domingo, 20 de setembro de 2009

Vulnerabilidade

Estou doente. A doença chama-se VULNERABILIDADE. É um estado fraco em determinado assunto ou questão. No meu caso o diagnóstico acusou fraqueza em questões financeiras/consumo excessivo. Pessoas com esse tipo de doença custam a admitir e quando admitem caem em depressão - após claro ter gasto ($$$) muito. Geralmente, elas se dão conta quando tomam um choque. E eu tomei esse choque hoje, ao entrar na Arezzo, me apaixonar por dois pares de sapatos e no Caixa ver a moça escrevendo na nota fiscal e pronunciando para mim: - R$380 (trazentos e oitenta reais).

Caaaara, como assim, a pessoa entra numa loja e paga quase R$400 reais em sapatos???!!!! Eu estou doente!!!

Não obstante, ainda passeamos no shopping a procura de uma bolsa parecida com uma que vi ontem. Bom, essa é outra história, preciso contar do início. Era uma vez...

...um lugar chamado Stand Center. Nunca tinha ido lá e ontem fui conhecer. Deparei-me com a réplica de uma bolsa Victor Hugo. Nem tinha visto ainda a marca quando achei a bolsa linda. Valor: R$160 reais. Entrei duas vezes na loja para ver a bendita bolsa. Não comprei. Relutei para não comprá-la. Não é preconceito, mas vai contra os meus princípios comprar produtos falsificados, principalmente bolsas. Explico: acho lamentável entrar no metrô, por exemplo, e ver aquelas moças loiras ou morenas de cabelos comprindos, botando mó banca com seus brincos grandes dourados, relógio grande de cor branca com brilhantinhos, calça jeans super justa, uma sandália pink e para completar o figurino uma bolsa Prada, Victor Hugo ou sei lá de quem...completamente falsificada. E de metrô. Provavelmente indo até a José Paulino comprar mais algum acessório para completar seu look. Nada contra, eu também já fui na José Paulino! Mas é muito feio ficar pagando de gatinha de luxo com acessórios completamente falsos. Pior que algumas compram umas coisas muito mal falsificadas. O fato é que essa bolsa que eu vi era perfeita, linda. E não era pela marca, mas pela beleza dela (marca eu só ligo de sapato). Era realmente uma bolsa bonita. Porém, meus critérios de ética não me deixaram cair em tentação. Sei que fui embora chateada, triste mesmo por não ter adquirido a tal bolsa. Mas meus valores morais falaram mais alto.

Então hoje fomos ao shopping. Precisava gastar, preencher o vazio que a bolsa deixou em mim. Peguei o presente em espécie que havia ganhado do maridão no início do mês. Entrei na Arezzo, levei o choque, mas saí feliz da vida. Depois me deparei com a Monica Sanches, uma loja de bolsas maravilhosas. Nunca tinha entrado, pois imaginava um preço elevadíssimo. Que nada. Até que é suave. Não é que encontrei uma bolsa super parecida com a de ontem? E detalhe: não era falsa. Mais um detalhe importante: o preço era um pouco menor. Comprei. Saí do shopping feliz e satisfeita.

Agora chego em casa tomada por um sentimento de culpa. Percebo que já tem algum tempo ando gastando demais. Completamente compulsiva. Meu marido me disse "pensei que você tivesse se tornado uma pessoa mais controlada financeiramente". Pois eu sou tá! E vou provar! É hora de parar. Afinal eu tenho uma meta. Preciso atingí-la, mas desse jeito a única coisa que vou atingir vai ser meu limite especial. Por isso traço aqui um compromisso comigo e com minha conta bancária: não gasto mais um tostão até dezembro.

*

ps: vale registrar que fui na loja Victor Hugo só para matar a curiosidade sobre o valor de uma bolsa. Uma muito parecida com a falsa que vi, custava R$1.448 (mil e quatrocentos e quarenta e oito reais), em 10x de R$148 reais. Tinha outros modelos com preços bem mais elevados.

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