Mas tudo isso para chegar a minha nova teoria. Homens que tem filho menino é sinal de que não pecou muito, foi um bom rapaz e respeitou as moças. Já os que tem meninas é sinal de que foi um cara malvado, aprontou bastante e agora vai pagar todos os seus pecados. Comentei isso com o marido e ele foi logo dizendo que foi um bom rapaz. Mas o fato é que ele é agora por que eu o salvei. E pensando bem, tadinho, ele já pagou seus pecados, afinal casou-se comigo...

domingo, 20 de fevereiro de 2011

coisas de gente grande

Quando comecei no mercado de trabalho achava o máximo os profissionais dizerem que estavam em reunião. Como desejei participar de várias... Que bobagem! Quando comecei a participar de reunião me achava o máximo e até importante. Ai que bobona! Agora que é normal participar de reuniões, eu acho um sacooooo! Tem coisa mais chata? Ainda bem que nesses tempos modernos o celular deixa de ser proibido e você pode disfarçadamente (é lógico) enviar ou responder um torpedo, atualizar as redes sociais...e que coisa mais banal participar de reunião, né? Hoje você liga para uma amiga e se ela não pode falar, está em reunião. TODOS participam de reuniões internas, externas, na mesa ao lado....

Dinheiro. Quando eu era pequena achava o máximo ver meus pais me dando dinheiro, pagando suas coisas, gastando. Achava que ter dinheiro era o ápice da independência. E torcia para ser gente grande logo. Comecei a trabalhar e vivia numa pendura. Putz grilo, tinha dias que eu não tinha dinheiro pra nada. O meu primeiro emprego foi num telemarketing, caraca ganhava pouco pra burro!!! Na empresa não tinha lugar para marmita, logo não podia levar. Eu e minhas colegas levávamos lanche e comíamos na escada até que um dia o zelador proibiu alegando que a gente deixava a escada suja. Uma calúnia! Aí a gente começou a comer cachorro quente de duas salsichas por R$0,5. Aff...eu tinha um receio de comer aquele hot dog. DUAS salsichas por R$0,50!!!! Muito estranho. E o carrinho do tio ficava LO-TA-DO! Depois tinha a faculdade....

Hoje independente. Acho super bacana ter o meu dinheiro. Comprar as minhas coisas na hora que quiser. O máximo que eu acho é poder sair pra almoçar (sem me importar muito se o restaurante é caro ou não) e dar o cartão de débito pra pagar. Acho tudo de bom. Aliás, ADORO sair pra comer e pagar. Porque mesmo que a gente fale “to sem dinheiro”, sempre tem um na conta. Acho que essa frase é mais força de expressão. E eu até me sinto mal quando uso essa frase. E fico brava com o marido quando ele diz também. Porque não ter dinheiro é triste.

Hoje eu não entendo porque quando eu era mais nova queria tanto ser gente grande. Brincar disso é legal, mas na prática...Ser gente grande não é lá essas coisas. Não me acho o máximo participando de reuniões e muito menos por ter que pagar contas. Eca!

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Para meu bem

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Pra você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que aprendi vem dos meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que o arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feito sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
Do piscar dos cílios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei
Sem ter porque
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Pra ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No fogo o gelo vai queimar

Pra você guardei o amor
Nando Reis

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Herança materna

Meu Ben, você vai ter um avô admirável... assim como eu tive.

