sábado, 20 de junho de 2009

Tudo novo de novo

Adoro a nova série da TV Globo, Tudo novo de novo. É a história do dia-a-dia de uma família dos tempos atuais. Pra mim é história antiga: casais que se separam, casam-se novamente, filhos (e esposas) que tem que se acostumar com “filhos-irmãos” do primeiro casamento do pai, a sua mãe ou a nova esposa grávida do pai (ou do novo marido), você tendo que aceitar a esposa ou marido atual, férias, finais de ano alternados na casa de um e de outro. Confuso?! Pra mim não. Adoro a série, mas pra mim não tem nada de novo. Acho tão normal. Na minha família sempre foi assim. Meu pai teve três mulheres. Tenho irmãos do mesmo pai e mães diferentes. Quando viajava para casa de meu pai com as amigas, elas achavam no mínimo esquisito fazer um programa no qual estavam a mulher atual, a anterior, o pai e os filhos de ambos. Logo, a minha família sempre foi contemporânea. A única diferença é que só o meu pai sempre teve filhos de outro “casamento”, isto é, ele sempre vinha com bagagem, e eu, sempre fui a primeira peça de sua mala.

Acho que por isso, talvez, eu tento fazer diferente: começa que casei na igreja de papel passado e tudo o que eu tinha direito, faltou só o príncipe chegar num cavalo branco. Meus pai, por exemplo, viveu se juntando. Tem coisa mais moderna do que ir morar junto e ser considerado casado? Pretendo ter filhos do meu marido e não me separar. Mas nunca sabemos o dia de amanhã. Se tudo seguir como imagino, será tudo novo, conforme antigamente e como deveria ter sido com meus pais, mas tenho que admitir que já vim de um mundo que se torna atual apenas hoje, que no entanto caso a natureza queira se intrometer nos meus planos e mudar tudo, será tudo novo de novo. E aí só vai me restar cantar "É tudo novo de novo/vamos nos jogar onde já caímos/tudo novo de novo/vamos mergulhar do alto onde subimos".

Um comentário:

  1. eu também cresci nessa vida louca. meus pais separados, casados de novo, só não tenho irmaos, porque eles fecharam a fabrica quando meu irmao nasceu. mas tem os filhos que vieram dos marido/mulher atuais. mas a convivencia é harmonica. meus pais almoçam juntos sempre que dá, eu alterno as familias, ninguem briga (exceto as vezes) e a contemporaneidade chegou e ficou aqui. eu não sei o que quero pra mim, mas seja o que for, eu quero a minha familinha; maridinho, filhote(s). e seguir assim até onde der.

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