quarta-feira, 7 de abril de 2010
Gonzos e Parafusos
Recentemente foi lançado o livro Gonzos e Parafusos. Não fui ao lançamento e ainda não li o livro, mas vontade já não me falta. O lançamento se deu de forma bem curiosa e instigante. A autora Paula Parisot, 31 anos, se isolou num quarto de paredes de acrílico, instalado na livraria da Vila, em São Paulo. O livro relata a experiência de uma analista que se interna num hospício para se entregar a um delírio: encarnar a baronesa Elisabeth Bachefen-Echt, retratada pelo pintor Gustav Klimt, e a menina de Cabelo Negro Nua em Pé, quadro de Egon Schiele. A escritora quis seguir o mesmo passo. Trancou-se durante sete dias nesse quarto dentro da livraria e nesse período não falou com mais ninguém, não leu, não ouviu música, não teve acesso a TV. Apenas pintava e escrevia frases nas paredes para expressar algum sentimento. Para ir ao banheiro saia com o rosto coberto. E só saia para tomar banho quando a loja já estivesse fechada. Detalhe: durante o tempo todo ela usou um vestido de noiva. Imagine, ela causou muita curiosidade. Algumas pessoas acharam a ideia interessante; as crianças se encantaram, embora não entendessem; outras pessoas acharam que ela só queria se promover, ganhar dinheiro - acho que essas pessoas não entenderam a proposta. Devem ser pessoas vazias. A escritora queria sim divulgar a sua obra, mas principalmente enfrentar um de seus maiores medos, ou melhor, um dos maiores medo da humanidade: a solidão.
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