domingo, 28 de março de 2010

culpados ou não: condenados

O que mais me impressiona nessa história toda de Nardoni e Jatobá é o fato de não haver confissão. As provas indicam: eles são culpados. E em nenhum momento a história contada dá entender o contrário. Não consigo entender como alguém é capaz de cometer um crime desses e guardar para si, mentir até o final. Eles mentiram tanto que já acreditam na própria mentira. Eu não entendo como ele, sendo pai, convive com isso. Não entendo como ela, sendo mãe de duas crianças, convive com isso. Não entendo como os dois foram capazes de realizar tal maldade com a menina. Não entendo como ele, por ser pai, foi capaz de cometer uma maldade dessas com a própria filha. Entendo o fato dele não ter encarado e conversado com a mãe da menina desde a morte da filha. Covardia. Afinal, ela foi entregue para ele num final de semana comum e ele tinha a obrigação de zelar pela integridade da filha e não o fez. Esse é um dos crimes mais arrasadores, mas imagine quantos casos não existem iguais. Esse ganhou proporção sem tamanho. Ele pegou um pouco mais de 31 anos, ela 26. Os dois anos que já se passaram contabilizam na conta da pena. Quer dizer, daqui 8 anos, ele pode sair. Daqui 6 anos ela pode sair. E cumprirem suas penas em regime semi aberto. Isso porque a Lei no Brasil entende que prisioneiros com bom comportamento tem o direito de serem integrados à sociedade. É óbvio que eles terão bom comportamentos, já tiveram nesses dois anos que se passaram... Num momento irracional, só pode ser, eles mataram uma menina de 5 anos, indefesa, frágil e devem pagar pelo que fizeram. Tenho pena da mãe de Isabella. Como ela mesma disse, a justiça foi feita, mas nada trará sua filha de volta.

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