Gabi filhota,

O torvelinho da vida. Só assim as coisas acontecem. Se planejar muito, pode crer que dá zebra. Claro que temos que ter um mínimo de projeto, mas chamaria isso não de projeto, e sim de linha mestra. E esta é composta de muitos valores e desejos imprevisíveis, dependendo da formação de cada um. No nosso caso, da nossa família, origens, formação et cetera, diria que, entre esses valores, poderíamos destacar a simplicidade, a honestidade, o amor, a alegria da festa, o trabalho inevitável, o respeito aos outros e a solidariedade, aquilo de nunca querermos ficar bem dando rasteira nos outros. E muito mais... E depois precisamos viver esse instante, fazendo tudo... Se não der, corrigimos a rota. Mas o tempo é tão louco na sua velocidade, que, quando nos damos conta, já fizemos e concluimos tudo, tudo que achávamos que não conseguiríamos fazer... Com filho então, o tempo passa ainda mais rápido. Benjamin nem saiu da barriga, mas daqui a pouco... bom... nem vou falar... daqui a pouco ele está com dezoito anos, vinte e cinco et cetera... Pode parecer exagero, mas é sentimento de quem quer e vai viver muito, eu que devo passar dos oitenta e cinco... Somos um átimo, uma lasca de tempo, e isso não é para ficarmos reduzidos ao ínfimo... É só para lembrarmos a dimensão da vida, o alargamento das nossas potencialidades. Depois de um tempo de amadurecimento, aprendemos que nesse torvelinho não cabe o medo. Principalmente o medo dos nossos próprios fantasmas que habitam nossas preocupações, nossas fantasias no escuro, quando tentamos alcançar o sono. Não há que se temer absolutamente nada. O medo é uma espécie de morte em vida. Temos que dormir sorrindo. Sei que isso é difícil. Mas essa é a maior dádiva. Um dos versos do meu próximo livro (que talvez seja dedicado ao Benjamin), talvez o último poema seja mais ou menos assim, de apenas um verso: "Estamos sozinhos nessa imensidão ou temos vizinhos?"

Beijo
Seu Pai

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Não quero, não gosto!

Assim como Selton Melo, eu odeio fruta com comida! Já dou logo exemplo de uma personalidade. Eu não gosto, logo sou fresca. Ele não gosta, logo é lindo. Não me venha colocar morangos, abacaxi, pêssegos no meio de um bolo. Um dia numa festinha de aniversário na casa da minha sogra (território perigoso), cortaram o bolo, me deram um pedaço e quando coloquei na boca senti que tinha uma fruta amarela gosmenta. Nesse mesmo momento alguém falou que o bolo era de pêssego. Foi o mesmo instante que eu passei o pratinho de bolo para meu marido e adivinhe.....Minha sogra viu e soltou o comentário “só porque falou que era de pêssego, se não tivesse falado teria comido....”. O fato é que se não tivesse falado eu não teria comido do mesmo jeito porque eu simplesmente senti aquele troço gosmento e não gostei. Também não gosto de salada de frutas. Odeio salada de frutas! Aquele monte de frutas picadinhas misturadas e aquela água (uma mistura do líquido de todas as frutas). Eca! Ah, arroz doce! Urh! Adoro arroz com alho, cebola, sal. Mas arroz doce?! Nem pensar. Também não gosto de nada com textura gelatinosa. Taí, gelatina é uma coisa que não gosto, mas que aprendi a comer. Só que eu não como em qualquer lugar. Como a do restaurante da Globo, a que minha mãe faz e se meu marido fizer e ficar igual a da minha mãe eu como também. O problema da gelatina é que todo mundo fala que sabe fazer só porque é fácil. Mas tem um segredo na preparação que evita formar uma casquinha na gelatina que fica no fundo da taça. Uma casquinha durinha, nojenta e horrível de se comer. Até me arrepio ao lembrar. Ahhhh! E farofa com banana? Nem preciso comentar. Não gosto de salgado misturado com doce. Só de Romeu e Julieta. Muita gente tem me perguntado e, principalmente ao marido: “e aí a Gabi tem tido muito desejo, você já acordou de madrugada pra sair e comprar algo pra ela?”. Eu não tive nenhum desejo e nem acredito muito nessas coisas. Imagina, a mulher que faz o cara sair de madrugada pra comprar algo que ela diz desejar desesperadamente só deve estar testando a paciência do individuo ou até onde ele é capaz de ir por ela. Pô, não é possível que não dê para esperar até o amanhecer. Pra não dizer que eu não tenho vontade, eu sinto apenas de comida japonesa e abacaxi (que fruta deliciosa!). Mas nada que eu não possa esperar para comer se não for possível naquele momento. Segundo o médico, as gestantes sentem vontades por determinados alimentos quando o corpo sente falta de alguma substância. Nesse caso faz sentido. Eu já tive momentos de gulodices, tipo comer três pedaços de bolo de prestígio (Adoro!). Mas confesso: foi gulodice! E não uso aquela famosa frase “ah, eu posso estou grávida!”. Eu posso mesmo porque sou magra! (Psiu, e aí vai uma dica: na gestação, nunca contem aos companheiros a quantidade de besteiras que você comeu, eles delatam para o seu obstetra) Acho que até entendo porque as pessoas perguntam se eu tenho desejos, acho que tenho cara de ser mimadinha. Não gostar de alguns alimentos é sinônimo de fresca. Odeioooo, quero sumir, quando vou em algum lugar e as pessoas ficam insistindo “mas experimenta”. Dá vontade de responder “não quero, que saco!” Mas se fizer isso, além de fresca seria mal educada. Então me controlo. Mas eu gostaria que me filho não tivesse frescuras...

