terça-feira, 2 de junho de 2009

Qual o seu livro de cabeceira?

Eu sempre sonhei em um dia ser entrevista por Marília Gabriela, Serginho Groisman, Jô Soares, Hebe, etc. Sempre me imaginei respondendo a uma única pergunta: "Qual seu livro de cabeceira?". Que boba!
Adoro ler. Sempre estou lendo algo. Às vezes leio 2 ou 3 livros ao mesmo tempo.
Acabei de ler Castelo de Vidro, presente de aniversário que ganhei de uma grande amiga.
Alguns livros começo a ler e não consigo avançar, desisto. Antes eu me obrigava a ler até o fim, achava um absurdo começar e não terminar um livro. Hoje largo a leitura ao meio sem nenhum pudor. Quem sabe um dia eu volto nele e termino.
Alguns livros eu devoro, quero tanto saber o final que vou lendo, lendo até acabar. Sem contar às vezes que dou um pulo nas últimas páginas só para ter uma idéia do que vou encontrar. Sim, eu já me corrompi a esse ponto. Mas não faço mais isso.
Outros são para serem lidos devagar. É o caso de "Ostra feliz não faz pérola", de Ruben Alves. Ganhei do Marido, em novembro de 2008. Não acabei de ler ainda e não tenho vontade de acabar de tão gostoso que é lê-lo. Trata-se de um livro de contos, pensamentos, devaneios, etc. É dividido em vários temas como trabalho, amizade, amor, beleza, educação... Sempre volto a lê-lo entre o término de um livro e outro. É daqueles livros que você faz anotações, lê duas ou três vezes a mesma coisa só para se certificar que o autor pensou naquilo mesmo.
Acho que o livro de cabeceira é aquele que você gosta tanto, que ele fica lá ao seu lado para quando quiser dar uma folheada, e não diretamente o que você está lendo (mas esse conta também). Por muito tempo o meu livro de cabeceira ficou sendo A menina que roubava livros. Atualmente, se me perguntarem, responderei: - é Ostra feliz não faz pérola.

Selecionei algumas das coisas deliciosas que Ruben Alves escreve em seu livro:

A cena
“O apaixonado sofre menos com a morte da pessoa amada que com a sua partida para um novo amor. A morte torna eterno o amor. Ela fixa, para sempre, a bela cena. A partida, ao contrário, a destrói.”

Encontro e separação
“Amor é isto: a dialética entre a alegria do encontro e a dor da separação. E neste espaço o amor só sobrevive graças a algo que se chama fidelidade: a espera do regresso. Quem não pode suportar a dor da separação não está preparado para o amor. Porque amor é algo que não se possui, jamais. É evento de graça. Aparece quando quer, e só nos resta ficar à espera. E, quando ele volta, a alegria volta com ele. E sentimos então que valeu a pena suportar a dor da ausência, pela alegria do encontro.”

Bicho-de- pé e educação sexual
O bicho-de-pé merece sobreviver por suas múltiplas utilidades, entre elas, o seu uso didático, utilíssimo em aulas de educação sexual. A jovem, com medo da noite de núpcias, perguntou à mãe se doía muito. Ao que a mãe respondeu: “É feito bicho-de-pé. Dói um pouquinho, mas depois a gente não quer parar de esfregar...”

Sensacional.

Um comentário:

  1. quero ler esse livro agora. vai muito de encontro com meus pensamentos. com meus devaneios, embora os dele seja fundamentados, e os meus não. hahhaha
    meu livro de cabeceira é um de contos de uma artista americana chamada miranda july. apaixonante como ela constroe a narrativa e faz voce se apaixonar pelos personagens. ai, amo ler tb

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