quinta-feira, 17 de junho de 2010

Tempo - 1 ano

Um ano. Um aninho. Uma pequena partícula da minha vida. Há um ano realizei o que parecia ser o maior sonho da minha vida: entrar para o grupo de empresas que desejei trabalhar desde sempre. Mas em algum momento dei conta que nem tudo é como parece ser, principalmente as pessoas. Estou tentando discernir diferenças. Tentando descobrir o equilibrio. Estou em um aprendizado intenso de controle do que devo falar e dos meus impulsos. Estou num momento de definições: de sonhos e metas.

Nesse um ano aprendi administrar saudades. Saudades de amigos queridos; de momentos agradáveis no ambiente de trabalho, como fazer uma piada ou dar risada sem ser “recriminado” sutilmente; de feriado prolongado; de almoço gostoso (literalmente); de msn; e-mail pessoal; de pessoas com alto astral; da convivência com a Daniela com quem aprendi olhar as coisas por outra óptica; de conviver com jeito prático da Thaís; de falar sobre o BBB (e outras amenidades) com a Karina; de apreciar a inteligência do Rodrigo; ficar frente a frente com a calma da Aline; não entender em certos momentos o Paulo; do humor sarcástico do Rics; do Zé tirando dinheiro do seu próprio bolso; e até do sermão sobre batalhas do Sinval.

Não tem como não pensar em vida profissional e não se lembrar da revista Imprensa. Lugar em que passei cinco anos da minha curta existência. Lá chorei pitangas e me eduquei financeiramente. Escutei pela primeira vez a música “Paciência”, ouvi com a Dani e então surgiu a cumplicidade. Chorei brigas de família no ombro da Dani e sorri muitas vezes também. Briguei muitas vezes com ela, depois rimos e dividimos muitas coisas boas. Ganhei e pensei que perderia a Gisele quando ela mudou de emprego. Fui agraciada com amizade da Faby. Ganhei e perdi amigos. Fiz amigos que pensei ser verdadeiros e não eram. Dei importância a quem não merecia. Tive o abraço e carinho da Thaís quando não tive a presença da Dani. Nesse momento ganhei mais uma amiga. Reclamamos muitas vezes juntas. Conheci o Igor que tem uma camiseta com caça palavras que já pedi muitas vezes pra ele me dar. Presenciei várias bebedeiras do Zé. Falei de cinema com o Ricardo. Conversei muito sobre preparativos de casamento com a Aline que passou a ter o sonho de casar e vai realizá-lo em breve. “Casamento” foi pauta diversas vezes dos meus almoços com a Dani. Quando estava na revista casei com o homem da minha vida. Todos os colegas marcaram presença na festa e nos presentearam com uma Adega. Da Karina ganhei um dos mais lindos jogos americanos e um dos mais preciosos livros da Clarice Lispector. Da Lilian também ganhei outra preciosidade da mesma autora. Lá me encantei e me desiludi muitas vezes. Organizei amigos secretos, festas, premiações. Fiquei nervosa. Ansiosa. Brava. Chorei. E tudo passou depois de um gole de vinho. Briguei com o Sinval e fizemos as pazes. Fiz parte da mudança da Av. Ipiranga para Rego Freitas. Conheci o Luciano e fiz um período de teatro com ele. Já dancei na cozinha. Fiz palhaçada para todos da redação. Desesperei algumas vezes diante de eventos. Ouvi os incentivos da Dani. Presenciei e curti sua primeira gravidez. Fiquei de cara amarrada com o Rodrigo. Ajudei na contratação de uma copeira que depois se revelou porca e fofoqueira. Viajei. Conheci o encanto de Belém e saboreei o melhor salmão da minha vida até hoje. Lá chorei ao relembrar uma cantiga de infância e também presenciei e fiz parte de uma história esquisita. Fui à Brasília, Maranhão, Rio de Janeiro. Conheci outra cidade maravilhosa: Recife. Fiz amigos pernambucanos. Encantei-me com a doçura de algumas pessoas. Espantei-me com a crueldade de outras. Enquanto estava lá li o livro que se tornou um dos meus preferidos. E descobri que os seres humanos me assombram. Já chorei de tanto rir com o Rics contando alguma história e também em almoços com Dani e Thaís juntas. Foi tudo muito bom. Maravilhoso. Feliz. Posso dizer que “emoções eu vivi”.

Nos últimos dias aprendi que eu sei que não é isso que quero pra mim, mas sei que é isso que vai me levar para o que quero. Aprendi que descobrir o que a gente quer da vida é muito bom e descobrir o que não quer mais também.

Um comentário:

  1. Adorei seu post, Gabi! Td com muita emoção e sinceridade.
    Tem jeito de pedir pra voltar? Rsss..

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