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

BBBosta

Pra mim já deu BBB. Eu adorava esse programa inútil, é verdade. Mas agora já deu o que tinha que dar. Fico irritada ao ouvir o Bial chamando aquele monte de pangaré de “heróis”.

Pergunto: Herói por quê? Os caras não fazem nada e são heróis?! Também tem me irritado a entonação, encenação e as caras e bocas que o apresentador faz quando lê aqueles seus textos de eliminação.

Não aguento mais o tal Lucival. Esse Ser toda vez que vota em alguém dá a mesma justificativa: “vou votar em fulano porque acho que ele tem um futuro brilhante lá fora”. Vai a merda!!!!!! Quantos ex-BBB se deram bem??? Sabrina, Grazi, a bonitinha que faz o papel de Clotilde, em Tititi...quem mais mesmo? Ah, sim, tem os vencedores do prêmio.

E aquela choradeira depois da votação?! As moças que o digam. Todas elas choram e ficam se justificando porque votou em determinada pessoa. Porra, não é a lei do jogo, eliminar os participantes? Para isso você precisa votar em quem você quer que eliminar. Logo não precisa ficar dando explicação. Aliás, ninguém nem precisa ficar sabendo em quem você votou. Que saco!

Olha, ou meu momento é muito sublime ou o BBB sempre foi um saco e só agora eu me dei conta disso. Que lástima.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

O que esperar quando você está esperando

Você pode esperar muita preocupação, ansiedade, medo, angústia, mas também muitas alegrias.... O título desse post é o nome do livro que ganhei da minha amiga Dani – que por sua vez me intimou a escrever um post me retratando de tudo o que achava no início da gravidez.

Foi a Dani a primeira pessoa para quem contei a novidade (aqui o Marido não conta, pois já sabia). Nunca vou me esquecer. Num dia eu tinha feito aquele exame de farmácia, que deu super positivo; e no outro eu fiz o exame de sangue para confirmar de fato. Aquele dia foi só ansiedade. Peguei o resultado pela internet. Positivo. Daí liguei correndo pra Dani. Meooo, toda vez que ligo pra Dani eu consigo falar com ela. É raro o contrário. Naquele dia liguei, se não me falha a memória, umas 564 vezes e nada de encontrá-la. Liguei até para o compadre Marcio (marido dela), pra casa da mãe dela e nada! Só no dia seguinte a Dani retornou minhas ligações. Até que enfim eu desabafaria com alguém que já tinha passado pela mesma situação:

Eu: Dani, qual é mesmo o nome do livro que você disse que me daria quando eu estivesse grávida?
Dani: O que esperar quando você está esperando
Eu: Ele é super grande, né?! Então, você tem que me dar logo porque tenho 8 meses para ler ele inteiro.(nessa altura do campeonato eu estava falando super rápido com a ansiedade que só existe em mim)
Dani: o quê?
Repeti

Senti a emoção da Dani do outro lado da linha, fiquei toda arrepiada. A voz dela toda embargada e ela dizendo “nossa, Gabi, estou emocionada”. Eu já sabia e compartilhava do mesmo sentimento. Aí começamos a conversar......

Naquele dia e nos outros que vieram eu estava feliz, com medo, mas muito feliz. Maaaaas....Com o passar dos dias eu comecei a passar muito mal. Eu sentia muito mal estar, vômitos, dores no estômago, muita fraqueza e consequentemente comecei a ficar triste, pra baixo, desanimada (algo que sinceramente não combina comigo), depois veio o calorão, a pressão baixa, aff.... E todo mundo dizendo que ia passar. Eu não imaginava que isso pudesse ser verdade. Não parecia.

Eu acompanhei de perto a primeira gestação da Dani. Essa mulher ficou radiante de contagiar quem estivesse ao seu lado. Ela adorou, venerou a gravidez do começo ao fim. E detalhe: não sentiu nada. E depois só dizia que sentia saudades da barriga. Incrível. A Dani fazia parte do grupo que vivia me falando que tudo ia passar, que eu ficaria bem. Eu não conseguia acreditar, já que ela não tinha sentido nada (e nessa altura do campeonato ela já tinha tido mais uma gestação). Toda vez que eu passava mal eu repetia chorosa pro Marido ou pra quem quer que fosse “mas minha amiga Dani não passou mal”. A verdade é que eu me achava um E.T.. E acreditava que ficaria assim os 9 meses. E queria ficar em casa deitada na minha cama. E de preferência com a minha mãe cuidando de mim.

Nesse meio tempo mudei de médico, pois achei que o meu não me dava atenção necessária. Fora que ele me chamava de mimada. Eu não ligava, mas isso passou a me incomodar. O que ele tinha a ver com isso?! Não que eu quisesse que o cara estivesse a meu dispor 24h, mas gostaria que ele fosse mais acolhedor e que me ajudasse mais quando eu ligasse. Eu que idolatrava esse meu médico peguei uma birra imensa dele. E quando eu pego birra.....não tem quem me faça mudar.

Hoje estou com um novo obstetra. Fofo, acolhedor, calmo, transparente, esclarecedor, um anjo. Cheguei em minha primeira consulta passando mal (só pra variar), ele foi hiper atencioso. Esclareceu todas as minhas dúvidas e um pouco mais. E me confirmou: “Isso tudo vai passar a partir do 4º mês. Um dia você vai acordar e simplesmente não sentirá nada.” Eu nem sei que dia foi esse, só sei que chegou. E agora eu amo de paixão ser gestante. É de fato uma fase deliciosa na vida de qualquer mulher (e que merece um outro post). Agora aproveito esse espaço para agradecer aos meus pais, a minhas irmãs, a todos os amigos (as), aos conhecidos (e até desconhecidos – alguns me ampararam na rua) e principalmente ao marido, por todo entusiasmo, coragem, palavras de carinho, apoio, atenção, bom humor, amparo, dedicação, amizade, carinho, esforço e...PACIÊNCIA. Vocês tinham razão! Passou. Obrigada!

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Hoje foi dia de ultrassom

Cada vez que eu vejo você me sinto uma pessoa melhor, mais amor cresce em mim.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Ai como dói

Essa madrugada tive a primeira cãimbra gestacional.Dizem que grávidas sentem muito isso. Cacete como dói cãimbra!!! Teve um tempo que eu sofria muito de câimbras, acordava no meio da noite gritando e minha mãe vinha com uma tesoura para encostar no ponto em que a bendita estava. Não é que passava...Pois essa noite acordei gritando de dor. Depois fiquei até com vergonha do escândalo, mas dói pra porra isso. Fiquei com medo também. Todo mundo me pergunta que tipo de parto quero fazer e eu tenho a reposta na ponta da língua: Normal. Quero o parto humanizado – no qual tenho a liberdade de escolher o que quero. Quero sem anestesia! Eu moooorro de medo de agulhas, tenho pavor só de pensar na anestesia do parto. Aí fiquei pensando, não aguento uma cãimbra, imagina as dores do parto. Aiquemeda! Mas se tem uma coisa que sou mais do que cagona é corajosa. Entrou vai ter que sair, né? Como são as coisas...entrar foi fácil, gostoso, macio, uma delícia! Agora sair...aimeudeusdocéu! Enfim, hoje passei o dia de rasteirinha, com a panturrilha direita dolorida, mal dava pra apoiar a perna para andar, e me questionando: será que o salto alto usado ontem teve sua parcela de culpa nisso? E nem vem dizer que é falta de potássio, pois eu estava comendo bananas todos os dias e ontem foi justo o dia que não comi...

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

para não esquecer

“A literatura me arrancou da alienação, da ignorância, da falta de perspectivas. Me mostrou que somos seres para a morte e que nós temos que buscar, neste curto intervalo que é a vida, a felicidade. E para isso temos que nos projetar no mundo, nos lançar, nos afastarmos da poltrona do comodismo, da conformidade, para nos proporcionar um sentido”. Luiz Rufatto (escritor)